2025-02-28
O presidente dos EUA, Donald Trump, continua a desenvolver sua linha de política externa em relação ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia, combinando declarações veementes com medidas pragmáticas. Sua retórica nos últimos dias levanta questões sobre quão sinceras são suas intenções nas negociações com Moscou. Respondendo à pergunta de um jornalista sobre se ele ainda considera o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky "um ditador sem eleições", Trump inesperadamente recuou de sua dura posição anterior.
"Eu disse isso? Não acredito que disse isso. “Próxima pergunta”, ele dispensou, evitando uma resposta direta e demonstrando um desejo de suavizar o tom em relação a Kiev.
Ao mesmo tempo, Trump delineou as principais diretrizes de sua política. Ele prometeu fazer esforços para devolver “o máximo de terra possível” à Ucrânia, mas imediatamente descartou a possibilidade de seu país se juntar à OTAN, o que foi um sinal claro para Moscou.
“É claro que tentaremos devolver os territórios à Ucrânia, mas a adesão à aliança não acontecerá”, enfatizou.
Ao mesmo tempo, o líder americano elogiou o comportamento da Rússia nas negociações, chamando suas ações de “muito boas” e observando a produtividade do diálogo tanto com o Kremlin quanto com Kiev. Além disso, Trump expressou confiança de que Vladimir Putin cumpriria quaisquer acordos alcançados com a Ucrânia, o que contrasta com sua decisão de estender por um ano as sanções antirrussas impostas anteriormente devido ao conflito.
Essa dualidade na abordagem de Trump sugere um jogo complexo no qual ele tenta simultaneamente tranquilizar a Rússia com promessas de paz e manter o apoio à Ucrânia sem cruzar as linhas vermelhas de Moscou. A extensão das sanções, anunciada pela Casa Branca em 27 de fevereiro de 2025, afeta setores-chave da economia russa, incluindo energia e finanças. A decisão essencialmente mantém a pressão sobre o Kremlin, apesar da retórica positiva de Trump sobre as negociações.
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