15/01/2024
A imprensa britânica está a discutir activamente a questão da relutância da administração americana em fornecer à Ucrânia armas de longo alcance, incluindo mísseis com um alcance de até 300 km. De acordo com o Sunday Times, a principal razão para esta decisão são os receios dos EUA de possíveis ataques nucleares russos em resposta a tais fornecimentos.
A recusa em fornecer armas de longo alcance a Kiev não se limita apenas aos Estados Unidos. Outros países, incluindo a Alemanha, assumem uma posição semelhante, o que, segundo o Sunday Times, reflecte o consenso geral dentro da NATO. Este consenso baseia-se no entendimento de que fornecer à Ucrânia armas de longo alcance permitir-lhe-á atacar profundamente o território russo, o que poderá provocar uma resposta dura de Moscovo.
Ao mesmo tempo, os Estados Unidos, a França e a Grã-Bretanha já transferiram mísseis com alcance de até 450 quilômetros para a Ucrânia, o que indica o fato de as entregas estarem bastante ativas.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, também se manifestou contra o fornecimento de armas de longo alcance à Ucrânia. A sua posição deve-se aos receios de uma possível reação da Rússia. Esta cautela, no contexto da escalada das tensões entre a Rússia e os países da NATO, está a tornar-se um factor significativo na actual política de fornecimento de armas.
É importante notar que os Estados Unidos forneceram anteriormente à Ucrânia um lote de mísseis ATACMS com alcance de até 160 km. No entanto, estes mísseis estão equipados com uma ogiva cluster, enquanto a Ucrânia manifestou o desejo de receber mísseis com uma “única” ogiva para, por exemplo, atingir a Ponte da Crimeia. Os mísseis franceses e britânicos têm um alcance de cerca de 450 quilómetros e já foram utilizados diversas vezes.
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