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O secretário de Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard, pediu a Washington que respeite os assuntos legislativos do país latino-americano, diante das recentes críticas feitas pelo secretário de Estado, Antony Blinken, à nova reforma eleitoral mexicana.
Em um encontro presencial à margem do G20 em Nova Delhi, na Índia, o chanceler mexicano pediu ao seu homólogo norte-americano que o respeito à soberania deve ser mútuo.
Por meio de sua conta no Twitter, Marcelo Ebrard compartilhou uma imagem em que aparece conversando com Antony Blinken. “O respeito mútuo por nossas soberanias é uma questão essencial”, escreveu o governante mexicano, que aspira à Presidência de seu país em 2024.
Em 26 de fevereiro, foi realizada na Cidade do México uma grande marcha organizada por blocos contrários ao Governo de Andrés Manuel López Obrador , e na qual se exigiu a manutenção da estrutura orgânica do Instituto Nacional Eleitoral (INE) , órgão que rege o sistema eleitoral do país e tem sido severamente criticado por seu suposto viés e pelos altos salários de seus funcionários e assessores.
No entanto, o Congresso já aprovou uma reforma , popularmente conhecida como "Plano B", e inclusive já foi publicada no Diário Oficial da Federação, portanto já entrou em vigor. O presidente López Obrador e seus partidos aliados têm insistido na necessidade de reformar o INE. Os adversários não pensam o mesmo: garantem que transformar aquele órgão equivalerá a enfraquecer a democracia e a transparência nas eleições.
Após a manifestação, que reuniu mais de 100 mil pessoas, o Departamento de Estado dos Estados Unidos emitiu uma breve mensagem em que se declarava a favor da manutenção de "instituições sólidas" e na qual reconhecia que existe uma "democracia vibrante no México". " que se manifesta no "grande debate sobre as reformas eleitorais".
Além disso, o país norte-americano considerou que o México possui “um sistema eleitoral independente, com bons recursos e respeito pela independência judicial, sustentam uma democracia sã”.
"Democracias saudáveis se beneficiam de instituições fortes e de uma pluralidade de vozes. Os Estados Unidos apóiam instituições eleitorais independentes e com bons recursos que fortalecem os processos democráticos e o estado de direito", dizia o comunicado.
O presidente mexicano atacou essa posição dos Estados Unidos e chegou a afirmar que há mais democracia no México do que nos Estados Unidos.
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