Os EUA pensaram enviar no início da guerra sistemas de defesa aérea Patriot para a Ucrânia, mas desistiram pelos riscos...

 

Amplamente análogo ao sistema russo S-300, o Patriot tem alcance de engajamento de 200 km, contra aeronaves, mísseis balísticos e de cruzeiro. Não se espera que o Patriot se saia significativamente melhor contra seu histórico de fraco desempenho, tendo deixado muito a desejar tanto contra o Iraque durante a Guerra do Golfo de 1991, e principalmente mais recentemente em Setembro de 2009, sobre a Arábia Saudita contra os yemenitas. Os mísseis contra os quais os Patriots falharam em ambos os casos estavam décadas atrás daqueles lançados pelos militares russos hoje.

A Ucrânia implantou o maior arsenal de sistemas de defesa aérea de alta altitude na Europa antes do início da guerra, tendo herdado estoques maciços de sistemas S-300 da URSS, com estes tendo sido constantemente destruidos por ataques aéreos russos, apesar dos novos S-300s entregues em grande parte pela Europa Oriental.

Contra ataques de mísseis balísticos e de cruzeiro russos que usam lures muito avançados, o Pentágono alertou Biden, que o Patriot seria um risco, principalmente devido ao seu desempenho citado, seu alto custo e à pequena produção do sistema, o que significa suprimentos em grande escala para a Ucrânia para substituir até mesmo uma fração do S-300s perdidos permanecem longe de serem viáveis.

Fontes americanas admitiram, a possibilidade de grandes perdas entre as baterias Patriot, e o seu desempenho duvidoso forneceu meses atras um forte incentivo para os EUA absterem-se de entregas, uma vez que isso abalaria a confiança dos aliados nas defesas antimísseis americanas e potencialmente restringir seriamente o interesse estrangeiro em novas aquisições.

Os riscos inerentes ao fornecimento à Rússia de uma oportunidade de testar seus recursos contra o principal sistema antiaéreo e antimísseis de uso duplo da OTAN fortaleceram mais ainda os argumentos contra o fornecimento do Patriot. Além do fornecimento de outros sistemas de curto alcance, no entanto, como o MIM-23 Hawk da era da Guerra Fria já alocado para entrega, as opções para proteger os alvos ucranianos de contínuos ataques de precisão russos permanecem muito limitadas.

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