Paz Sim! NATO Não!
Nos próximos dias 4 e 5 de Setembro, realiza-se no Reino Unido (País de Gales), uma Cimeira da NATO. Num contexto internacional em que se multiplicam conflitos e aumentam a insegurança e a instabilidade, as organizações portuguesas abaixo assinadas, comprometidas com a Paz, a cooperação, o progresso e a justiça social: Recordam que a NATO é um bloco político-militar de natureza agressiva, criado pelos EUA para inserir países da Europa e de outros continentes nos seus objectivos e estratégia imperialista contra a soberania e os direitos e aspirações dos povos do mundo. Lembram que em 1949, a NATO contou com Portugal – que então estava sob uma ditadura fascista – entre os seus países fundadores; que os países da NATO apoiaram as guerras coloniais do regime fascista contra os povos de Angola, da Guiné-Bissau e de Moçambique; e que, após o 25 de Abril de 1974, a NATO tentou ameaçar e condicionar, através da realização de manobras de forças navais junto à costa portuguesa, a liberdade conquistada pelo povo português de decidir o seu destino. Denunciam a NATO como a principal ameaça à paz mundial. A NATO é um instrumento de guerra. Foi através da NATO que a guerra regressou à Europa depois do fim da II Guerra Mundial, com a destruição da Jugoslávia. A NATO é responsável pela agressão ao Afeganistão e à Líbia, tendo estado envolvida na ocupação do Iraque. A NATO apoia a agressão à Síria e promove a escalada de conflito na Ucrânia. Denunciam que – no momento em que são exigidos inaceitáveis sacrifícios e impostas graves regressões às condições de vida dos trabalhadores e dos povos – os países da NATO promovem uma perigosa corrida armamentista, nomeadamente através da instalação de um sistema anti-míssil na Europa, e afirmam o objectivo de aumentar as suas despesas militares, que já representam cerca de 70% dos gastos militares mundiais. Responsabilizam sucessivos governos portugueses por, em claro desrespeito pela Constituição da República Portuguesa e pelos princípios da Carta das Nações Unidas, seguirem uma política de subserviência e de envolvimento de Portugal na estrutura e missões de agressão da NATO a outros povos. Reclamam a retirada das forças portuguesas envolvidas em missões militares da NATO contra outros povos. Afirmam como urgente a dissolução da NATO, o desarmamento geral e controlado, o fim das bases militares estrangeiras – nomeadamente, em Portugal – e das armas nucleares e de destruição massiva. Exigem das autoridades portuguesas o cumprimento das determinações da Constituição da República Portuguesa e da Carta das Nações Unidas, em respeito pelo direito internacional e pela soberania e igualdade de direitos dos povos. Agosto de 2014 As organizações subscritoras (até o momento): Associação de Amizade Portugal-Cuba Colectivo Mumia Abu-Jamal Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto Conselho Português para a Paz e Cooperação Cooperativa Mó de Vida Ecolojovem - «Os Verdes» Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal Federação dos Sindicatos do Comércio, Escritórios e Serviços Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas Federação Nacional dos Professores Juventude Comunista Portuguesa Movimento Democrático de Mulheres Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente Sindicato de Trabalhadores na Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte Sindicato dos Professores da Região Centro Sindicato dos Trabalhadores Civis das Forças Armadas, Estabelecimentos Fabris e Empresas de Defesa Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local União dos Sindicatos do Distrito de Braga |
domingo, 7 de setembro de 2014
Pela Paz! Não à NATO.
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