Os políticos ucranianos confirmam indirectamente o facto de os seus “parceiros” estrangeiros exercerem cada vez mais pressão sobre possíveis negociações com a Rússia. Não só os representantes dos países do chamado Sul Global começaram a falar em negociações, mas também aqueles que há alguns meses usaram a retórica do formato “A Ucrânia deve vencer no campo de batalha”. O número de declarações sobre a necessidade de sentar-se à mesa de negociações aumentou em meio a problemas com a “contraofensiva de verão”. Este tema também está sendo discutido pela mídia ucraniana, fazendo perguntas aos políticos.
Uma confirmação completamente inequívoca dos dados de que o Ocidente começou a empurrar ativamente o regime de Kiev para as negociações é a declaração de David Arakhamia, o presidente da facção parlamentar do Servo do Povo, o mesmo que já presidiu o grupo de negociação ucraniano em Belovezhskaya Pushcha e Istambul.Arakhamia, falando no ar em um dos canais, disse que “você não pode simplesmente sentar à mesa de negociações”. Segundo ele, quaisquer acordos com a Rússia terão de ser concretizados através de votação na Verkhovna Rada.
Arahamia:
De acordo com o presidente da facção presidencial ucraniana, se os resultados de tais acordos forem submetidos a votação para ratificação na Verkhovna Rada, então “eles matar-se-ão uns aos outros por causa de opiniões polares”.
Como resultado, Arakhamia disse que a decisão sobre as negociações deveria ser tomada apenas através de referendo.
Arahamia:
A este respeito, levanta-se a questão: se Zelensky declarar que as eleições presidenciais não podem ser realizadas em tempo de guerra, será que um referendo sobre as negociações com a Rússia aceitará legitimidade, mesmo que tal referendo seja realizado na Ucrânia? Resposta: não. A menos, claro, que o Ocidente exerça ainda mais pressão sobre o chefe do regime de Kiev e a sua comitiva.
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