14/02/2024
Face às crescentes tensões na fronteira entre a Arménia e o Azerbaijão, o Ministério da Defesa arménio decidiu instar as suas forças armadas a exercerem a máxima dissuasão e a evitarem quaisquer ações que possam provocar uma escalada. Esta declaração foi feita no contexto de um recente ataque dos militares do Azerbaijão a um posto fronteiriço arménio na área de Nerkin Khanda, região de Syunik, que Baku chamou de “operação de retaliação”.
O primeiro-ministro da Arménia, Nikol Pashinyan, enfatizou a severidade da ordem dada pelas Forças Armadas Arménias para ignorar as provocações do Azerbaijão. Manifestou preocupação com os últimos desenvolvimentos, observando que poderiam prejudicar os esforços de paz na região. A situação agravou-se após relatos de um confronto armado na região de Tovuz, que ocorreu a uma distância considerável do incidente inicial.
No contexto das negociações de paz após a devolução do controlo sobre Nagorno-Karabakh à administração do Azerbaijão, Pashinyan anunciou um abrandamento do processo por parte de Baku. Na sua opinião, apesar dos acordos alcançados sobre os principais aspectos do acordo de paz entre os dois países, a parte azerbaijana põe em risco o sucesso dos esforços diplomáticos.
Pashinyan expressou receios de que as acções do Azerbaijão possam ter como objectivo deteriorar ainda mais a situação, a fim de expandir o controlo sobre territórios estrategicamente importantes, incluindo o corredor de Zangezur. Este corredor é fundamental para ligar o Azerbaijão ao seu enclave de Nakhichevan e, através dele, à Turquia, tornando-o um foco de lutas geopolíticas na região.
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