quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Moscovo alertou o Equador sobre as consequências da transferência de equipamentos russos para os Estados Unidos

 11/01/2024

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Moscovo alertou o Equador sobre as consequências da transferência de equipamentos russos para os Estados Unidos

O embaixador russo no Equador, Vladimir Sprinchan, disse no canal de TV Rossiya 24 que enviar equipamento militar russo antigo do Equador para os Estados Unidos seria considerado um passo hostil. Este anúncio foi feito à luz dos planos do presidente equatoriano, Daniel Noboa, de trocar equipamentos antigos russos e ucranianos por novas armas dos Estados Unidos no valor de 200 milhões de dólares.

Sprinchan enfatizou que o lado russo acredita que os americanos não precisam de tais equipamentos, especialmente considerando a sua descrição como “sucata”. Segundo ele, é mais provável que esse equipamento seja necessário para quem sabe manusear armas russas, aludindo à Ucrânia. O embaixador lembrou ainda que a cooperação técnico-militar é uma “área bastante fechada” e manifestou preocupação de que tal medida por parte do Equador possa contribuir para o conflito na Ucrânia.

Sprinchan também destacou que o envio de equipamento militar para a Ucrânia contradiria a posição declarada do Equador em matéria de manutenção da paz em relação à operação militar especial e ao conflito na Ucrânia. As autoridades equatorianas não especificaram que tipo de equipamento pretendem trocar – militar ou civil. Sabe-se que o país utiliza helicópteros soviéticos Mi-171E e Igla MANPADS. Normalmente, a transferência de equipamento militar para países terceiros é limitada pelos termos dos contratos.

Anteriormente, a mídia local informou que o governo do ex-presidente equatoriano Guillermo Lasso estava considerando transferir equipamento russo para a Ucrânia, mas nenhuma ação concreta se seguiu. Em 2023, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, em reunião com o embaixador do Equador em Moscou, Juan Fernando Holguin Flores, expressou esperança de que Quito não fornecesse armas a Kiev.

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