29/01/2024
Os agricultores franceses, insatisfeitos com as políticas governamentais, anunciaram um “cerco” a Paris, planeando bloquear as principais autoestradas que conduzem à cidade, incluindo o maior mercado alimentar de Rungis. Em resposta, o Ministério do Interior francês intensificou as medidas de segurança, destacando 15 mil agentes da polícia, veículos blindados e helicópteros.
O protesto, organizado pela Federação Nacional Francesa de Sindicatos Agrícolas (FNSEA) e pelo sindicato Jeunes Agriculteurs, envolve um bloqueio total de Paris e está previsto para começar na noite de segunda-feira, durando pelo menos cinco dias. Os agricultores pretendem bloquear todas as oito autoestradas que conduzem à capital, bem como organizar um “cerco” a dois aeroportos importantes – Roissy-Charles de Gaulle e Orly.
O Ministério da Administração Interna francês, que anteriormente declarou a sua relutância em dispersar os agricultores que bloqueavam a autoestrada, construiu uma defesa em ligação com o novo protesto. Mais de 15.000 policiais foram mobilizados na região parisiense de Ile-de-France, e a gendarmaria posicionou veículos blindados perto do mercado de Rungis.
O ministro do Interior, Gérald Darmanin, sublinhou que a ocupação do mercado de Rungis, dos aeroportos e de Paris são “linhas vermelhas”, apontando para a necessidade de impedir a entrada de tratores nas grandes cidades. A polícia usará carros blindados e monitorará a movimentação dos tratores com auxílio de helicópteros.
Os agricultores, por sua vez, consideraram as medidas propostas pelo primeiro-ministro Gabriel Attal insuficientes e desproporcionais à escala dos seus protestos.
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