12 DE JANEIRO, 13:57
Conselho Rússia-OTAN encerra reunião em Bruxelas que durou quatro horas
BRUXELAS, 12 de janeiro. /TASS/. O Conselho Rússia-OTAN encerrou uma reunião em Bruxelas que durou quatro horas, segundo um repórter da TASS.
A Otan esperava que as conversas durassem um pouco menos, já que uma entrevista coletiva de seu secretário-geral Jens Stoltenberg estava marcada para as 13h30, horário local, enquanto a reunião começou às 10h, horário local. A coletiva de imprensa foi adiada para as 14h15 (16h15 em Moscou).
A reunião do conselho marcou a segunda etapa de uma série de conversas entre a Rússia e o Ocidente sobre as propostas russas para a segurança europeia. A primeira etapa foram as conversações entre a Rússia e os EUA que ocorreram em Genebra em 10 de janeiro, e a terceira etapa acontecerá como uma reunião da OSCE em Viena em 13 de janeiro.
A delegação russa em Bruxelas é liderada pelo vice-ministro das Relações Exteriores Alexander Grushko e pelo vice-ministro da Defesa Alexander Fomin. A OTAN é representada pelo secretário-geral da OTAN Jens Stoltenberg, pela vice-secretária de Estado Wendy Sherman e representantes de 30 estados membros da OTAN em Bruxelas.
O vice-chanceler russo, Sergey Ryabkov, disse anteriormente que Moscou espera que Bruxelas e Washington dêem um "passo real em direção à Rússia". Stoltenberg disse antes das negociações que o bloco está pronto para ouvir as preocupações da Rússia e iniciar um diálogo aberto e razoável, mas não está pronto para compromissos, especialmente nas questões de sua expansão.
As demandas de segurança de Moscou são dirigidas aos Estados Unidos e às nações europeias. Moscou não os enviou para organizações internacionais como a União Européia (UE) e a OTAN. Em linhas gerais, a posição da Rússia se resume a três pontos-chave: a retirada das armas nucleares dos EUA da Europa, o fim da prática de enviar as forças convencionais da OTAN perto das fronteiras da Rússia e criar sua infraestrutura militar lá e a recusa oficial da OTAN de atrair a Ucrânia e Geórgia na aliança.
Na opinião de Moscou, essas medidas ajudarão a remediar um grave desequilíbrio de segurança na Europa que surgiu após a dissolução da União Soviética e do Pacto de Varsóvia. Isso ajudará a aliviar consideravelmente a tensão militar e política e a reunir o princípio básico afirmado por todos os Estados membros da OSCE em sua cúpula de Istambul em 1999, de que a segurança de um Estado ou de um grupo de Estados não pode ser garantida à custa da segurança de outros estados.
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