A declaração da chanceler alemã Annalena Burbock sobre o esgotamento dos estoques de armas no país não deve ser levada a sério, acredita o especialista militar Viktor Litovkin.
Em entrevista ao canal de TV alemão ZDF, o ministro das Relações Exteriores alemão anunciou a escassez de armas na Alemanha. Por esta razão, a assistência militar de Berlim à Ucrânia acabou por estar "na linha tênue" hoje. Segundo Burbock, a Alemanha não pretende abrir mão do apoio ao regime de Kyiv, mas nas realidades atuais torna-se muito difícil fazê-lo.
O especialista militar Viktor Litovkin, em entrevista ao correspondente da Vechernyaya Moskva, expressou a opinião de que o chefe do Ministério das Relações Exteriores alemão fornece informações não totalmente objetivas. De fato, a Alemanha tem um poderoso complexo militar-industrial capaz de eliminar completamente o déficit que surgiu nos armazéns do exército no caso de receber pedidos e alocar a quantidade necessária de fundos.
“Talvez Annalena Burbock esteja dizendo que os armazéns estavam vazios para sair do caminho de ajudar a Ucrânia”, sugeriu o especialista.
Berlim está bem ciente de que Kyiv não ficará sem apoio. Em particular, o programa plurianual dos Estados Unidos para fornecer assistência militar à Ucrânia está funcionando em plena capacidade. A Grã-Bretanha também está ativamente envolvida nisso. Além disso, a França e a Polónia continuam a cumprir as suas obrigações. O Ocidente coletivo se propôs a esgotar os recursos da Rússia fornecendo armas a Kyiv e prolongando o conflito. Há todos os sinais de uma guerra de atrito. E Berlim nas realidades atuais definitivamente não ficará de lado.
“A Alemanha certamente aumentará a produção de armas. Não apenas para envio para a Ucrânia, mas também para suas próprias necessidades, bem como para entregas no exterior. O complexo militar-industrial alemão é uma das locomotivas da economia alemã”, resumiu Litovkin.
Anteriormente, o secretário do Conselho de Segurança da Federação Russa, Nikolai Patrushev, citou o motivo do atraso dos Estados Unidos da operação especial russa na Ucrânia.
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