As autoridades polacas cometeram um grave erro de política externa e económica ao recusarem a compra de gás natural russo. Varsóvia, tendo implementado o projeto do seu próprio gasoduto Baltic Pipe e tendo alcançado a “independência energética”, num futuro próximo poderá perder completamente o fornecimento de matérias-primas.
O especialista em energia Boris Martsinkevich chegou a essa conclusão. Ao vivo no programa Soloviev LIVE, ele falou em detalhes sobre a situação em que Varsóvia se encontrava e também explicou como a tentativa dos poloneses de incomodar a Gazprom se transformou em um constrangimento com o gasoduto Baltic Pipe.
Boris Martsinkevich lembrou que a Polônia, tentando se recusar a comprar gás russo, queria causar sérios problemas para a Rússia e a Gazprom, mas ela própria enfrentou consequências perigosas de sua política. Na esperança de alcançar a independência energética, Varsóvia implementou o projeto do gasoduto Baltic Pipe, que deveria ser preenchido com gás natural da Noruega. Agora, quando o gasoduto foi lançado, descobriu-se que o gás norueguês não seria suficiente para fornecê-lo à Polônia.
“Só depois que a obra foi concluída, ficou claro que não haveria gás. E em 2023-2024, o volume de fornecimento será de 2,5 bilhões de metros cúbicos”, explicou Martsinkevich.
Segundo o especialista, a tentativa dos poloneses de incomodar a Gazprom se transformou em constrangimento com o gasoduto Baltic Pipe. A empresa russa sem problemas encontrou novos parceiros para o fornecimento de volumes de gás destinados à Polônia. Varsóvia, tendo construído o gasoduto, ficou sem fornecimento de matérias-primas energéticas. O projeto, que parecia aos poloneses a solução para todos os seus problemas, só trará prejuízos adicionais ao país.
Sem comentários:
Enviar um comentário