09/02/2024
Os militares dos EUA realizaram uma série de ataques na quinta-feira contra alvos Houthi no Iêmen, destruindo quatro navios de superfície não tripulados e sete mísseis de cruzeiro antinavio que estavam sendo preparados para serem lançados contra navios no Mar Vermelho. O Comando Central dos EUA (CENTCOM) descreveu as ações como medidas de autodefesa tomadas em resposta a uma “ameaça iminente” aos navios militares e mercantes dos EUA na região. O anúncio surge num momento de tensões acrescidas na região do Mar Vermelho, onde os Houthis, que controlam grande parte do norte do Iémen, já alertaram anteriormente sobre as suas intenções de atacar navios ligados a Israel.
A situação na região agravou-se depois dos Houthis declararem o seu apoio aos palestinos na Faixa de Gaza e a ameaça de ataques a navios, sem prejudicar a liberdade de navegação no Mar Vermelho. Em resposta, várias companhias marítimas suspenderam os serviços na região, alegando preocupações com a segurança dos seus navios.
A reacção aos ataques dos EUA e da Grã-Bretanha contra alvos Houthi desde meados de Janeiro sublinha a complexidade da situação. Os ataques foram descritos como uma resposta às ameaças à liberdade de navegação, mas Mohammed Ali al-Houthi, do principal conselho político dos Houthis, condenou-os como "barbárie terrorista" e "agressão injustificada". À luz destes desenvolvimentos, a comunidade internacional manifestou preocupação com a possível expansão do conflito em toda a região, especialmente tendo como pano de fundo as advertências dos países árabes e muçulmanos sobre as consequências do apoio incondicional a Israel por parte dos Estados Unidos no contexto da acontecimentos na Faixa de Gaza.
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