A agência oficial norte-coreana, a KCNA, informou que o líder deu as ordens em uma reunião de generais sêniors à meia-noite (horário local) e "julgou que chegou a hora de acertar as contas com os imperialistas norte-americanos, tendo em vista a situação vigente."
"Ele finalmente assegurou o plano de preparação técnica de foguetes estratégicos do KPA (Comando Supremo do Exército Popular Coreano), ordenando-lhes que se espere o fogo, de modo que eles possam atacar a qualquer momento o continente americano, suas bases militares de operações no Pacífico, incluindo Havaí e Guam, e aquelas na Coréia do Sul."
Os voos ocorreram depois de Pyongyang dizer que iria atacar bases norte-americanas no Pacífico, em reação a proposta de Washington para impor sanções como punição à Coreia do Norte por ter feito um terceiro teste de armas atômicas.
O Norte também ameaçou realizar ataques nucleares contra o território dos EUA, além de ações de guerra contra a Coreia do Sul.
Os aviões do tipo Stealth ("furtivos") são indetectáveis por radares. Em nota, a Força Aérea dos EUA na Coreia disse que a missão envolveu dois bombardeiros modelo B-2 Spirit, vinculados à 509a Esquadra de Bombas.
"Essa missão... demonstra a capacidade dos Estados Unidos para conduzir ataques de precisão de longo alcance e precisa, de forma rápida e quando desejarem", disse a nota.
Também na quinta-feira, o secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, afirmou que as ações provocativas e o tom beligerante da Coreia do Norte "intensificam o perigo" na região. Mas ele negou que o uso dos bombardeiros "invisíveis" tenha agravado a situação.
"Devemos levar a sério cada palavra e ação provocativa e belicosa que esse novo jovem líder adotou até agora", disse Hagel em entrevista coletiva no Pentágono, referindo-se ao dirigente comunista Kim Jong-un.
A Coreia do Norte colocou suas Forças Armadas de prontidão para enfrentar exercícios militares "hostis" dos EUA e da Coreia do Sul. Washington diz que tais exercícios anuais têm caráter defensivo.
Militares dos EUA disseram que seus bombardeiros decolaram de bases do Missouri e voaram até o local onde simularam um bombardeio, como parte do exercício militar chamado Filhote de Águia, realizado em conjunto com a Coreia do Sul.
Em 15 de março, os militares dos EUA anunciaram que iriam reforçar suas defesas antimísseis em resposta às ameaças norte-coreanas.
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