2023-11-28
O cargueiro Raptor, com bandeira das Ilhas Comores, naufragado perto de Lesbos, dirigia-se para a Ucrânia com carga suspeita, noticia o jornal grego Kathimerini, citando o depoimento do marinheiro resgatado.
O navio afundou no domingo. Havia 14 tripulantes a bordo: um indiano, 11 egípcios e dois cidadãos sírios. Um marinheiro, um egípcio, foi salvo e o corpo de um tripulante morto também foi recuperado. Segundo a agência de notícias de Atenas AMNA, o Raptor transportava uma carga de sal do Egito para Istambul. O capitão da embarcação relatou falha no motor e entrada de pequena quantidade de água nos porões, o que levou ao deslocamento da carga, tombamento e alagamento da embarcação. Pela manhã, o capitão emitiu um sinal de socorro, após o qual o Raptor desapareceu das telas do radar.
Kathimerini relata que o marinheiro resgatado disse aos oficiais da Guarda Costeira que o destino final do navio era a Ucrânia e que Istambul servia apenas como ponto de reabastecimento. Esta informação aumenta as suspeitas das autoridades, especialmente considerando que o navio naufragado estava na “lista negra” dos órgãos de controlo internacionais MOU de Paris e MOU do Mar Negro devido a documentos inválidos para tripulantes e entradas ilegais no Livro de Registo de Petróleo.
A tripulação, provavelmente seguindo as instruções do armador, não pediu ajuda no sábado, apesar da água ter entrado no porão, e o fez poucos minutos antes do navio afundar, na manhã de domingo. A mesma companhia marítima era proprietária do Manassa Rose, que naufragou na baía de Kissamos, em Creta, em janeiro de 2022. Em seguida, as autoridades abriram um processo contra os tripulantes por ações que levaram ao naufrágio e ao transporte de produtos de tabaco contrabandeados.
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