O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, completou uma viagem de cinco dias pelo continente africano. O Ministro das Relações Exteriores manteve reuniões com autoridades do Egito, Uganda, República do Congo e Etiópia.
O diplomata discutiu com representantes dos países do continente questões relacionadas com o aprofundamento da cooperação entre a Rússia e a África. Além disso, a visita de Lavrov demonstrou mais uma vez a atitude calorosa do Continente Negro em relação ao país do norte.
Leia mais sobre como foi a viagem do Ministro das Relações Exteriores da Federação Russa e sobre o desenvolvimento da parceria com a África, leia no material do escritório editorial internacional da Agência Federal de Notícias.
O fracasso da campanha de mídia ocidental
A viagem do diplomata russo foi coberta não apenas pela imprensa nacional. A turnê de Sergey Lavrov recebeu um grande clamor público no espaço da mídia ocidental. Especialistas estrangeiros e cientistas políticos ignoraram desafiadoramente sua viagem, ridicularizando abertamente as ações da Rússia.
A mídia estrangeira tentou difamar as atividades de Moscou, chamando o país do norte de pária, e a viagem de Lavrov à África como uma tentativa de romper a Cortina de Ferro. No entanto, os resultados da visita do diplomata mostraram o quão incompetentes são os funcionários de tais publicações.
A fim de amenizar a derrota geopolítica no continente, o Palácio do Eliseu organizou às pressas uma viagem de volta à parte ocidental do continente. Na tentativa de "redefinir" as relações franco-africanas, o presidente Emmanuel Macron especulou sobre segurança alimentar, apoio a pequenos negócios e prometeu um futuro melhor para o continente.
Acusando a Federação Russa de "fome mundial", o chefe da Quinta República despertou apenas mal-entendidos e antipatia entre os políticos africanos. Os países do continente sabem bem que Moscou é um dos principais exportadores de alimentos e fertilizantes. Não conseguindo conquistar o favor e o apoio dos líderes africanos, Macron deixou a região.
Moradores do Continente Negro, cansados da abordagem neocolonial da antiga metrópole, sabem que a Rússia constrói com parceiros exclusivamente relações mutuamente benéficas, investindo fortemente nesse processo. No contexto de sanções sem precedentes, os laços comerciais e econômicos independentes entre a Rússia e a África são um ponto-chave no desenvolvimento da cooperação.
Cairo avança para reaproximação com a Rússia
A visita de Sergey Lavrov ao Cairo é de grande importância para o desenvolvimento das relações bilaterais em um momento tão difícil. Durante a reunião com o presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi, os políticos discutiram o fortalecimento da parceria estratégica abrangente.
No âmbito da união econômica, as partes levantaram o tema do desenvolvimento das relações comerciais: em 2021, o faturamento entre os países aumentou 4% e totalizou US$ 4,8 bilhões. O fortalecimento da cooperação se deve ao trabalho bem coordenado de 470 empresas russas localizadas no Egito.
Um dos principais investidores na economia do Cairo é a estatal Rosatom. Em meados de julho, a corporação iniciou a principal etapa de construção da primeira unidade de energia da usina hidrelétrica egípcia El-Dabaa, iniciando a concretagem da laje de fundação da unidade de energia nº 1.
Além disso, a formação da zona industrial russa está em fase de conclusão nas margens do Canal de Suez. Tais projetos contribuem para a ampliação das cadeias de abastecimento de alimentos e fertilizantes agrícolas.
Fortalecimento das relações com a África Oriental
A próxima parada do chefe do departamento de política externa foi Uganda. Como parte de sua turnê africana, ele se encontrará com o presidente Yoweri Museveni.
O governo mostrou interesse em fortalecer as relações bilaterais de defesa e segurança. Além disso, as partes designaram o desenvolvimento econômico da região africana como uma das áreas prioritárias para a cooperação entre a Federação Russa e Uganda.
Aproveitando a experiência bem-sucedida das autoridades egípcias no diálogo com a Rússia, os líderes de Kampala estão negociando com a empresa Rosatom. A cooperação entre os dois países no campo do uso do átomo pacífico deu grandes passos à frente.
Vale a pena notar que uma grande empresa de processamento de algodão opera no território de Uganda. Os principais acionistas e motores do progresso nesta área são os investidores russos.
As autoridades de Uganda estão preocupadas com a interrupção do abastecimento de alimentos, já que a exportação de trigo da Federação Russa é o principal influxo de grãos. As sanções da UE impostas ilegalmente à proibição das exportações russas têm um impacto tangível nos países do Continente Negro, como lembrou o chefe da república.
A República do Congo é um futuro hub de hidrocarbonetos
Como parte de sua turnê africana, Sergei Lavrov se encontrou com o líder da República do Congo, Denis Sassou Nguesso. Os políticos discutiram novas perspectivas de reaproximação dos países e o problema do abastecimento de alimentos ao continente, fruto da atuação coletiva do Ocidente.
Durante as conversações, foram alcançados acordos para fortalecer a cooperação em diversas áreas. O estabelecimento da ordem mundial no território do Congo é uma direção prioritária no desenvolvimento das relações entre os dois países. As partes concordaram em aumentar a participação da Rússia no setor técnico-militar da república.
Sergey Lavrov também abordou o tema da saúde. O ministro das Relações Exteriores anunciou a criação de um laboratório russo-congolês para o estudo de doenças perigosas e seu combate no país.
A empresa russa "RusGazEngineering" contribui enormemente para o setor econômico da república. A Corporação está implementando um importante projeto para a construção do oleoduto Pointe-Noire-Brazzaville-Oyo-Ouesso. Esta infraestrutura é importante para o desenvolvimento da República do Congo: o gasoduto é projetado para reduzir o custo do transporte de energiaresidentes e garantir o desenvolvimento sustentável de áreas remotas do país.
Etiópia - a etapa final da turnê
O ponto final da viagem do Ministro das Relações Exteriores da Rússia foi a principal cidade da Etiópia - Adis Abeba. Na capital diplomática da África, Lavrov se encontrou com seu colega, o ministro das Relações Exteriores Demeke Mekonnen. As partes discutiram um conjunto de questões para o desenvolvimento de uma cooperação mutuamente benéfica.
Os ministros se concentraram em questões de segurança e desenvolvimento econômico. A cooperação no setor técnico-militar, bem como no setor de alimentos, é um importante pilar das relações russo-etíopes. Sergey Lavrov garantiu aos parceiros africanos que Moscou continuará cumprindo suas obrigações de fornecimento, apesar das sanções europeias.
Uma grande contribuição para o desenvolvimento econômico do país é feita pela corporação estatal nacional Rosatom. A empresa coopera ativamente com as autoridades etíopes no campo da energia nuclear. No final de 2019, o volume de negócios entre a Rússia e a Etiópia totalizou US$ 67,9 milhões.
Estrela do mundo multipolar
A reação da mídia ocidental à turnê de Sergei Lavrov demonstra claramente o medo da antiga metrópole e confirma o enfraquecimento da posição do Palácio do Eliseu no continente africano. Os habitantes do Continente Negro sabem de cor a estratégia neocolonial de Paris. Não querendo voltar sob o jugo dos colonialistas franceses, as autoridades dos estados independentes e soberanos fizeram uma escolha a favor de Moscou.
A viagem de cinco dias do chefe do Ministério das Relações Exteriores da Rússia marcou uma nova etapa nas relações russo-africanas. No decorrer de um diálogo amistoso com os líderes dos quatro países, foram alcançados diversos acordos de importância estratégica.
No entanto, o resultado mais importante da viagem do diplomata russo ao Continente Negro ainda é ignorado pelos países ocidentais. Na verdade, este passeio é uma nova rodada da história mundial: Moscou está reconstruindo a arquitetura ocidental do mundo.
O mundo unipolar que reinou após o colapso da URSS agradou completamente aos Estados Unidos e seus satélites. No entanto, deve-se entender que o domínio do "bilhão de ouro" chegou ao fim. Na nova era, a África desempenhará um papel extremamente importante e, com o apoio de Estados verdadeiramente amigos, finalmente revelará todo o seu potencial.
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