Em um comunicado na manhã de segunda-feira, o Ministério da Defesa em Moscou afirmou que havia matado 250 soldados ucranianos e destruído tanques - ou se esta era a tão esperada contra-ofensiva ucraniana.
A Rússia diz ter impedido um grande ataque ucraniano na província oriental de Donetsk, embora não esteja claro se este é o início de uma contra-ofensiva ucraniana há muito esperada.
O Ministério da Defesa de Moscou divulgou um raro vídeo matinal dizendo que suas forças forçadas repeliram um ataque ucraniano de "grande escala" no domingo em cinco pontos no sul de Donetsk, uma das quatro regiões ucranianas que a Rússia anexou ilegalmente no outono passado.
"O objetivo do inimigo era romper nossas defesas no setor mais vulnerável, em sua opinião, da frente", disse o porta-voz do ministério, Igor Konashenkov. "O inimigo não cumpriu suas tarefas. Não teve sucesso."
Konashenkov afirmou que 250 militares ucranianos foram mortos e 16 tanques ucranianos, três veículos de combate de infantaria e 21 veículos blindados de combate foram destruídos.
Não há como verificar essas alegações do Kremlin.
A Ucrânia até agora não comentou, mas muitas vezes espera até a conclusão de suas operações militares para confirmar suas ações, impondo apagões de notícias nesse ínterim. Não ficou claro por que o Ministério da Defesa russo esperou até segunda-feira de manhã para anunciar o ataque, que disse ter começado na manhã de domingo.
Quando a contra-ofensiva ucraniana está acontecendo?
Durante meses, as autoridades ucranianas falaram em planos para lançar uma contra-ofensiva de primavera para recuperar o território ocupado pela Rússia desde o lançamento de uma invasão em grande escala em 24 de fevereiro de 2022, bem como a Península da Crimeia que tomou em 2014.
Mas eles deram sinais confusos sobre o que constituiria uma contra-ofensiva - ataques preliminares limitados para enfraquecer as forças e instalações militares russas ou um ataque simultâneo completo em toda a linha de frente de 1.100 quilômetros.
Uma campanha de mídia social lançada no domingo pediu silêncio sobre o assunto do planejamento militar.
"Planos amam o silêncio", dizia o pequeno videoclipe, mostrando militares ucranianos colocando os dedos nos lábios. "Não haverá anúncio sobre o início", dizia uma legenda em ucraniano.
Pelo menos dois fatores estiveram em jogo no momento da contra-ofensiva: aguardar a melhoria das condições do terreno para a movimentação de tropas e equipamentos após o inverno e a implantação de armas ocidentais mais avançadas e o treinamento de tropas ucranianas para usá-las.
O porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia disse que a Ucrânia usou seis batalhões mecanizados e dois de tanques no ataque, e divulgou um vídeo alegando mostrar a destruição de alguns dos equipamentos em um campo.
Em uma rara menção específica à presença dos principais líderes militares da Rússia em operações no campo de batalha, o porta-voz disse que o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Russas, general Valery Gerasimov, “estava em um dos postos de comando avançados”.
Anunciar o envolvimento direto de Gerasimov pode ser uma resposta às críticas de alguns blogueiros militares russos e do chefe do grupo mercenário, Yevgeny Prigozhin, de que o alto escalão militar da Rússia não tem sido visível o suficiente no front ou assumido o controle ou responsabilidade suficiente pelas operações militares de seu país na Ucrânia.
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