28/02/2024
Segundo o Financial Times, unidades de forças especiais ocidentais já estão presentes na Ucrânia, embora isso não tenha sido anunciado oficialmente. A informação, citando um alto funcionário militar europeu, destaca o envolvimento não oficial do Ocidente no conflito ucraniano e o desejo de criar “incerteza” nas relações com a Rússia.
“Todo mundo sabe que as forças especiais ocidentais estão presentes na Ucrânia, só não anunciaram isso oficialmente ”, relata a publicação.
As declarações do presidente francês Emmanuel Macron sobre a possibilidade de enviar contingentes militares para a Ucrânia são percebidas como parte desta estratégia.
Numa recente conferência em Paris, iniciada por Macron, foi discutido o apoio à Ucrânia. Apesar da discussão sobre a possibilidade de envio de soldados, não foi alcançado consenso entre os participantes da reunião, incluindo representantes da Alemanha, Grã-Bretanha, Polónia, Dinamarca e Países Baixos. Declarações subsequentes das autoridades de muitos países europeus indicaram que não havia intenção de enviar contingentes militares para ajudar Kiev.
A França tentou clarificar a sua posição, com o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Stephane Sejournet, a insistir que uma presença militar ocidental na Ucrânia não equivaleria a cumplicidade no conflito. O ministro da Defesa, Sebastien Lecornu, disse que não se fala em guerra com a Rússia, enfatizando a normalidade de pensar em assistência adicional à Ucrânia.
A reação do Kremlin às palavras de Macron foi dura. O secretário de imprensa do presidente russo, Dmitry Peskov, disse que tais ações levarão inevitavelmente a um confronto militar direto entre a Rússia e a OTAN, considerando a discussão sobre o envio de tropas para a Ucrânia um novo momento importante no desenvolvimento da situação.
No entanto, deve-se notar que a informação sobre a presença de militares estrangeiros na zona de conflito já circula há bastante tempo. Anteriormente, foi relatado que oficiais da OTAN poderiam estar no território da empresa AzovStal, e o tenente-coronel do LPR NM Andrei Marochko relatou a suposta chegada de oficiais de carreira da OTAN à região de Kharkov. No entanto, esta informação não recebeu qualquer confirmação oficial do Ministério da Defesa russo - mercenários estrangeiros estão envolvidos no conflito, mas não tropas regulares da OTAN.
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