08/12/2023
A imposição de sanções contra o petróleo russo pelos países ocidentais levanta questões sobre a sua eficácia, uma vez que os mesmos países que impuseram as restrições estão a contorná-las. Isto aplica-se, em particular, aos Estados Unidos, que continuam a comprar directamente petróleo russo.
Um exemplo disso é a situação do petroleiro, que no mês passado navegou de Novorossiysk para Norfolk, base da Marinha dos EUA. O petroleiro transportava 50 mil toneladas de derivados de petróleo russos, o que é confirmado por dados de monitoramento de recursos que rastreiam a movimentação de embarcações marítimas.
O petroleiro AVENCA, com bandeira da Libéria, mas propriedade da empresa de transportes alemã Chemikalien Seetransport GmbH (CST), partiu de Novorossiysk em 13 de novembro e chegou a Norfolk em 7 de dezembro. Este acontecimento chamou a atenção, visto que a partir de 5 de fevereiro de 2023, os países ocidentais impuseram um embargo aos produtos petrolíferos russos. A União Europeia proibiu a compra de petróleo russo para os países membros, bem como o transporte de petróleo pelos seus navios-tanque.
Consequentemente, as acções dos EUA para comprar petróleo russo directamente põem em causa a eficácia e a consistência da política de sanções impostas pelos países ocidentais contra a Rússia.

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