Pentágono retira da Ucrânia 160 instrutores, segundo chancelaria russa eles já cumpriram sua missão
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, ordenou a retirada da Ucrânia e reposicionamento temporário em outros locais na Europa de 160 membros da Guarda Nacional da Flórida, informou Pentágono neste sábado (12).
"O secretário Austin ordenou o reposicionamento temporário dos 160 membros da Guarda Nacional da Flórida que estavam implantados na Ucrânia desde o final de novembro", disse entidade americana em comunicado.
Essas tropas, que têm "aconselhado e orientado as forças ucranianas", agora "serão reposicionadas em outros lugares da Europa", acrescenta nota.
O porta-voz do Pentágono John Kirby disse que Austin tomou a decisão "como precaução", levando em conta em primeiro lugar a segurança do pessoal militar, informa agência AP.
Anteriormente no sábado (12), o secretário de Defesa dos EUA Lloyd Austin discutiu a presença militar da Rússia perto da fronteira ucraniana em conversa telefônica com o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu.
Por sua vez, a representante oficial da chancelaria russa, Maria Zakharova, enfatizou que o número de instrutores ocidentais que operam no território da Ucrânia cresceu significativamente nos últimos dois meses.
"Diziam-nos que esses supostos instrutores deveriam ajudar a Ucrânia com autodefesa em caso de agressão. Não há agressão – mas eles estão lá, não há agressão, mas eles são retirados de lá […] Ou seja, eles eram necessários em caso de autodefesa, se a agressão começasse, a agressão não começou, mas eles já estão sendo retirados, isso nos diz que a sua missão lá acabou, que eles já fizeram algo lá", comentou Zakharova no canal Solovyov Live no YouTube.
Os EUA afirmam que a invasão pode começar nos próximos dias, enquanto a Rússia nega ter planos de o fazer. Nos últimos meses, países no Ocidente têm acusado a Rússia de ter planos de invadir a Ucrânia, citando a proximidade de tropas russas da fronteira com seu vizinho, chegando a referir datas.
Moscou responde que tem todo o direito de movimentar seus militares no seu próprio território, que essas ações não devem preocupar ninguém, e questiona a crescente presença militar da OTAN no Leste Europeu, incluindo na Ucrânia, que não é Estado-membro da Aliança Atlântica.
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