O presidente da Comissão Europeia (CE), José Manuel Durão Barroso, afirmou hoje que um dos maiores problemas da União Europeia (UE) é o desemprego e apelou à aplicação de reformas estruturais em vez de se falar em flexibilidade.
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Cernobbio, Itália, 06 set (Lusa) - O presidente da Comissão Europeia (CE), José Manuel Durão Barroso, afirmou hoje que um dos maiores problemas da União Europeia (UE) é o desemprego e apelou à aplicação de reformas estruturais em vez de se falar em flexibilidade.
"A realidade é que ainda existem grandes diferenças entre os Estados-membros. Não estamos onde queremos estar em termos de crescimento e criação de emprego, o desemprego é possivelmente um dos problemas mais graves que ainda temos", disse.
Durão Barroso falava durante o seu discurso no debate sobre "O futuro da Europa. Aplicando reformas", na segunda sessão do Fórum Ambrosetti, um ponto de encontro entre os líderes económicos e políticos globais em Cernobbio (norte da Itália) que decorrerá até domingo.
Barroso apenas mencionou a "flexibilidade" como uma das questões mais debatidas pelo Estados membros e apelou aos 28 que apliquem reformas estruturais.
"Não quero falar de flexibilidade, porque creio que devemos evitar tudo o que nos desvie a atenção das reformas e, por vezes, há algumas discussões que relaxam os nossos esforços para aumentar o crescimento e a competitividade na Europa", disse.
Durão Barroso acrescentou ainda que "falar de flexibilidade é exagerado" e lembrou que "essa flexibilidade está a ser implementada".
"A Comissão Europeia propôs de facto várias vezes a correção do défice em França, em Espanha, na Grécia, em Portugal e na Irlanda. Não podemos dizer que não há flexibilidade", sublinhou.
O presidente da Comissão Europeia também insistiu na importância de manter essa flexibilidade que alguns países membros pedem, procurando "a forma inteligente de aplicar a estabilidade e o crescimento" na Europa e deu como exemplo a Itália.
"São necessárias reformas estruturais (para superar a crise). Vamos fazê-las. Países como a Itália precisam delas e parece que agora o primeiro-ministro, Matteo Renzi, as anunciou no seu programa de 1.000 dias. É importante conseguir que os mercados recuperem a confiança nos mercados na Itália", frisou.
JMG // VM
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