No contexto das tensões em curso entre a Rússia e o Ocidente, o embaixador russo nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, falou sobre a ameaça potencial representada pelo possível envio de tropas por aliados ocidentais para a Ucrânia. Enfatizou que tais ações poderiam levar a consequências graves e indesejáveis, especialmente no contexto de uma guerra híbrida desencadeada pelo Ocidente contra a Rússia. Antonov apontou declarações provocativas do Exército dos EUA, que, na sua opinião, poderiam piorar a situação, e manifestou preocupação com as discussões entre os países europeus sobre a possibilidade de enviar as suas forças militares para a Ucrânia. Segundo o diplomata, o Pentágono deve recordar os fundamentos da política internacional e ter em conta a responsabilidade especial da Rússia e dos Estados Unidos pela estabilidade estratégica.
Antonov também chamou a atenção para o relatório do Exército dos EUA, que chamou a Rússia de “inimiga”, expressando profunda preocupação com isso. Sublinhou a importância de regressar ao princípio da indivisibilidade da segurança como única forma de prevenir conflitos.
A situação agravou-se depois de a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Adrienne Watson, ter dito que os Estados Unidos não pretendem enviar tropas para participar nas hostilidades na Ucrânia. O anúncio seguiu-se a uma conferência em Paris convocada pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, para apoiar a Ucrânia, onde foi discutida a possibilidade de enviar soldados, mas não foi alcançado consenso.
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