segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Sabra e Chatila: Diário de um massacre 3ª Parte

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Por Baby Siqueira Abrão*
Robert Fisk: o relato de um crime de guerra
Eram dez da manhã de 18 de setembro de 1982 quando Robert Fisk, do jornal The Independent, e outros três jornalistas - Loren Jenkins, de The Washington Post, Paul Eedle, da agência de notícias Reuters, e Bill Foley, da Associated Press - entraram em Sabra e Chatila. Foi um choque e tanto, como relata Fisk em seu livro Pity the Nation: The Abduction of Lebanon [O lamento da nação: o rapto do Líbano, em tradução livre]. Acompanhe.
O que encontramos nos campos [de refugiados] palestinos naquela manhã de setembro de 1982 [...] foi uma execução em massa, uma atrocidade. Aquelas pessoas foram assassinadas [mesmo estando] desarmadas. Foi algo muito além daquilo que os israelenses, em circunstâncias diferentes, chamariam de "atividade terrorista". Era um crime de guerra. Ficamos tão atormentados com o que vimos em Chatila que, no começo, fomos incapazes de registrar nosso próprio choque. Foley, circulando por ali, só conseguia repetir uma expressão: "Jesus Cristo!"
Imaginávamos encontrar evidências de alguns assassinatos; até mesmo vários corpos, mortos no calor do combate. Mas vimos muito mais. Vimos mulheres caídas nas casas, com as saias levantadas até a cintura e as pernas abertas, crianças com as gargantas cortadas, jovens mortos pelas costas depois de terem sido colocados em paredões de execução. Vimos bebês - enegrecidos, pois haviam sido assassinados mais de 24 horas antes e seus pequenos corpos já tinham começado a se decompor - atirados ao lixo, em pilhas, ao lado de latas descartadas de comida do exército dos Estados Unidos, equipamento médico do exército israelense e garrafas de uísque. Onde estavam os assassinos? Ou, para usar o vocabulário de Israel, onde estavam os "terroristas"?
Quando nos dirigíamos a Chatila, vimos soldados israelenses no alto dos prédios de apartamentos da avenida Camille Chamoun. Mas eles não tentaram nos deter. Na verdade, fomos primeiro ao campo de Burj al-Barajneh porque alguém nos dissera que houvera um massacre ali. Mas tudo que vimos foi um soldado libanês perseguindo um ladrão de carros. Quando voltávamos para casa, passando pela entrada de Chatila, Jenkins decidiu parar o automóvel. "Não gosto disso", ele comentou. "Onde está todo mundo? Que m* de cheiro é esse?"
Na entrada sul do campo havia várias casinhas térreas. Eu tinha feito entrevistas ali nos anos 1970. Quando descemos do carro e caminhamos pela entrada enlameada de Chatila, vimos que as casinhas tinham sido destruídas. Caixas de cartuchos estavam jogadas ao longo da rua principal. Vi muitas granadas de luz israelenses, ainda atadas a seus minúsculos paraquedas. Nuvens de moscas sobrevoavam o entulho.
Mais adiante, num beco à nossa direita, a uns 50 metros da entrada, vimos um monte de corpos. Havia mais de doze deles, jovens cujos braços e pernas tinham se enroscado uns nos outros na agonia da morte. Foram assassinados à queima-roupa, a bala atravessando as bochechas em direção à orelha e ao cérebro. Alguns tinham cicatrizes negras ou de um tom vívido de escarlate do lado esquerdo da garganta. Um deles fora castrado, e a calça aberta mostrava moscas voando sobre seu intestino rasgado.
Os olhos desses jovens estavam abertos. O mais novo devia ter 12 ou 13 anos. Vestiam jeans e camisetas coloridas, agora agarradas aos corpos, que começavam a inchar por causa do calor. Nada fora roubado. No pulso de um deles, um relógio suíço marcava a hora certa [...]
Do outro lado da rua principal, através de uma brecha nos escombros, vimos os corpos de cinco mulheres de meia idade e de muitas crianças. Uma moça estava deitada de costas, o vestido aberto e a cabeça de uma garotinha aparecendo por detrás dela. A menininha tinha cabelo curto, escuro, seus olhos nos fitavam e sua expressão era contraída. Estava morta.
Vimos outra criança deitada na rua como uma boneca descartada, o vestido branco sujo de lama e poeira. Não tinha mais de três anos de idade. A parte de trás da cabeça fora arrancada por uma bala. Uma das mulheres ainda apertava um bebezinho no colo. A bala atravessara suas costas, seus seios e matara também a criança. Alguém abrira seu estômago, cortando as laterais e depois a parte de cima, talvez na tentativa de matar o filho que ela esperava. Os olhos da mulher estavam esbugalhados, e sua expressão era de horror.
Então ouvimos um homem gritar em árabe, em meio às ruínas: "Eles estão voltando!" Amedrontados, corremos na direção da rua. Lembrando disso agora, penso que foi provavelmente a raiva que nos fez parar na entrada do campo, esperando para ver os rostos dos responsáveis por tudo aquilo. Eles deviam ter sido enviados com a permissão de Israel. Deviam ter sido armados pelos israelenses. Seu trabalho sujo fora certamente observado - bem de perto - pelos israelenses, que naquele momento nos vigiavam com seus binóculos.
Quando um assassinato se torna um ultraje? Quando uma atrocidade se torna um massacre? Ou, colocado de outra maneira, quantos assassinatos fazem um massacre? Trinta? Cem? Trezentos? Quando um massacre não é um massacre? Ou o que acontece quando um massacre é cometido por amigos de Israel e não por seus inimigos?
É esse, suspeito, o cerne da questão. Se tropas sírias entrassem em Israel, cercassem um kibutz e permitissem que seus aliados palestinos matassem os judeus que morassem nesse kibutz, nenhuma agência ocidental de notícias perderia tempo questionando se isso seria ou não um massacre.
Mas em Beirute as vítimas eram palestinas. Os culpados eram milicianos cristãos [...], mas os israelenses também tinham culpa. Mesmo que não tivessem participado do massacre, enviaram as tropas aos campos. Eles os treinaram, deram-lhes uniformes, ração do exército estadunidense e equipamento médico israelense. Cuidaram dos assassinos, ofereceram assistência militar - as forças aéreas de Israel atiraram todos os fachos de luz que ajudaram os assassinos a localizar os habitantes de Sabra e Chatila - e estabeleceram contatos militares com os assassinos nos campos.

Debbie, a modelo famosa: "horror total"
Deborah (Debbie) Thornton Jackson ficou famosa no mundo inteiro em 1971, ao gravar um comercial sexy para uma bebida. Casada com um milionário libanês, com quem teve duas filhas, ela viveu 20 anos em Beirute. Ao ouvir as notícias do massacre, decidiu ajudar os feridos, pois tinha treinamento em primeiros-socorros. Seu relato:
Na noite em que os soldados israelenses cercaram os campos, estávamos em nossa casa, na parte leste de Beirute, o lado cristão da cidade. Os aviões de Israel costumavam voar baixo durante o dia, jogando bombas que provocavam muita fumaça. Mas naquela noite tínhamos notícias de que os falangistas haviam ido aos campos de refugiados, já cercados pelo exército de Israel.
Víamos tochas atiradas no céu, iluminando os campos. Sabíamos o que eles estavam fazendo. Eu simplesmente senti que precisava ajudar aquelas pessoas. Tinha uma tremenda simpatia pelos palestinos e um de meus amigos, um médico palestino chamado Khalid, trabalhava no hospital Gaza. No sábado, 18 de setembro de 1982, procurei-o e ofereci-me para ajudar. "Ótimo", ele disse. "Precisamos de todo auxílio possível."
 O que vi era simplesmente terrível. Pessoas muito feridas. Pessoas em pânico correndo para todos os lados.
Comecei a trabalhar. Uma cena ficou marcada em minha memória: a de um garotinho que tinha perdido as pernas. Ele chorava e chamava pela mãe. Eu me aproximei e abracei aquele corpinho coberto de sangue.
No dia seguinte, fui aos campos, disposta a ajudar o pessoal da Cruz Vermelha. Mas os soldados já não deixavam mais ninguém entrar. Buldôzeres abriam valas e enterravam os corpos. Aquelas máquinas enormes haviam destruído muitas casas com as pessoas dentro, famílias que assistiam à televisão ou jantavam. Passaram por cima dessas pessoas. Massacraram-nas. Vi corpos empilhados, mutilados, e acreditem, não tinham recebido tiros. Foram executados de outras maneiras, como sempre pensei que acontecera com os judeus na Segunda Guerra Mundial.
Crianças, mulheres, animais... eles massacraram tudo o que se movia.
Conversei com alguns falangistas depois disso. E soube que eles se divertiram ao promover a matança.
Foi um horror total. O mau cheiro, o massacre. Foi um crime de guerra. Nunca esquecerei o que vi. De todos os horrores e atrocidades, nada chegou perto do que testemunhei em Sabra e Chatila. Nada.
Debbie morreu em 2007, aos 57 anos, em consequência de um AVC.

Links
Assista ou baixe o filme Valsa com Bashir:

* Baby Siqueira Abrão, jornalista, foi correspondente de Brasil de Fato e Carta Maior no Oriente Médio. Escreve matérias e análises sobre a política da região.

Sabra e Chatila: Diário de um massacre 2ª Parte

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Nabil Ahmed acordou com o ruído dos aviões da força aérea de Israel sobrevoando, a baixa altitude, os campos de refugiados. Foi informado de que tanques israelenses haviam cercado Sabra e Chatila, impedindo que os moradores saíssem.
Por Baby Siqueira Abrão*
Terça-feira, 14 de setembro de 1982.
Era quase meio-dia quando a professora palestina Halabi viu duas vans brancas estacionando em frente ao Cemitério dos Mártires, perto da rua Sabra. Delas desceram quatro homens, com aparência de estrangeiros. Halabi imaginou que eles fossem funcionários de alguma organização humanitária europeia disposta a realizar obras de infraestrutura, tão necessárias nos campos de Sabra e Chatila, instalados na parte ocidental de Beirute. Por isso, quando um dos homens se dirigiu a ela, pedindo-lhe, com um sotaque acentuado, que mostrasse os abrigos de guerra dos campos, ela não hesitou em levá-los às 11 acanhadas construções.
Enquanto caminhavam pelas ruas estreitas e sujas de Sabra e de Chatila, ladeadas por casas térreas pequenas e muito simples, com paredes de alvenaria e telhados de zinco, a professora dava explicações sobre a vida naquele lugar e falava da necessidade de aumentar os abrigos, pequenos demais para os milhares de moradores. Os estrangeiros tomavam notas e tiravam fotos de tudo.
A certa altura, um deles perguntou por que o lugar cheirava tão mal. Constrangida, Halabi respondeu que as redes de esgoto de Chatila e de Burj al-Barajneh, ali perto, precisavam de reparos. Não era exatamente verdade. Nos campos de refugiados, os esgotos corriam a céu aberto. Mas a professora não teve coragem de confessar isso.
Terminada a vistoria dos abrigos, os homens agradeceram e voltaram às vans. Enrolaram seus mapas ultradetalhados de Chatila, entraram nos veículos e partiram.
Halabi não sabia que dois dos quatro homens eram do Mossad, o serviço de inteligência israelense que atua fora do país, e que os outros dois pertenciam às forças de inteligência do Partido Falangista - incluindo Elie Hobeika, seu chefe à época. Eles queriam conhecer os locais onde os palestinos se esconderiam durante a ação que teria início dois dias depois, para saber onde encontrá-los. Não por acaso, as centenas de refugiados que se amontoaram nos abrigos foram as primeiras vítimas do massacre de Sabra e Chatila.

Quarta-feira, 15 de setembro de 1982.
Nabil Ahmed acordou com o ruído dos aviões da força aérea de Israel sobrevoando, a baixa altitude, os campos de refugiados. Foi informado de que tanques israelenses haviam cercado Sabra e Chatila, impedindo que os moradores saíssem. Na verdade, como ele mesmo descobriu ao tentar escapar do cerco, os soldados de Israel haviam tomado toda a parte ocidental de Beirute.
Nabil revoltou-se. Cinco semanas atrás, Israel assinara um cessar-fogo com a OLP, mediado pelos Estados Unidos. Pelo acordo, os líderes e soldados palestinos se comprometiam a deixar Beirute pelo mar - o que foi cumprido em 1º. de setembro - em troca do compromisso de que os refugiados palestinos não sofreriam retaliações e ficariam em segurança. Além disso, os termos do cessar-fogo estabeleciam que o exército de Israel não poderia invadir as áreas que a OLP ocupara.
Os Estados Unidos garantiram que Israel respeitaria o pacto. Mas Israel jamais respeitava coisa alguma, pensou Nabil. Nem os acordos que assinava, nem as resoluções da ONU, nem o direito internacional. A prova estava ali, diante de seus olhos. Os soldados israelenses haviam ocupado a parte oeste de Beirute, onde ficavam os campos de refugiados palestinos. O que eles pretenderiam agora?
Nabil não sabia, mas não pretendia ficar ali para descobrir. Por isso, bom conhecedor de toda aquela área, conseguiu sair sem ser notado pelos soldados. Escapou para longe dali e abrigou-se na casa de um amigo, onde passou a noite.
Ellen Siegel, enfermeira judia solidária com a causa palestina, trocara os Estados Unidos por Beirute, onde trabalhava como voluntária no hospital Gaza, localizado entre Chatila e Sabra. Naquela manhã, ouvira tiros enquanto atendia aos pacientes. Preocupada, observou que ao longo do dia o barulho aumentara muito. O que estaria acontecendo lá fora?

Quinta-feira, 16 de setembro de 1982.
Nabil voltou para casa de manhã. No final da tarde ouviu o barulho característico de tiros e bombardeios. Sabra e Chatila estavam sendo atacados. Filho mais velho e responsável pela família desde a morte do pai, ele levou a mãe, as irmãs e os irmãos menores para um dos abrigos de Sabra. No começo da noite o ruído das bombas cessou e todos decidiram voltar para casa. Mal tinham posto os pés na rua e uma vizinha apareceu, correndo e gritando: "Escondam-se! A Falange entrou nos campos e está matando todo mundo!"
Era verdade. Pouco antes, por volta das seis da tarde, trinta caminhões do exército israelense, carregando 320 homens armados, haviam parado na entrada dos campos de Sabra e Chatila. Eles desceram, formaram quatro grupos e tomaram quatro direções diferentes. Embalados por cocaína, uísque e araq (bebida árabe de alto teor alcoólico), começaram a entrar nas casas. Revistavam cada cômodo, estupravam as mulheres e matavam os moradores.
A matança não parou nem mesmo quando escureceu e durante a madrugada. Tochas atiradas por aviões israelenses iluminavam as ruazinhas estreitas, planas e tortuosas da Sabra e Chatila, guiando os passos dos assassinos. Homens, mulheres, idosos, crianças, bebês, ninguém escapou dos tiros, das bombas, das facadas e da demolição das casas, que enterravam vivos seus habitantes.
Naquela mesma noite, Nabil, sua irmã mais velha e o marido decidiram sair de Sabra. Os outros membros da família resolveram ficar no abrigo. Escondendo-se das tropas e esquivando-se das balas, os três conseguiram chegar a um hospital para deficientes mentais, onde uma tia trabalhava. Nabil correu para o teto do edifício e de lá observou os aviões israelenses soltando os fogos que iluminavam a noite. Conseguia ver apenas os tetos das casas de Sabra e Chatila e por isso não tinha ideia do que acontecia nas ruas. Ouvia somente os tiros, que abafavam os gritos de desespero.
No hospital Gaza, Ellen via aviões israelenses voando sobre Sabra e Chatila e ouvia o barulho de artilharia pesada. Logo veria milhares de refugiados entrando no prédio, em busca de proteção. Em pânico, eles gritavam "Israel!", "A Falange!" e faziam gestos indicando que gargantas estavam sendo cortadas.
Ellen subiu ao décimo andar, de onde era possível ver parte dos campos. Foguetes de fósforo branco eram atirados para o céu e, em contato com o ar, explodiam em fachos de luz. A cada facho seguiam-se rajadas de balas. Um cheiro forte de fumaça e sangue empesteava tudo.
No abrigo de Sabra, os vizinhos e a família de Nabil - mãe, três irmãs, três irmãos, tios e primos - não souberam o que pensar quando o barulho das bombas cessou. Assustados, prenderam a respiração ao ouvir passos apressados lá fora. Minutos depois os falangistas arrombavam as portas.
Apontando as armas para as pessoas que se amontoavam ali, mandaram que todas saíssem. Em seguida ordenaram que os homens acima de 14 anos se postassem de frente para uma parede, bem diante da casa de Nabil. E atiraram, executando todos eles.
Depois levaram mulheres e crianças, aproximadamente 100 pessoas, apavoradas, para uma garagem próxima. Um dos irmãos de Nabil, de 13 anos, conseguiu escapar, e levou um tiro nas costas. Mesmo ferido, conseguiu chegar ao hospital Akka, onde recebeu os primeiros socorros. Mas não estava a salvo. Homens da Falange o localizaram e o levaram. Dois dias depois seu corpo foi encontrado perto do hospital. Ele fora morto com uma machadinha.
Na garagem, os falangistas faziam ameaças aos refugiados. Um deles perguntou a uma irmã de Nabil, de 15 anos, se seus brincos eram de ouro ou de zinco. "De zinco", foi a resposta. O homem a xingou, bateu nela e matou-a com um tiro na cabeça, na frente de todos.
Aquele foi o início da matança. Os milicianos atiravam, recarregavam as armas, voltavam a atirar. Corpos caíam em poças de sangue. Nem todos, porém, tiveram morte instantânea. Por isso, a certa altura, os assassinos suspenderam os tiros e anunciaram que a Cruz Vermelha estava a caminho, para levar os feridos ao hospital. Para organizar a retirada, disseram, precisavam saber quem ainda estava vivo. E pediram que os sobreviventes levantassem a mão. Os que atenderam o pedido foram mortos na hora.
Munir Ahmed, outro irmão de Nabil, embora ferido na perna, manteve-se imóvel. Achou mais prudente fingir-se de morto, como mortos estavam todos a seu redor. Com o canto do olho, viu os falangistas roubarem as joias que as mulheres usavam. Passou a noite toda assim, caído ao lado do corpo da mãe. De madrugada os assassinos reapareceram, carregando lanternas e atirando. Dessa vez Munir levou um tiro no braço.
Nos pontos mais afastados de Sabra e Chatila, os moradores trancavam as portas, assustados com os fachos de luz lá fora e com as rajadas. Ainda não conheciam a extensão da tragédia. Muitos nem mesmo a veriam: fariam parte dela como vítimas.

Sexta-feira, 17 de setembro de 1982.
De manhã, no hospital, chegavam notícias de que havia centenas de mortos em Sabra e Chatila. Para aumentar o desespero dos milhares de palestinos que haviam ido buscar proteção no edifício, os tiros se tornavam cada vez mais altos, indicando que as tropas se aproximavam. A administração do hospital abriu o jogo: os soldados não demorariam a dar buscas ali. Ainda apavorados, sem saber o que fazer ou para onde ir, os refugiados saíram em debandada, sumindo nas ruas de Beirute.
Os pacientes capazes de andar também foram aconselhados a fugir, assim como os funcionários de origem palestina. Rajadas e explosões, cada vez mais altas, mais próximas, obrigaram o corpo clínico a transferir para os andares inferiores do prédio os doentes que haviam permanecido no hospital. Janelas de vidro estouravam e a fumaça se espalhava por todos os cantos. "Portas batiam e os equipamentos reverberavam", contaria Ellen mais tarde. "Tudo tremia."
Na garagem de Sabra, de manhã, os milicianos foram conferir sua "obra". Pouco antes, ao ouvir os passos, Munir protegeu a cabeça com a mão. Isso o salvou, porque um dos tiros dados pelos falangistas foi dirigido a ele. A bala despedaçou um dos dedos, mas não atingiu a cabeça.
Os homens saíram e Munir permaneceu imóvel. Minutos depois retornavam, carregando lençóis com os quais cobriram os corpos. Um deles comentou que a tarefa fora cumprida; agora, era esperar que os buldôzeres destruíssem a garagem e as casas ao redor, cobrindo os corpos com os destroços.
Munir aguardou que eles saíssem e que os passos se afastassem antes de se levantar. Sobrevivera ao massacre; não permitiria que uma demolição lhe tirasse a vida. Com esforço, arrastou-se até a casa de um vizinho. As tropas a haviam revirado. Encontrou uma camiseta e dois shorts. Arrancou a própria roupa, limpou parte do sangue que cobria seu corpo e vestiu as peças limpas. Ferido, com dores muito fortes, perdeu mais de uma hora nisso.
Mancando, voltou ao abrigo, desviando dos corpos que jaziam na rua. Um deles era o de Abu Zuheir, seu tio. Munir hesitou. Queria tocá-lo, mas seguiu em frente. No abrigo, nada encontrou além de vazio e silêncio. Então se dirigiu à casa de outro vizinho, tentando encontrar sobreviventes. Mas deparou com dois milicianos. Um deles tirou a faca da cintura para matá-lo, mas o outro interveio, indagando: "Você é libanês ou palestino?" A resposta veio rápida: "Libanês". O homem que fizera a pergunta o olhou de alto a baixo. "Sorte sua, garoto", comentou. "Se fosse palestino, nós o mataríamos agora, a facadas."
Depois disso, os dois se afastaram. Munir esperou que o ruído dos passos sumisse e se dirigiu a outra casa. Vazia. A outra. Ninguém. De casa em casa, desviando dos corpos, suportando a dor e o desespero, ele conseguiu chegar ao lado oposto do campo. Ali, finalmente, encontrou alguns palestinos, que o levaram ao hospital Gaza.
No outro extremo de Sabra e Chatila, em Bir Hassan, Wada al-Sabeq estava em casa com a família, sem saber do massacre, quando alguns vizinhos avisaram que soldados israelenses estavam lá fora para verificar os cartões de identificação dos moradores.
"Então descemos até a estrada e vimos soldados israelenses e falangistas. Eles nos separaram: os homens foram para um lado, as mulheres para outro", Wada relembraria anos depois, no tribunal belga.
Os soldados mandaram que as mulheres seguissem para o Camille Chamoun Sports Stadium, conhecido como estádio Cite Sportif, a algumas centenas de metros dali. Os homens foram obrigados a permanecer onde estavam. Entre eles, Mohamed, 19 anos, e Ali, 16, filhos de Wada, além de um de seus irmãos, também chamado Mohamed.
"Fomos para o estádio, seguindo as ordens dos soldados israelenses", ela disse. "Nunca mais vi meus filhos, nem meu irmão."
A tarde de sexta-feira chegava ao fim. De seu esconderijo no manicômio, Nabil viu os faróis dos aviões israelenses se aproximando, ouviu tiros e explosões, mas dessa vez um ruído diferente também chegou a seus ouvidos: "Eram os buldôzeres, destruindo as casas e encobrindo os corpos."
No hospital, Ellen ouvia os mesmos sons enquanto ia de uma cama a outra, de um quarto a outro. Muitos feridos de Sabra e Chatila eram levados ou conseguiam chegar sozinhos ao Gaza. Entre eles, um menino de 12 anos, em estado de choque. Tinha um ferimento grave na perna, outro no braço e um buraco na mão, onde antes havia um dedo. Os médicos e Ellen se concentraram em tratar a perna, para evitar que fosse amputada.
Mais tarde, naquela mesma noite, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha conseguiu permissão para levar algumas crianças feridas até um hospital fora dos campos. O menino de 12 anos foi um dos escolhidos, dada a gravidade do caso. Mais uma vez a sorte estava do lado de Munir Ahmed.

Sábado, 18 de setembro de 1982.
            Às oito da manhã, depois de 38 horas de ataque contínuo, os bombardeios e as rajadas diminuíram. Ellen e seus colegas do Gaza foram capturados pelos falangistas e levados de um ponto a outro de Sabra e Chatila.
            "Obrigaram-nos a marchar pela rua principal, entre os corpos dos mortos e de centenas de moradores vigiados por homens armados", diria Ellen à Comissão Kahane. "Uma mulher tentou entregar seu bebê a um dos médicos, mas os milicianos impediram. Buldôzeres demoliam casas, e ao menos um deles trazia uma inscrição em hebraico. À medida que caminhávamos, nossos captores nos chamavam de 'sujos', 'comunistas', 'socialistas', 'não cristãos'."
            Os falangistas chegaram a colocar médicos e enfermeiros num paredão e apontar-lhes as armas, mas desistiram de matá-los e os entregaram aos soldados israelenses - que, depois de outro longo vaivém, finalmente os libertaram. Ellen foi à embaixada dos EUA em Beirute, para denunciar o caso, mas pediram-lhe que voltasse no dia seguinte. Ela voltou, e fez um relato detalhado de tudo o que vira e vivera.
            Em Sabra, os falangistas levaram os sobreviventes até a entrada do campo, onde haviam feito um enorme buraco no solo. Mandaram que os homens entrassem nele e em seguida mataram um palestino na frente de todos, a sangue frio, provocando gritos nas mulheres e desespero nas crianças. Então, pelos alto-falantes, um soldado israelense ordenou: "Deem-nos os homens!"
            Milicianos libaneses e soldados israelenses obrigaram todos a marchar, mulheres e crianças à frente, homens atrás, até o Cite Sportif. Sana Sersawi, grávida de três meses, olhava para trás o tempo todo, para ver o marido, Hasan, e o cunhado, Faraj. Deixou de vê-los quando, no estádio, mulheres e crianças foram colocadas num enorme aposento de concreto e os homens, levados a outro local. "Eram 11 da manhã", lembra Sana. "Uma hora depois, os soldados israelenses voltaram, ordenando que fôssemos para casa. Mas nenhuma de nós obedeceu. Ficamos lá fora, esperando nossos homens."
De vez em quando um palestino era liberado e lhes pedia paciência, porque havia centenas de homens lá dentro e todos seriam interrogados. Sana não se importava de esperar quanto fosse preciso debaixo do Sol escaldante, com o barulho infernal da movimentação de jipes, tanques, caminhões e um buldôzer, todos do exército de Israel. Só voltaria para casa quando liberassem Hasan e o cunhado.
            Ela notou que caminhões, com a carroceria coberta por encerados, saíam do estádio a todo momento e tomavam direção desconhecida. Tentou encontrar uma fresta para ver o que havia dentro deles. Em vão.
            Às quatro da tarde, um soldado israelense dirigiu-se às mulheres para avisar que não havia mais ninguém no Cite. Elas, no entanto, permaneceram onde estavam. Anoiteceu, o pessoal do exército deixou o estádio e as mulheres resolveram entrar. "Não havia ninguém ali", Sana contaria ao tribunal belga. "Eu estava casada havia três anos. Nunca mais vi meu marido, nem meu cunhado."
            No meio da manhã, o jornalista inglês Robert Fisk conseguiu entrar no Cite Sportif porque os soldados, ao verem-no bem-vestido, pensaram que se tratasse de um agente do Shin Bet, o serviço de inteligência que atua dentro de Israel. Ele conta que viu "centenas de prisioneiros palestinos e libaneses, provavelmente mais de mil deles, no escuro, acocorados no chão poeirento, em silêncio, com medo, observados por soldados do exército israelense, pelo pessoal do Shin Bet e por homens que deviam ser colaboradores libaneses. De tempos em tempos alguns eram colocados em jipes e caminhões do exército de Israel ou em veículos dos falangistas e levados dali para, diziam os oficiais, ser interrogados".
            Fisk lamenta até hoje o que considera sua "ingenuidade" à época. Não lhe passou pela cabeça o fato de que aqueles homens eram interrogados e em seguida executados. Entre eles, Hasan, o marido de Sana.
            No começo da noite, Nabil encontrou um vizinho, que também sobrevivera à tragédia. Soube então que seu irmão Munir estava ferido e que fora levado a um hospital de Beirute. Começaria ali uma longa procura, de hospital em hospital, de leito em leito.

Domingo, 19 de setembro de 1982.
Rumores de que agentes da inteligência israelense e falangistas circulavam por Sabra e Chatila, prendendo os jovens, levaram Nabil e o vizinho a procurar proteção na Cruz Vermelha, onde também se encontravam centenas de sobreviventes. Ambos já tinham tentado localizar Munir, sem sucesso. A certa altura, soldados do exército de Israel quiseram entrar no abrigo, mas os funcionários da Cruz Vermelha impediram.
Quando a situação amainou, Nabil tentou encontrar o irmão e entrar no campo. Os soldados israelenses frustraram suas tentativas. Mais tarde, em Sabra e Chatila, eles foram substituídos por homens do exército libanês, que não deixavam ninguém se aproximar dos corpos porque os falangistas haviam colocado explosivos embaixo deles. Quem os movesse seria morto.
Retirados os explosivos, Nabil conseguiu entrar. Viu corpos por todo canto, de amigos, conhecidos. Correu à garagem para onde sua família fora levada e viu o prédio em destroços. Nem assim perdeu a esperança de encontrar vivos os parentes - ou ao menos de identificar seus corpos, pranteá-los e enterrá-los como manda a tradição muçulmana.
Dirigiu-se à área que a Cruz Vermelha destinara aos mais de 200 cadáveres que aguardavam reconhecimento. Viu ossos e partes de corpos enfileirados, um cenário de terror. Algumas pessoas identificavam os parentes apenas pelas roupas ou pelos sapatos.
Foram dois dias de buscas, em que Nabil vasculhou as ruas examinando cada mão, cada cabeça, cada tufo de cabelo jogados aqui e ali. Nem sinal das irmãs Iman, 6 anos, Fadia, 8, Aida, 15, nem dos irmãos Mufid, 13 anos e Mouin, 11. Nem da mãe, Zehra, nem dos 11 membros da família do tio Abu Zuheir.
E então os corpos e as partes dos corpos foram enterrados numa vala comum, por causa do cheiro forte e do risco de doenças. Nabil jamais soube se sua família estava entre eles. Mas conseguiu localizar Munir e celebrou o reencontro. Desde aquele instante não saiu do lado da cama do irmão, e acompanhou todo o tratamento.
No hospital, costumava ter longas conversas com a enfermeira de Munir, uma judia estadunidense chamada Ellen Siegel. Ficaram muito amigos. Quando o tratamento terminou, Ellen envolveu-se pessoalmente na tarefa de tirá-los do Líbano. O esforço foi enorme, mas recompensado: os dois irmãos puderam recomeçar a vida longe das perdas e das lembranças dolorosas: imigraram para os Estados Unidos.
Ellen volta ao Líbano todo ano, em setembro, para homenagear os mártires do massacre e para compartilhar carinho e solidariedade com os sobreviventes de Sabra e Chatila. A enfermeira judia tornou-se referência na defesa dos direitos dos refugiados palestinos. E é grande amiga de Nabil e Munir Ahmed.
O sofrimento do "outro lado" - o dos soldados israelenses - foi registrado no formato de cinema de animação. O diretor Ari Folman, que estava no Líbano durante o massacre mas não participou dele diretamente, reuniu sua própria vivência e a de seus companheiros de armas e transformou-as num documentário, Valsa com Bashir. O filme está disponível na internet.

* Baby Siqueira Abrão, jornalista, foi correspondente de Brasil de Fato e Carta Maior no Oriente Médio. Escreve matérias e análises sobre a política da região.

Da China drones ambições: Pequim pode ser a contratação de hackers para roubar tecnologia dos EUA


Predator drones Predator беспилотник сша дрон БПЛА

O governo chinês está investindo agressivamente a liderança dos EUA em tecnologia zangão - possivelmente até mesmo recrutando hackers para acessar informações classificadas americano.

The New York Times cita especialistas de segurança cibernética na comunicação hackers com sede em Xangai têm como alvo pelo menos 20 empresas de defesa estrangeiras ao longo dos últimos dois anos, em uma aparente tentativa de obter tecnologia "atrás clara liderança dos Estados Unidos em aviões militares".
"Eu acredito que esta é a maior campanha já vimos que tem sido focada em tecnologia zangão", Darien Kindlund, gerente de inteligência de ameaças na empresa de segurança cibernética com sede na Califórnia, FireEye, disse ao The Times.
"Parece alinhar muito bem com o foco do governo chinês para construir as suas próprias capacidades tecnológicas drones".
FireEye já teria chamado roubo de campanha "Beebus operação", dos hackers e traçou os esforços da campanha para a chamada de comando e controle nó na URL bee.businessconsults.net.
O Times cita "especialistas de segurança cibernética", como ligar esse endereço para "o comentário Crew," uma unidade de hacker chinês suposta outra empresa de segurança cibernética chamada Mandiant referenciado em um relatório de fevereiro como um componente conhecido do Exército Popular de Libertação, com sede em Xangai.
Por sua parte, as autoridades chinesas contactadas pelo jornal negou que o governo chinês estava por trás das tentativas de hacking, mesmo supostamente dizendo que o Estado chinês tem sido alvo de hackers, como bem.
O que não parece estar em dúvida é a China da aparente acumulação de seu próprio corpo drones.
The Times cita um relatório do Ministério da Defesa de Taiwan observando a força aérea chinesa possui mais de 280 aviões, com outros ramos do governo que colocam a reivindicação de milhares de unidades adicionais.
"A importância militar do movimento da China em sistemas não tripulados é alarmante", um relatório de 2012 pelo Conselho de Ciência da Defesa, um comitê consultivo do Pentágono, supostamente estados.
Voz da Rússia, Fox News

NATO prepara-se para "guerra convencional"

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NATO está a planear realizar exercícios militares de grande escala na Europa para retocar suas habilidades de guerra convencional.Os generais do bloco militar insistir que este não é um exercício de reflexão de uma ameaça militar russa hipotética. Participação da aliança militar no conflito sírio ao lado de seu partido, na Turquia, é muito mais provável.
Exercício militar "Jazz Steadfast" está programado para ser realizado na Letónia e Polónia em 02-09 novembro, com a participação de 6.000 soldados de 20 exércitos aliados, de acordo com um comunicado de imprensa da NATO. Especialistas militares argumentam que estas serão as maiores manobras militares desde 2006.
Comandante militar da NATO, general da Força Aérea dos EUA Philip Breedlove disse numa conferência de imprensa na Holanda na quarta-feira:. "Durante os últimos 10 a 12 anos, tornaram-se incrivelmente eficiente na missão de contra-insurgência que temos vindo a lutar no Afeganistão" O general falou sobre a necessidade de revisar as habilidades de guerra e prontidão para esquemas táticos mais complexos convencional. Ele acrescentou que era sobre a expulsão dos invasores do território de países aliados.
Claro, ele foi imediatamente perguntou se a Rússia era visto como um invasor em potencial. Breedlove negou e disse que observadores russos foram convidados para o exercício. Além disso, o general disse que as forças militares da OTAN e da Rússia realizarão exercícios conjuntos no final deste mês e vai praticar uma operação em monitorar e responder a um ataque de um avião por terroristas.
A Aliança também tem planos para realizar exercícios conjuntos com a Rússia em busca e salvamento de submarinos em 2014. Este não é convincente porque a escala de tais exercícios não é comparável com os exercícios que praticam um reflexo de uma potencial agressão em grande escala.  
A NATO imprensa afirma que o exercício "Steadfast Jazz" vai testar força de resposta rápida da NATO para o ar, terra e mar, bem como das Forças Especiais. Exercícios de tiro e uma reflexão em fases de treinamento ciber-ataques serão realizadas, disse o major-general francês Michel Yakovleff, vice-chefe do Estado Maior da NATO. Quem é capaz de tal ataque? Rússia. Então, afinal, estamos falando sobre uma ameaça russa? A ameaça é constantemente discutido no Ocidente trazendo as memórias do "curta guerra em 2008", liderada pela Federação Russa de apoio "das duas regiões separatistas da Geórgia", escreveu um colunista de Reuters .
Ele também disse que a Europa ea Rússia estavam competindo por influência na Europa Oriental, por exemplo, a Ucrânia, que vai enviar unidades de comando para participar nos exercícios da NATO. Em entrevista à iraniana Press TV americana comentarista político Gordon Duff disse que Israel estava empurrando os EUA para um confronto militar direto com a Rússia sobre a Síria. Duff também advertiu que se a administração Obama realmente toma parte em uma guerra contra a Síria, a guerra duraria por mais de dez anos.
No início Breedlove disse que as forças combinadas da OTAN na Europa estavam enfrentando tempos difíceis, porque os EUA e seus aliados, seguindo a política de "apertar o cinto", reduziu significativamente seus orçamentos militares. Isto forçou a aliança para iniciar reformas para fornecer uma ampla gama de cooperação militar. Isso tem a ver com a divisão de funções entre os aliados. Algo que já foi feito, por exemplo, o espaço aéreo da Estónia, Lituânia e Letónia já está sendo patrulhada pela Força Aérea Alemã, e os alemães mudaram o controle de seu transporte aéreo militar para uma única sede da NATO em Eindhoven. No futuro, está prevista para criar o mesmo tipo de sistema de defesa antimísseis em território europeu, bem como o sistema de inteligência militar usando veículos aéreos não tripulados centradas na Itália controlo uniforme.
Claro que, este conceito deve ser assegurado por um alto nível de integração dos exércitos da OTAN. A necessidade de testar a prontidão de combate em mais íntimos ameaças potenciais, tais como a intervenção precoce na Síria, está crescendo. Apesar do acordo sobre a destruição do arsenal químico da Síria, esta probabilidade é muito alta. Secretário Geral da OTAN Anders Fogh Rasmussen, disse nesta quinta-feira em um evento organizado pelo think tank Carnegie Europa que, independentemente do resultado das discussões no Conselho de Segurança, a opção militar ainda estava em cima da mesa.
Os EUA e seus aliados têm a oportunidade de atuar diretamente, através de um membro da aliança Turquia, que agora está tentando provocar uma "agressão recíproca". No início desta semana, as defesas aéreas turcas abateram um helicóptero militar da Síria, e uma bomba explodiu na fronteira sírio-turca.
O fato de que esse plano estava pronto foi anunciado na primavera pelo ex-comandante das forças da Otan na Europa, almirante James Stavridis. Ele disse que a aliança, em princípio, estava pronto para repetir na Síria a mesma seqüência como foi anteriormente implementadas na Líbia. Planos de operação já foram preparados, e as tropas estavam prontas. Ele enfatizou a implantação do sistema de defesa aérea Patriot na Turquia pela aliança. Ele disse que achava que quando o seu avião foi abatido, o desejo de continuar o bombardeio é significativamente reduzida. Ele acrescentou que era tecnicamente possível para limpar o norte da Síria com os aviões estacionados na Turquia.
Lyuba Lulko

Sem Show McCain e o Ocidente.

Por Xavier Lerma
McCain fez entregar um  artigo  de Pravda, mas ele ignorou convites do Presidente Putin para discutir política. No Clube de Discussão Internacional Valdai, Putin convidou McCain para a reunião para esclarecer mais o senador ignorante das realidades da Russia e do mundo. Claro que ele nunca apareceu. Sua resposta estava tendo seus amigos da Al-Qaeda tentar bombardear a  embaixada russa em Síria. " Assad deve ir "tem sido a principal diretriz EUA e nenhum raciocínio vai desviar seu objetivo. Na reunião Valdai foi refrescante ouvir raciocínio inteligente prevalecer como Putin fez seu discurso e respondeu a perguntas da mídia que reduziram a reputação de McCain e do Oeste. Os EUA mantém afundando aos olhos do mundo como Rússia torna-se o herói.
"A diversidade da Rússia para o mundo moderno", foi o tema discutido na reunião do International Club Valdai. Mais de 200 especialistas russos e estrangeiros compareceram. Putin está levantando uma nação destruída pelo comunismo e está dirigindo-a para o futuro contra um mundo violento e anti-cristã. Ele disse:
"Nós temos deixado para trás ideologia soviética , e não haverá retorno ... Não há praticamente nenhuma família russa que fugiu completamente os problemas do século passado. "
Muitos no Ocidente preferem pensar a União Soviética ainda existe. Eles são todos como McCain ignorar a realidade. É verdade que nenhum russo escapou de ser tocado pelas tragédias da Guerra Civil Russa, a Grande Guerra Patriótica (Segunda Guerra Mundial) e do terror Red conhecido como comunismo. O caos dos anos 90 atingiu mais um golpe contra a unidade. Putin e muitos russos como ele prefere para unificar o país. Ele disse: "Nós temos que ter orgulho da nossa história, e nós temos coisas para se orgulhar." As pessoas estão mais dispostas a honrar os veteranos que salvou a Rússia de Hitler e os fascistas.
Isso pode ser feito de pé sobre o fundamento moral que deu à Rússia grandeza. O terceiro Roma é Moscou e ainda está. Quais são esses erros que devem ser evitadas? "Podemos ver como muitos dos países euro-atlânticas são realmente rejeitando as suas raízes, inclusive os valores cristãos que constituem a base da civilização ocidental Eles estão negando os princípios morais e todas as identidades tradicionais:. nacional, cultural, religioso e até mesmo sexual. Eles estão implementando políticas que equiparam as famílias numerosas com parcerias do mesmo sexo, a crença em Deus com a crença em Satanás ... as pessoas estão falando sério sobre o registro de partidos políticos, cujo objetivo é promover a pedofilia ".
Mais de mil anos atrás, Grande São Príncipe Vladimir saiu em busca do verdadeiro Deus e Ele o encontrou. Outras religiões são respeitadas pelo Estado como disse Putin, mas o cristianismo é parte daraiz da Rússia . Os líderes russos entendem a necessidade de ficar no curso que St Vladimir colocado para fora. Presidente Putin disse: "Sem os valores embutidos no cristianismo e outras religiões mundiais, sem os padrões de moralidade que tomou forma ao longo de milênios, as pessoas vão, inevitavelmente, perder a sua dignidade humana. Consideramos que é natural e direito de defender esses valores. Deve-se respeitar o direito de cada minoria para ser diferente, mas os direitos da maioria não deve ser posta em causa. "  Foi mais uma declaração que os conservadores de esquerda na América concordando enquanto seus colegas liberais manter rindo colapso da América.
Terceira Guerra Mundial evitado
Putin atacou a idéia de uma Nova Ordem Mundial e que cada país tem o direito de escolher o seu governo, sem interferências. "vemos tentativas de alguma forma reviver um modelo padronizado de um mundo unipolar e esbater as instituições do direito internacional e da soberania nacional .. . Em um sentido histórico, isso equivale a uma rejeição de uma identidade própria, do Deus-dada a diversidade do mundo. Rússia acredita que o direito internacional, não o direito do mais forte , deve aplicar-se. E nós acreditamos que cada país, cada nação não é excepcional, mas, original e beneficia de igualdade de direitos, incluindo o direito de escolher de forma independente o seu próprio caminho de desenvolvimento. "
Um caminho negada pela política externa dos EUA e pessoas como McCain que gritam por Asaad ir por causa da democracia. Alguém na Q & A sessão disse: "Não há democracia na Arábia Saudita quer, mas por alguma razão, ninguém está bombardeando-lo." Alguém em os EUA pediram Obama ou McCain por que eles não bombardear Arábia Saudita?
Obama teria tido o seu caminho na Síria e mais sangue seria em suas mãos com a guerra chegando Iran.Piotr Dutkiewicz disse Putin, "Na verdade, você é pessoalmente responsável por parar a expansão e aprofundamento do conflito sírio, que é uma conquista enorme." Dimitri Simes observou que os planos do Obama foram frustrados pela oposição da opinião pública. "E de repente eu vi na televisão americana - e tenho certeza que meus colegas americanos fez também - como nessas reuniões de representantes no Congresso, senadores e eleitores, incluindo o senador John McCain, os eleitores gritou: "Como você se atreve! O que você está fazendo? " E quanto mais o governo eo presidente Barack Obama falou sobre a necessidade de atacar a Síria, o maior foi a oposição da opinião pública. "
Putin havia esperado depois do discurso de Obama antes de dar o seu artigo para o New York Times . Ele deu crédito ao NYT para viver de acordo com o seu acordo e publicação de seu artigo exatamente do jeito que ele escreveu. O presidente Vladimir Putin reconhece as vozes conservadoras na América e aqueles que simplesmente dizer: "Basta!" quando se trata de guerra. Ele foi conhecido por muitos anos de esforço da mídia ocidental na demonização e deformação a verdade sobre a Rússia. "Eu só queria transmitir a nossa posição, a minha própria posição, para as pessoas que vão se formando as suas opiniões sobre este assunto, e para esclarecê-lo. Porque, infelizmente, os meios de comunicação muitas vezes apresentam vários problemas muito unilateralmente, ou simplesmente ficar completamente em silêncio. "
Presa em um vício
É sobre e paz venha à Síria e no Oriente Médio? É tudo fumaça sendo soprada nos olhos da América por Obama, que está tentando evitar o impeachment? Ou é Obama planejando outra forma de fazer com que uma outra guerra? As cobras americanos podem deslizar e silvo tudo o que querem sem sucesso. Eles estão presos em um torno feito por aqueles que se opõem a Obama e Rússia, que protege o cristianismo. "Vós, raça de víboras, quem lhe mostrou a fugir da ira vindoura?"
Xavier Lerma
Contato Xavier Lerma em xlermanov@swissmail.org
Hyperlink para Pravda é obrigatório se você publicar este artigo.

domingo, 22 de setembro de 2013

Um tribunal chinês condenou deposto líder regional Bo Xilai à prisão perpétua no domingo, encontrando-o culpado de corrupção, peculato e abuso de poder.


China frases Bo Xilai à prisão perpétua

Um tribunal chinês condenou deposto líder regional Bo Xilai à prisão perpétua no domingo, encontrando-o culpado de corrupção, peculato e abuso de poder.

Bo negou as acusações em seu julgamento no mês passado, que seguiram um escândalo de assassinato envolvendo a esposa dele.
O tribunal da cidade oriental de Jinan rejeitou a maior parte das provas apresentadas por Bo e seu advogado.
Os juízes também rejeitou o argumento de Bo que suas confissões eram inadmissíveis, porque eles foram feitos sob a pressão dos investigadores, o tribunal informou em seu micro-blog oficial.
Bo foi considerado culpado de aceitar subornos no valor de 20,44 milhões de yuans (3,3 milhões de dólares), disse.
Analistas e simpatizantes de Bo viu seu julgamento como político. Expurgo de Bo a decisão do Partido Comunista solicitado seu maior racha interno desde a sua 1.989 repressão militar aos protestos pela democracia.
esposa de Bo, Gu Kailai, foi condenado pelo assassinato de cidadão britânico Neil Heywood em novembro de 2011 e condenado a uma pena de morte suspensa no ano passado.
O tribunal Jinan não disse se Bo indicou se ele planejava usar o seu direito de recurso contra o veredicto de domingo.
Ele postou uma fotografia de um Bo algemado em pé no tribunal para ouvir o veredicto e sentença.
de Hong Kong South China Morning Post citou fontes dizendo que antes que Bo planejado para recorrer de qualquer sentença.
informou a mídia estatal 116 pessoas compareceram a audiência de domingo, incluindo três dos parentes de Bo e 22 repórteres da mídia estatal.
deposto líder regional chinês Bo Xilai no sábado disse que aceitou parte da culpa sobre um escândalo que eclodiu depois da sua chefe de polícia entrou em um consulado dos EUA e levou ao assassinato convicção de sua esposa.
Bo disse que ele era culpado de "equívoco sério" e suas ações tinham "afetou a reputação do partido e do país".
"Assim, no caso do [delegado] deserção de Wang Lijun, tenho alguma responsabilidade", disse o tribunal, de acordo com uma transcrição oficial do julgamento de Bo.