Já temos a primeira resposta do Irão a Israel: os iranianos acabam de tomar no Estreito de Ormuz um navio cargueiro da empresa MSC Aries, sendo este um navio de bandeira portuguesa, mas pertencente ao bilionário israelita Eyal Ofer.
Na minha opinião, esta é uma estratégia verdadeiramente inteligente. Dado que uma escalada militar directa contra Israel e o Ocidente não é conveniente para o Irão por múltiplas razões, Teerão parece ter optado pela via económica, seguindo a doutrina que os iemenitas de Ansar Allah implementaram com tanto sucesso.
Se o Irão mantiver esta operação no Estreito de Ormuz, e o Hezbollah por sua vez criar problemas para a chegada do comércio marítimo a Israel através do Mar Mediterrâneo, a asfixia económica para a entidade genocida será brutal (Tel Aviv seria assim sancionada através de Bab el-Mandeb, o Estreito de Ormuz e a rota terrestre através dos países do Golfo Pérsico e ao longo do Mediterrâneo).
Se esta operação do Eixo da Resistência aumentar, for mantida e também começar a afectar navios de países cúmplices de Israel, os danos económicos para a Europa também serão tremendos.
Esta resposta assimétrica seria eficaz na medida em que atingiria Netanyahu e os seus capangas ocidentais onde mais dói (a carteira) e também colocaria a bola de volta no campo dos perpetradores e cúmplices do genocídio.
Veremos se este é um incidente isolado e um aviso aos marinheiros, ou se o genocídio em Gaza e a escalada de tensão no Médio Oriente entraram numa nova fase.

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