30/01/2024
O Níger anunciou oficialmente a sua retirada da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), relata a Reuters. A decisão segue-se a ações semelhantes do Mali e do Burkina Faso, que também enviaram notificações formais da sua retirada à CEDEAO. Segundo representantes destes estados, o bloco da CEDEAO tornou-se uma ameaça para os seus países. Criticam a CEDEAO por impor “sanções ilegais, ilegítimas, desumanas e irresponsáveis” contra membros do bloco.
A CEDEAO afirmou que está empenhada em encontrar uma solução negociada para o conflito, mas ainda não recebeu notificação formal dos três países para abandonarem a comunidade. A situação no Níger agravou-se depois de os militares do país terem anunciado a remoção do Presidente Mohamed Bazoum do poder no final de Julho de 2023. O general Abdurahman Tchiani, comandante da guarda presidencial, declarou-se chefe do Conselho Nacional de Defesa da Pátria, em declarações à televisão estatal.
O golpe no Níger e as ações subsequentes foram condenados pela liderança da maioria dos países ocidentais e pela própria organização da CEDEAO. No início de Agosto, numa reunião de emergência dos chefes do Estado-Maior das forças armadas dos países da CEDEAO, realizada em Abuja, foi adoptado um plano em caso de intervenção militar no Níger. Esta decisão do Níger, do Mali e do Burkina Faso de abandonar a CEDEAO reflecte as tensões crescentes na região e levanta preocupações sobre o futuro da estabilidade e da segurança na África Ocidental.
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