terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Hoje são Russofobicos. 70 anos depois judeus em Auschwitz foram libertados pelos soldados soviéticos. Muitas nações na terça-feira estão comemorando os crimes do Holocausto pela Alemanha nazista. Um encontro internacional no campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia está faltando o líder da nação, cujo antecessor libertou seus prisioneiros ...


27 de janeiro de 2015 09:45: tempo Publicado
tempo Editado: 27 de janeiro de 2015 11:53

Oswiecim 26 de janeiro de 2015 (Reuters / Laszlo Balogh)
Oswiecim 26 de janeiro de 2015 (Reuters / Laszlo Balogh)
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Muitas nações na terça-feira estão comemorando os crimes do Holocausto pela Alemanha nazista. Um encontro internacional no campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia está faltando o líder da nação, cujo antecessor libertou os presos há 70 anos.
O evento conta com a presença de 12 presidentes, cinco primeiros-ministros cerca de 300 sobreviventes do campo, onde mais de 1,4 milhão de pessoas, a maioria deles judeus europeus, foram mortos ao longo de cinco anos de governo nazista. Comemoração da tragédia do Holocausto deste ano tem um significado especial, já que é provável que seja o último grande aniversário que a maioria dos sobreviventes será capaz de participar. Os mais jovens ex-prisioneiros do campo de extermínio estão agora na casa dos 70 anos.
Falando na véspera do aniversário, a chanceler alemã Angela Merkel ressaltou que Auschwitz é um lembrete de que o caminho do ódio pode levar a.
"Amanhã é o 70º aniversário da libertação de Auschwitz-Birkenau pelas tropas soviéticas," ela disse."Hoje, a palavra 'Auschwitz' é um sinônimo para um mecanismo de perseguição e assassinato em massa usado pelos nacional-socialistas."
"Nós, alemães sentem uma profunda vergonha pelo que aconteceu. Alemães são culpados do sofrimento e morte de milhões de pessoas, e alguns alemães tolerado. Nós não queremos ouvir slogans cheios de ódio contra pessoas que são crentes ou acreditar em diferentes religiões ", o líder alemão acrescentou.
O discurso de Merkel criticou as forças na Alemanha apoiar o auto-intitulado movimento "anti-islamização 'PEGIDA, milhares de membros, dos quais de março, em várias cidades alemãs a cada semana. O movimento se coloca como combater os imigrantes hostis desafiando o estilo de vida alemão. Muitos políticos alemães vê-los como xenófobo e inclinando-se a uma ideologia não ao contrário do que os nazistas.
Um sobrevivente do ex-nazista de concentração e extermínio de Auschwitz campo alemão reage como ele visita o acampamento em Oswiecim 26 jan 2015 (Reuters / Laszlo Balogh)
Um sobrevivente do ex-nazista de concentração e extermínio de Auschwitz campo alemão reage como ele visita o acampamento em Oswiecim 26 jan 2015 (Reuters / Laszlo Balogh)

O encontro de dignitários estrangeiros na Polônia é marcado pela crise política que mergulhou relações entre a Rússia e os países ocidentais ao seu pior ponto desde a Guerra Fria. Polónia não optou por convidar o presidente russo, Vladimir Putin para Auschwitz em um movimento político aparente para destacar sua posição.
Junge Welt jornal expressaram indignação que não foi convidado.
Varsóvia não exteriormente proibir Putin de vir. Em vez disso, mudou o protocolo para a cerimônia deste ano e não convidar qualquer líder estrangeiro. Ao mesmo tempo, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko seria um convidado de honra nas comemorações de terça-feira, quando foi convidado pessoalmente pelo primeiro-ministro polonês Ewa Kopacz.

Efraim Zuroff, responsável por trazer muitos indiciados criminosos a julgamento, criticou o evento deste ano para omitir .

A Rússia está representada por Sergey Ivanov, que o escritório de Putin de cabeça. O presidente russo, em vez vai estar presente um museu judaico e um centro de tolerância, em Moscou, o Kremlin anunciou.

Muitos se sentem indignados com pagar respeitos a uma tarde déspota, recusando-se a homenagear as vítimas do genocídio.

Outro líder mundo não frequentam a comemoração é presidente dos EUA, Barack Obama, que é, em vez de visitar a Arábia Saudita na terça-feira.
O escândalo diplomático tranquila é agravada por declarações polêmicas feitas na semana passada pelo ministro das Relações Exteriores polonês Grzegorz Schetyna, que deu crédito para libertar os prisioneiros do campo de morte para os ucranianos, porque a força que fez isso foi chamado o primeiro frente ucraniano do Exército Vermelho.
A afirmação é historicamente incorreto, uma vez que a frente foi nomeado após o território onde as operações foram realizadas e composta por soldados de inúmeras etnias, incluindo ucranianos, russos, tártaros, os chechenos, poloneses e muitos outros. Muitas pessoas criticaram Schetyna, que teve que explicar que ele involuntariamente generalizada um episódio da libertação - os portões de uma das instalações do campo de morte foram derrubadas por um tanque conduzido por um soldado ucraniano.
Em uma tentativa de pôr fim à especulação sobre quem exatamente libertou Auschwitz, o Ministério da Defesa russo, nesta terça-feira publicou uma série de documentos de arquivo relevantes para o evento histórico. Entre os documentos está a lista de tropas do Exército 60 da 1ª Frente Ucraniana, que foi creditado com a libertação do campo.
O documento lista os 39 mais numerosos grupos étnicos para os soldados, sargentos e oficiais se alistou no Exército 60. Ele diz que houve 22.294 soldados russos, 12.603 russo sargentos e 7.501 oficiais russos, num total de 42.398 tropas. No que diz respeito aos ucranianos, os números foram 28.347, 7.568 e 2.126, respectivamente, num total de 38.041 tropas. Também houve 1.210 bielorrussos, 1088 tártaros, 1.073 judeus, 838 uzbeques, 711 cazaques, 555 armênios, 546 georgianos e pequenos grupos de pessoas de outras origens étnicas, incluindo os gregos e chineses.
Roster do Exército 60 da 1ª Frente Ucraniana do Exército Vermelho.  Documento Archive
Roster do Exército 60 da 1ª Frente Ucraniana do Exército Vermelho. Documento Archive

As palavras de Schetyna ea debacle com a cerimônia convites de Auschwitz não acabar com as suspeitas na Rússia que o governo polaco está pervertendo os eventos históricos para alimentar uma agenda anti-russo. Varsóvia tem sido um dos maiores críticos de Moscou sobre a crise ucraniana e um defensor das forças políticas que tomaram o poder em Kiev, em um golpe armado em fevereiro.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Em 2015 já há "missões especiais" de agentes clandestinos dos EUA em 105 países.

Em 2015 já há

Em 2015 já há "missões especiais" de agentes clandestinos dos EUA em 105 países


"Já operante na Austrália, Brasil, Canadá, Colômbia, El Salvador, França, Israel, Itália, Jordânia, Quênia, Polônia, Peru, Turquia e Reino Unido, o programa SOLO deve ser expandido, segundo Votel, para 40 países até 2019."
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Na calada da noite, eles mergulham num V-22 Osprey. Pousam numa região remota de um dos países mais voláteis do planeta, destroem um vilarejo e, em poucas horas, estão envolvidos em tiroteio mortal. Era a segunda vez, em duas semanas, que a elite dosSEALs da Marinha dos EUA tentava resgatar o fotojornalista Luke Somers. E foi o segundo fracasso.
EUA: era de ouro da guerra suja20/1/2015, Nick TurseTomDispatch - http://www.tomdispatch.com/blog/175945/
Dia 6/12/2014, aproximadamente 36 dos top commandos dos EUA, pesadamente armados, operando com inteligência de satélites, drones, escutas clandestinas da mais alta tecnologia, equipados com óculos para visão noturna e apoiado por tropas de elite do Iêmen, postaram-se distantes apenas poucos passos de seis militantes da al-Qaeda na Península Árabe. Quando tudo acabou, Somers estava morto, bem como Pierre Korkie, professor sul-africano cuja soltura havia sido anunciada para o dia seguinte. Os comandos norte-americanos assassinaram também oito civis, segundo relatos de locais. A maioria dos militantes conseguiram fugir.

Esse episódio sangrento foi, dependendo de seu ponto de vista, o fim ignominioso de um ano ao longo do qual as Forças Especiais dos EUA foram ativadas em números recordes de ocasiões, ou o nada auspicioso começo de novo ano, já encaminhado para repetir, se não para ultrapassar, aqueles mesmos números. 

Durante o ano fiscal que terminou dia 30/9/2014, as Forças de Operações Especiais dos EUA [orig. Special Operations forces (SOF)] foram mandadas para 133 países - em números redondos, 70% das nações do planeta -, segundo o tenente-coronel Robert Bockholt, oficial de Relações Públicas do Comando de Operações Especiais dos EUA [orig. Special Operations Command (SOCOM)]. Foi a coroação de período de três anos durante os quais as principais forças de elite dos EUA estiveram ativas em mais de 150 diferentes países em todo o mundo, sempre em missões que vão de raids noturnos para captura/assassinato, até exercícios para treinamento. E esse ano pode ter batido novo recorde. Apenas um dia antes do raid que pôs fim à vida de Luke Somers - decorridos apenas 66 dias do ano fiscal de 2015 -, as principais tropas de elite dos EUA já haviam posto seus coturnos em solo de 105 nações: aproximadamente 80% do total de 2014.

Apesar da escala massiva, essa guerra mundial secreta que os EUA travam hoje contra praticamente todo o planeta é desconhecida de muitos norte-americanos. Diferente da debacle no Iêmen, a vasta maioria das operações clandestinas das forças especiais dos EUA permanecem absolutamente ocultas, longe de qualquer supervisão externa, longe de qualquer controle pela mídia ou pelos cidadãos. De fato, exceto por pequenas quantidades de informação distribuída na cobertura pela muito seletiva mídia militar, por'vazamentos'oficiais que saem da Casa BrancaSEALs que tenham alguma coisinha para vender e alguns jornalistas escolhidos a dedo com notícias sobre eventos escolhidos a dedo, praticamente todas as ações e práticas desses operadores norte-americanos especiais jamais são examinadas de modo significativo - o que só faz aumentar a probabilidade de revides nunca previstos e outras consequências catastróficas.

Era de Ouro
"O comando está no seu zênite absoluto. Trata-se, de fato, de uma era de ouro das operações especiais". São palavras do general Joseph Votel III, graduado em West Point e Ranger do Exército, ao assumir o comando do SOCOM em agosto passado.

A retórica do general pode soar grandiloquente, mas não é exagerada. Desde 11/9/2001, as forças de Operações Especiais dos EUA cresceram sob todos os critérios imagináveis, inclusive em números, em orçamento, no poder que tem sobre Washington  e no lugar que ocupa da imaginação popular. O comando, por exemplo, mais que dobrou em termos de pessoa, dos cerca de 33.000 em 2001, para cerca de 70.000 hoje, incluindo-se o salto de cerca de mais 8.000 só durante o mandato do almirante William McRaven recentemente aposentado no comando do SOCOM.

Esses números, por impressionantes que sejam, não dão ideia plena da natureza e do alcance da expansão global dessas forças de elite norte-americanas nesses anos. Para tanto, é preciso percorrer a estrutura do Comando de Operações Especiais, verdadeiro emaranhado de siglas e sempre em ampliação. A coisa é de enlouquecer, mas é indispensável, para que se possa ter ideia realista da coisa de que estamos falando.

A parte do leão das tropas do SOCOM são Rangers, Boinas Verdes [orig. Green Berets] e outros soldados do Exército, seguidos por commandos da Força Aérea, os SEALs[palavra que significa (lit.) "foca" e designa os soldados da Marinha dos EUA, de terra, ar e mar, para operações especiais (NTs)], e pequeno contingente de Marines.  Mas só se começa a ter ideia de o quanto e como o comando está em expansão, se se consideram todos os "comandos subunificados" entre os quais se distribuem esses 'soldados especiais': SOCAFRICA, autoexplicativo; SOCEUR, o contingente europeu; SOCKOR, devotado estritamente à Coreia; SOCPAC, que cobre o resto da região do Pacífico Asiático; SOCSOUTH, que executa serviços na América Central, América do Sul e Caribe;SOCCENT, o comando subunificado dos EUA. O Comando Central (CENTCOM) no Oriente Médio; o SOCNORTH, devotado à "defesa da pátria"; e os eternos viajantes 'extremos' do Comando Unificado de Operações Especiais [orig. Joint Special Operations CommandJSOC] - subcomando clandestino (antes comandado por McRaven, depois por Votel), constituído de pessoal de cada um dos vários ramos do serviço, incluindoSEALs, tripulações táticas especiais da Força Aérea, e a Delta Force, do Exército, especializada em rastrear e assassinar suspeitos de terrorismo.

E não pense que fica por aí. Resultado do empenho de McRaven para criar "forças globais de Operações Especiais, de aliados e parceiros interagências", há agora oficiais de ligação das Operações Especiais (ou SOLOs), embedded [ap. "incorporados"] em 14 embaixadas dos EUA para servir como conselheiros das forças especiais em várias nações aliadas. Já operante na Austrália, Brasil, Canadá, Colômbia, El Salvador, França, Israel, Itália, Jordânia, Quênia, Polônia, Peru, Turquia e Reino Unido, o programa SOLOdeve ser expandido, segundo Votel, para 40 países até 2019. O comando, e especialmente o JSOC, também construiu laços próximos com a Central Intelligence Agency, o Federal Bureau of Investigation e a National Security Agency, dentre outros.

Shadow Ops [agentes clandestinos que agem nas sombras]
O alcance global do Comando de Operações Especiais, SOCOM, vai ainda mais longe, com número menor de elementos mais ágeis, que operam clandestinamente, a partir das bases que os EUA mantêm em áreas remotas do Sudeste da Ásia, de postos avançados no Oriente Médio, a campos austeros em plena África. Desde 2002, o SOCOM está também autorizado a criar suas próprias Forças-Tarefas Conjuntas [orig. Joint Task Forces], prerrogativa normalmente reservada a comandos de combate maiores, como oCENTCOM.

Considere-se, por exemplo, a Força-Tarefa Filipinas de Operações Especiais Conjuntas [Joint Special Operations Task Force-Philippines (JSOTF-P)], a qual, no pico, contava com cerca de 600 agentes norte-americanos para apoiar operações de contraterrorismo de aliados dos filipinos, contra grupos insurgentes como Abu Sayyaf. Depois de mais de uma década consumida em combates contra esse grupo, o número de agentes foireduzido, mas o grupo continua ativo, embora a violência na região permaneça virtualmente inalterada.

Uma fase de redução da força tarefa foi de fato anunciada em junho de 2014. "JSOTF-Pserá desativada e a chamada operação OEF-P [Operation Enduring Freedom-Philippines(Operação Liberdade Duradoura-F)] será concluída no ano fiscal de 2015" - disse Votel à Comissão das Forças Armadas do Senado, no mês seguinte "Um número menor de pessoal militar norte-americano operando como parte de uma Equipe de Ampliação de umPACOM [U.S. Pacific Command] continuará a melhorar as capacidades e habilidades das Forças Especiais das Filipinas (PSF, Philippine Special Forces] para que levem a bom termo suas missões CT [de contraterrorismo]..."

Mas meses adiante, a Força Tarefa de Operações Especiais-Filipinas permanecia do mesmo tamanho que antes, e operante. "JSOTF-P continua ativa, mas o número de pessoal lá alocado foi reduzido" - disse a porta-voz do Exército Kari McEwen ao repórter Joseph Trevithick de War Is Boring [lit. Guerra é tédio].

Outra unidade especial, a Força-Tarefa de Operações Especiais Conjuntas-Bragg [orig.Special Operations Joint Task Force-Bragg], permaneceu nas sombras durante anos, antes de pela primeira vez ser oficialmente mencionada pelo Pentágono, no início de 2014. O papel dela, segundo Bockholt, do SOCOM, é "treinar e equipar soldados norte-americanos a serem enviados para o Afeganistão para apoiar a Força-Tarefa de Operações Especiais-Afeganistão [orig. Special Operations Joint Task Force-Afghanistan]." Essa última passou mais de uma década executando operações clandestinas ou "negras" [orig. black-ops], "para impedir atividades de insurgentes que ameaçassem a autoridade e a soberania (sic) do governo afegão.

"Operações negras" significa raids noturnos e missões de assassinar/sequestrar - quase sempre articuladas com forças de elite afegãs - que levaram à morte de número ignorado de combatentes e de civis. Em resposta à indignação da população contra esses raids, o presidente Hamid Karzai do Afeganistão praticamente os baniu em 2013.

As Forças de Operações Especiais dos EUA deveriam ter sido transferidas para um papel de apoio em 2014, deixando no comando as tropas afegãs de elite. "Estamos tentando deixar que eles comandem o show," disse o coronel Patrick Roberson da Força-Tarefa-Afeganistão, ao jornal USA Today. Mas, segundo LaDonna Davis, porta-voz da Força Tarefa, os operadores norte-americanos ainda comandavam missões no final do ano passado. A força recusa-se a dizer quantas missões foram comandadas pelos norte-americanos, nem em quantas operações seus comandos estiveram envolvidos, embora as Forças de Operações Especiais-Afeganistão tenham realizado, oficialmente 150 missões por mês, em 2014. "Não posso discutir o número específico de operações realizadas" disse o major Loren Bymer da Força-Tarefa de Operações Especiais-Afeganistão, aTomDispatch. "Mas os afegãos de fato atualmente lideram 96% das operações especiais, e nós continuamos a treiná-los, aconselhá-los e ajudar nossos parceiros, para garantir que sejam bem-sucedidos."

E se você pensou que por aí acaba o quadro organizacional das forças especiais, a Força-Tarefa de Operações Conjuntas-Afeganistão tem cinco Grupos de Aconselhamento de Operações Especiais "focados em orientar e aconselhar nossos parceiros ASSF[Afghan Special Security Force]" - como disse Votel. "Para garantir que nossos parceirosASSF continuem a dar combate a nossos inimigos, as Forças de Operações Especiais dos EUA tem de manter algum aconselhamento no plano tático depois de 2014, com unidades selecionadas em locais selecionados" - disse o mesmo Votel à Comissão das Forças Armadas do Senado.

Na verdade, em novembro passado o sucessor de Karzai, Ashraf Ghani, discretamentecancelou a proibição dos raids noturnos, reabrindo a porta para novas missões dos conselheiros norte-americanos, por lá, em 2015.

Mas haverá menos agentes das forças especiais dos EUA disponíveis para missões táticas. Segundo o então sub, agora vice-almirante Sean Pybus, vice-comandante doSOCOM, cerca de metade dos pelotões de SEALs mandados para o Afeganistão deveriam, até o final do mês passado, ser retirados e redirecionados para apoiar "o pivô para a Ásia, ou trabalhar no Mediterrâneo, ou no Golfo de Guiné, ou no Golfo Persa".  Mesmo assim o coronel Christopher Riga, comandante do 7º Grupo de Forças Especiais, cujos soldados serviram com a Força-tarefa Combinada de Forças Especiais Conjuntas-Afeganistão perto de Kandahar no ano passado, jurou persistir. "Há muita luta em curso no Afeganistão, que continuará" - disse ele, numa cerimônia de entregas de medalhas ano passado. "Continuaremos a matar o inimigo, até que nos mandem sair."

Acrescente a essas forças-tarefas os elementos do Comando Avante de Operações Especiais [orig. Special Operations Command Forward (SOC FWD)], pequenas equipes que, segundo os militares, "modelam e coordenam a cooperação e o engajamento de segurança de forças de operações especiais, em apoio ao comando das operações especiais no teatro, comando geográfico combatente e equipes e objetivos no país". OSOCOM recusou-se a confirmar a existência de SOC FWDs, embora haja muitas provasoficiais sobre o tema, e a oferecer um número de quantas equipes estão hoje ativas pelo mundo. Mas as que já se sabem que existem estão plantadas em operações-negras prestigiadas em locais especiais, dentre elas SOC FWD-Paquistão, SOC FWD-Iêmen eSOC FWD-Líbano, além das SOC FWD-Leste da África, SOC FWD-África Central e SOC FWD-África Ocidental.
A África, de fato converteu-se em local especial para missões clandestinas conduzidas por operadores especiais norte-americanos. "Essa unidade particular tem feito coisas impressionantes. Seja na Europa ou na África, em grande variedade de contingências, vocês contribuem de modo muito significativo" - disse o comandante do SOCOM, general Votel, aos membros do 352º Grupo de Operações Especiais em sua base na Inglaterra, no outono passado.

Os commandos aéreos de modo algum estão sós na exploração daquele continente. Ao longo dos últimos anos, por exemplo, os SEALs executaram uma operação bem-sucedida de resgate de prisioneiro na Somália, e um raid  para sequestro que não deu certo. Na Líbia, commandos da Força Delta conseguiram capturar um militante da al-Qaeda num ataque matinal, e SEALs recuperaram um navio petroleiro carregado da Líbia, que o governo local, apoiado pelos EUA considerava roubado. Além disso, os SEALscomandaram uma missão fracassada de evacuação no Sudão do Sul, durante a qual vários agentes foram feridos quando o avião no qual estavam foi atingido por tiros de pistola de baixo calibre. Enquanto isso, uma força de elite de resposta rápida, conhecida como Naval Special Warfare Unit 10 (NSWU-10) estava envolvida com "países estratégicos" como Uganda, Somália e Nigéria.

Um esforço clandestino de treinar agentes especiais na Líbia implodiu, quando milícias ou "forças terroristas" atacaram duas vezes o acampamento, guardado por militares líbios, e saquearam grandes quantidades de equipamento norte-americano de alta tecnologia, centenas de armas - inclusive pistolas Glock e rifles M4 - além de equipamento para visão noturna e lêiseres especializados, que só podem ser vistos com aquele equipamento. Resultado disso, a missão foi desmantelada e o acampamento, abandonado. Depois se informou que havia sido tomado por uma milícia.

Em fevereiro do ano passado, tropas de elite viajaram para o Niger, para três semanas de exercícios militares, como parte de Flintlock 2014, um exercício anula para agentes de contraterrorismo, que unia forças da nação anfitriã, Canadá, Chade, França, Mauritânia, Países Baixos, Nigéria, Senegal, Reino Unido e Burkina Faso. Vários meses depois, um oficial de Burkina Faso, que recebera treinamento contraterrorismo nos EUA, sob os auspícios da Universidade de Operações Especiais Conjuntas do SOCOM em 2012, tomou o poder num golpe de estado. Mas os agentes das Forças Especiais não foram incomodados. No final do ano passado, por exemplo sob os auspícios do SOC FWD-África Ocidental, membros do 5º Batalhão, 19º Grupo de Forças Especiais, uniram-se a soldados da elite marroquina para treinamento, numa base nos arredores de Marrakech.

Um mundo de oportunidades
O envio de agentes para nações africanas, porém, não dá conta se não de pequena parte do rápido crescimento do alcance global do Comando de Operações Especiais. Nos últimos dias do governo Bush, sob comando do então chefe do SOCOM almirante Eric Olson, sabe-se que forças de Operações Especiais foram enviadas para cerca de 60 países em todo o mundo. Em 2010, o número de países cresceu para 75, segundo Karen DeYoung e Greg Jaffe do Washington Post. Em 2011, o porta-voz do SOCOM, coronel Tim Nye, disse a TomDispatch que esse total alcançaria 120 países até o final do ano. Com o almirante William McRaven que assumiu em 2013, o então major Robert Bockholt disse a TomDispatch que o número já saltara para 134. Sob o comando de McRaven e Votel in 2014, segundo Bockholt, o total diminuiu quase nada, para 133. Mas o secretário de defesa anterior, Chuck Hagel, observou que sob o comando de McRaven - de agosto de 2011 a agosto de 2014 - as Forças de Operações Especiais passaram a estar presentes em mais de 150 diferentes países. "De fato, SOCOM e todos os militares norte-americanos estão mais engajados internacionalmente hoje, do que nunca antes - em mais locais e com variedade maior de missões" - disse Hagen em discurso de agosto de 2014.

Não estava brincando. Em apenas dois meses do ano fiscal de 2015, o número de países onde há agentes de Forças Especiais dos EUA já chegou a 105, segundo Bockholt.

O Comando das Operações Especiais, SOCOM, não quis comentar a natureza de suas missões ou as vantagens de operar em tantos países. O Comando não quis sequer indicar o nome de um único país para onde tivessem sido enviadas forças de operações especiais nos últimos três anos. Mas rápido exame de algumas operações, exercícios e atividades que já vieram à luz pinta quadro de um comando 'viajante extremo', comandoglobe-trotter, sempre às voltas com alianças em todos os pontos do planeta.

Em janeiro e fevereiro, por exemplo, membros do 7º Grupo de Forças Especiais e o 160º Regimento de Aviação de Operações Especiais conduziram um mês de Treinamento Conjunto Combinado [orig. Joint Combined Exchange Training (JCET)] com vários grupos de Trinidad e Tobago, enquanto tropas do 353º Grupo de Operações Especiais reuniram-se a membros da Força Aérea da Tailândia, para Exercise Teak Torch em Udon Thani, Tailândia. Em fevereiro e março, os Boinas Verdes do 20º Grupo de Forças Especiais treinaram com tropas de elite da República Dominicana, como parte de outroJCET.

Em março, membros do Comando de Operações Especiais da Marinha e Unidade 1 Especial de Guerra Naval [orig. Marine Special Operations Command e Naval Special Warfare Unit 1 participaram de manobras no porta-aviões USS Cowpens, como parte doMulti-Sail 2014, exercício anual organizado para apoiar "a segurança e a estabilidade na região do Indo-Ásia-Pacífico." Naquele mesmo mês, soldados, marinheiros, aviadores de elite participaram de um exercício cujo nome em código foi "Fused Response", com militares do Belize. "Exercícios como esse constroem elos e confiança entre os militares dos EUA e do Belize" - disse, adiante, o tenente-coronel da Força Aérea Heber Toro, do Comando Sul de Operações Especiais. [segue-se longa relação de exercícios militares em várias partes do mundo]. [...]

Querem estar em toda parte
Para os chefes de operações especiais dos EUA, o globo é tão instável quanto interconectado. "Tenho certeza de que o que acontece na América Latina afeta o que acontece na África Ocidental, que afeta o que acontece no sul da Europa, que afeta o que acontece no sudoeste da Ásia" - disse McRaven ano passado na Geolnt, reunião anual de executivos da indústria-vigilância e pessoal militar. Solução que tinha a oferecer para esse instabilidade interconectada? Mais missões, em mais países - em mais do que em ¾ dos países do planeta, de fato - durante o mandato de McRaven. E o palco parece pronto para ainda mais do mesmo, no futuro próximo. "Queremos estar em todos os pontos" - disse Votel na Geolnt. Suas forças já estão bem a caminho disso, em 2015.

"Nossa nação tem altas expectativas das Forças de Operações Especiais" - disse ele a agentes especiais na Inglaterra, no outono passado. - "Procuram-nos para as missões mais difíceis, nas mais difíceis condições". A natureza e o local da maioria dessas "missões difíceis" porém são mantidos sob total segredo. E Votel, aparentemente, não tem interesse em lançar qualquer luz sobre a questão. "Desculpe, mas, não" - foi a resposta do SOCOM, quando TomDispatch solicitou uma entrevista com o comandante das Operações Especiais, para saber de operações correntes e futuras. Na verdade, aquele comando não autorizou que seus subordinados participassem de uma discussão pública sobre o que eles fazem em nome dos EUA e com o dinheiro dos contribuintes norte-americanos. Não é difícil saber por quê.

Votel está agora sentado no topo de inúmeras narrativas de militares pós 11/9, que se meteram em incontáveis guerras que não venceramrevides de intervençõesatividade criminosa rampantevazamentos repetidos  de  segredos embaraçosos, e todos os tiposdos escândalos mais chocantes.

Graças a uma combinação perversa de jactância e secretismo, vazamentoscuidadosamente plantados, muito 'marketing' e empenhado trabalho de "relações públicas", o cultivo hábil de uma mística 'do Super-homem (sempre com uma comovente pitada de atormentada fragilidade), e muita 'matança premeditada' legal ("targeted killing"), as forças de Operações Especiais tornaram-se queridinhos da cultura popularnorte-americana, enquanto o Commando foi o principal vencedor na luta de foice em Washington, pelo Orçamento.

É particularmente surpreendente, se se considera o que realmente acontece em campo: na África, foi armar e fantasiar militantes e dar treinamento ao líder de um golpe; no Iraque, as mais elitistas das forças de elite dos EUA estavam implicadas na tortura mais sórdida, na destruição de moradias, e na matança de inocentes; no Afeganistão, históriasemelhante, com repetidos relatos de mortes de civis; enquanto no Iêmen foi sempre mais do mesmo, como no Paquistão e na Somália. E até aqui mal se arranhou a superfície dos descaminhos dos agentes de Operações Especiais.

Em 2001, antes que as forças especiais [vestidas de preto] dos EUA tivessem começado sua guerra massiva, multifrentes, clandestinas contra o terrorismo, havia 33.000 membros do Comando de Operações Especiais e cerca de 1.800 membros da elite da elite, o Comando das Operações Especiais Conjuntas. Havia então também 23 grupos terroristas- do Hamás ao Exército Republicano Irlandês Real - como o Departamento de Estado reconhecia, incluída a al-Qaeda, cujo número de membros era estimado em alguma coisa entre 200 e 1.000.  O grupo tinha base no Afeganistão e Paquistão, embora algumas pequenas células tivessem já atuado em vários países, incluindo Alemanha e EUA.

Depois de mais de uma década de guerras secretas, vigilância massiva, números jamais revelados de raids  noturnos, detenções e assassinatos, sem mencionar os bilhões e bilhões de dólares consumidos, os resultados falam por eles mesmos. O SOCOM mais que duplicou de tamanho, e o secretivo JSOC talvez já tenha o tamanho que tinha oSOCOM em 2001. Desde setembro daquele ano, 36 novos grupos de terror surgiram inclusive incontáveis franquias, novos ramos e aliados da al-Qaeda. Hoje, esses gruposainda operam no Afeganistão e Paquistão - há agora 11 afiliados reconhecidos da al-Qaeda no Afeganistão, cinco no Paquistão - bem como no Mali, na Tunísia, Líbia e Marrocos, Nigéria e Somália, Líbano e Iêmen, dentre outros países.

Um dos ramos nasceu da invasão dos EUA contra o Iraque, foi nutrido num campo de prisioneiros dos EUA e, agora conhecido como Estado Islâmico, controla larga fatia do Iraque e da vizinha Síria, um proto-califato no coração do Oriente Médio que era tudo com que sonhavam os jihadistas nos idos de 2001. Aquele grupo, só ele, reúne estimados30,000 combatentes e já controla inclusive a segunda maior cidade do Iraque - apesar de ter sido incansavelmente perseguido , desde o nascimento, pelo JSOC.
"Temos de continuar a sincronizar o deslocamento da Força de Operações Especiais pelo mundo", diz Votel.  "Todos temos de ser sincronizados, coordenados e preparados a partir do Comando."

Abandonado bem fora de qualquer sincronia está o povo dos EUA, consistentemente deixado no escuro sobre o que os operadores especiais dos EUA andam fazendo e onde estão, para nem falar dos resultados pífios do que fazem e dos revides gerados pelo que fazem. Mas se a história ensina alguma coisa, não há dúvida de que os operadores ditos especiais, mascarados em negro da cabeça aos pés, farão de tudo para que prossiga, inalterada, essa "era de ouro" do Comando de Operações Especiais dos EUA. *****

CIA na América Latina: Dos golpes a tortura e assassinatos preventivos.


25.01.2015
 
CIA na América Latina: Dos golpes a tortura e assassinatos preventivos. 21513.jpeg
Observações feitas pelo jornalista venezuelano José Vicente Rangel são geralmente vistas como bem informadas e acuradas. Para o programa de televisão Los Conficenciales (Fontes de Confiança) ele relatou recentemente a respeito do trabalho do pessoal suplementar para as estações da CIA na América Latina. De acordo com Rangel, pelo menos 500 reforçamentos chegaram as embaixadas americana, e outros U.S. tipos de quartél-general na América Latina, para ajudar operativos que já lá estavam, a aumentar suas atividades subversivas e de espionagem.
 Tradução Anna Malm* - Correspondente de Pátria Latina na Europa
Por Nil Nikandrov

Esses agentes estão a focalizar países como a VenezuelaBolivia, Argentina, , BrazilEcuador, e Cuba. Entretanto, isso não significa que outros países estariam resguardados do policiamento imperial. De qualquer modo, por muito loiais que esses governos sejam em seguir o rastro das diretivas políticas americanas, as agências de inteligência dos Estados Unidos estão sistemáticamente fortalecendo o seu pessoal secreto no México, na Guatemala, Colômbia, República Dominicana, Perú, Chile, e outros países. Na América Latina os serviços presidenciais e governamentais estão sendo deliberadamente infiltrados, assim também como a liderança das forças armadas, dos serviços secretos nacionais, e das agências de contra-espionagem. Os americanos estão forjando alianças para criar uma tropa de vanguarda, e cúmplices, para ajudá-los a opor-se a quaisquer potenciais inimigos deles no continente, especialmente então nos «regimes populares»
As posições operacionais dos serviços de inteligência U.S. na América Latina abriram muitos ramos novos e são agora capazes de levar a frente operações de destabilização. Em recente anos, tais tentativas foram feitas na Venezuela, Bolívia, Equador, e Argentina, onde os governos desses países estiveram resistindo aos planos americanos de total controle do continente abaixo do disfarce de uma criação de uma zona de comércio livre para todo o continente. Os esforços da CIA para forjar uma «revolução colorida» [lê-se golpe de estado] na Venezuela em 2002-2003 deu em nada : o Presidente Hugo Chavez não só sobreviveu mas conseguiu também ter sucesso em unir a América Latina. O seu sucessor, Nicolás Maduro, continua loial aos princípios da Revolução Bolivariana, enquanto rigorosamente resiste as tentativas dos Estados Unidos para underminar as suas realizações, isso sendo feito então através de conspirações econômicas e financeiras além de encorajar provocações vindas da oposição radical na Venezuela.   
 
Uma estrategia similar está sendo usada pela CIA contra o governo de Cristina Fernandez de Kirchner na Argentina. Na Bolívia e no Equador estações da CIA estiveram tentando destabilizar o legitimamente eleito governo com a ajuda de forças policiais, dos quais muitos líderes tradicionalmente estiveram abaixo do domínio de instrutores americanos. O Presidente Rafael Correa do Equador por pouco escapou a morte quando rebeldes circundaram o edifício onde os seus guarda-costas o estavam protegendo do quando franco-atiradores treinados pela CIA estiveram por muitas horas atirarando nas janelas do seu refúgio. Um bando de militantes da Europa, usados pela CIA para atos terroristas foram encumbidos com a tarefa de assassinar o Presidente Evo Morales da Bolívia. De acordo com investigadores, a estação da CIA na Irlanda e na Hungria montou os grupos.
A CIA na América Latina está claramente se preparando para exacerbar a situação. A vigilância eletrônica da NSA, agência nacional de segurança dos americanos, apesar das revelações de Edward Snowden, Julian Assange e outros, não só continuam como aumentam, e de muito, a sua intensidade. Os dados obtidos pela NSA está sendo distribuidos para específicos serviços da comunidade de inteligência americana, dependendo das suas áreas de especialização. A CIA é o maior consumidor desse material, o qual é usado para o planejamento de «revoluções coloridas» ou seja, golpes de estado, assim também como para chantagem, recrutamento, provocações, campanhas de propaganda subversiva, e coisas do gênero. Note-se que cada administração americana -de Bush a Obama - focusou na colheita de dados de espionagem, uma tarefa que tinha sido responsabilidade dos chamados «clean» empregados de várias agências, especialmente então do Departamento do Estado dos Estados Unidos. Isso foi motivado pela necessidade de aumentar a luta contra o terrorismo.   
Num memorando assinado na época de Condoleezza Rice, mas aprovado pelos seus sucessores, U.S. diplomatas ficavam encarregados de colecionar dados a respeito de instalações militares, sistemas de comunicação usados nos países onde se encontravam, como os líderes eram protegidos, onde eles moravam e estacionavam os seus carros, quais os seus endereços de e-mails, números de telefone, etc. Um componente dessa tarefa é particularmente inquietante - os diplomatas ficaram também incumbidos de colher informação do estado de saúde de seus "alvos", incluindo-se aqui dados a respeito da estabilidade mental de cada um. Menções também são feitas a respeito da necessidade de obter material visual, impressão digital e «material biológico». Esse último, de acordo com peritos do assunto, seriam úteis no planejamento de assassinatos com uso de tecnologia avançada. Brazil e Venezuela, assim como China e Rússia estão incluidos na lista de alta prioridade do Departamento de Estado americano para relatórios de inteligência de diplomatas na América Latina. Delegados e representantes dos países aqui mencionados devem ser seguidos contínuamente, e isso não só na América Latina mas, por todo o mundo.
Entretanto a maior caça é feita contra os cidadãos da Rússia. Para aumentar sua efetividade os serviços de inteligência americanos usam um amplo arsenal de provocações e duplicidade. O piloto Konstantin Yaroshenko, que foi cusado do tráfico de drogas, foi emaranhado num desses tipos de armadilha. De acordo com agências de notícias, uma empregada do pessoal da embaixada U.S. na Colômbia deu um secreto instrumento de gravação para um cidadão local que era um agente da DEA operando abaixo do nome de «Santiago». Depois de vários encontros entre o agente e o piloto, que resultou num vídeo e numa áudio gravação de suas conversas, os mesmos foram redigidos e apresentados a Cortes dos Estados Unidos, ainda que uma significante parte do seu conteúdo tivesse sido apagada, o que deu então um impácto direto no veredito. Cidadãos do Brasil, Argentina, Venezuela, Nicaragua e muitos outros países foram vitimados por esse tipo de operações, sendo que as implicações são sempre as mesmas : A América Latina não conseguiria evadir-se de cooperação com a CIA!
De qualqur maneira, a agência tem um dossier na América Latina que levanta espanto até em governos que são loiais a Washington. Uma augorenta indicação das tácticas estilo-Gestapo da CIA foi a criação da base militar U.S. de Guantânamo, em Cuba, com um campo para prisioneiros suspeitos de atividades terroristas, ou de instigação dos Talibãs. Em dezembro de 2005, Condoleezza Rice declarou-se como defendendo a idéia desse campo, sublinhando o facto de que dessa maneira a CIA  «tinha impedido ataques terroristas e salvado vidas inocentes na Europa, assim como nos Estados Unidos, e outros países. » A respeito da revelação das prisões secretas Rice arrogantemente disse que «era para todos esses governos e seus cidadãos se decidirem contra ou a favor a trabalhar com os Estados Unidos para impedir ataques terroristas contra seu próprio país.
Em dezembro de 2014, o U.S. Comité de Seleção do Senado para inteligência publicou um relatório de 500 páginas quanto ao uso de tortura pela CIA para extrair confissões de indivíduos suspeitos de terrorismo. A versão completa tinha quase que 7.000 páginas e incluia muitos detalhes das «melhoradas técnicas de interrogação» usadas pela CIA. A sua desvendação foi considerada como muito perigosa por que essa poderia deslanchar retaliação. O documento original foi redigido e retiraram-se os nomes das prisões secretas na Europa e na Ásia, assim como os nomes dos chefes da CIA que deram seu consentimento a tortura de prisioneiros, assim como o nome do pessoal que as administraram. Eles tiveram especialmente muito cuidado em apagar as informações a respeito das «tácticas avançadas de interrogação» usadas em Guantânamo.  
O Secretário do Estado John Kerry também tentou tirar outros fatos do documento dizendo que a publicação iria por em perigo vidas de diplomatas americanos no exterior. Só a intervenção de organizações dos direitos humanos conseguiu impedir isso. Agora a Human Rights Watch, a American Civil Liberties Union, e outras organizações, estão tentando obter os nomes dos que criaram essas prisões e introduziram o uso de tortura. Entretanto, esses seus esforços estão sendo impedidos pela direção John Brennan da CIA. A mesma desculpa é oferecida - a publicidae poria em perigo a vida dos empregados.   
É importante para John Brennan poder manter seus empregados experientes depois das grandes reformas da CIA, projetadas por ele. Informações surgiram na mídia a respeito da natureza da planejada reorganização: em vez de ter departamentos especializados nas agências, e um serviço separado para análises do material de inteligência, centros de fusão serão criados. Esses centros de fusão deveriam ser responsáveis por regiões específicas e por ameaças sistemáticas a segurança dos Estados Unidos. Na perspectiva de John Brennan tem-se que principalmente dado ao facto de que a CIA durante muito tempo esteve concentrada nas guerras no Afeganistão e Iraque, assim também como nas operações do Norte da África e outras regiões remotas, incluindo-se aqui a Ucrânia, essas ameaças estariam agora vindo da América Latina.
[Nota da tradução: Não acredito que ninguém na América Latina esteja sequer sonhando, de uma forma ou de outra, em atacar os Estados Unidos. Tem que ser então pelo simples fato de não se querer ter muitas conversas com eles, querendo tomar seu próprio rumo, indo por outros caminhos e veredas. Ficar na marra não dá. Caso de diplomacia? Isso seria difícil de quando ambassadores tem tarefas de espionagem agressiva. Todo cuidado é pouco, ao que parece.] 
Alianças estão sendo solidificadas no continente, e a formação e consolidação de organizações regionais como CELAC, UNASUR, MERCOSUR, ALBA e outras, enfraqueceram a posição dos Estados Unidos no continente. Washington vê as entradas sendo feitas pela China e Rússia [massivas ofertas de financiamentos, empréstimos e desenvolvimento da infraestrutura sem exigências de cortes no desenvolvimento social] e isso não só em comércio e economia como também quanto a tecnologia e exploração espacial. A construção do Canal da Nicaragua com a assistência da China, Rússia e Brasil é um símbolo do desgaste geopolítico dos Estados Unidos.
Tendo-se em conta a natural arrogância dos mesmos, fracassos dessa magnitude são difíceis de serem engolidos, o que poderia explicar maquinações de revange através de simultaneamente destabilizar os governos populares e incitar guerra civíl na Venezuela. As novas tropas chegando nas estações da CIA nas embaixadas americanas, e outros lugares, já estão mergulhando nos seus novos afazeres.
Referências e Notas:

Traduzido da versão em inglês baseada no original russo - www.strategic-culture.org