2025-03-05
Nos últimos dias, os Estados Unidos aumentaram significativamente sua atividade de inteligência perto das fronteiras do Irã, continuando a operação em 5 de março de 2025. Um drone de reconhecimento americano Northrop Grumman MQ-4C foi avistado perto das fronteiras iranianas e do Estreito de Ormuz, coletando dados com seu equipamento avançado, capaz de capturar informações a centenas de quilômetros de distância sem violar o espaço aéreo iraniano, disseram fontes militares iranianas. Ao mesmo tempo, a mídia e observadores britânicos registraram os voos de seis aeronaves da RAF na região, levantando questões sobre os objetivos de Londres e uma possível operação conjunta com os Estados Unidos.
A situação tornou-se parte de uma escalada de confronto geopolítico. Desde o início de 2025, após o retorno de Donald Trump à Casa Branca, os Estados Unidos retomaram sua política de "pressão máxima" sobre o Irã, aumentando a inteligência para monitorar instalações nucleares como Natanz e Fordow e bases militares da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), relata a Reuters. O MQ-4C Triton, que custa cerca de US$ 180 milhões, é equipado com radar e sistemas de vigilância para rastrear navios iranianos no Estreito de Ormuz, uma rota importante para o petróleo global, de acordo com o The New York Times. Isso ocorre depois que Teerã disse que está desenvolvendo novos mísseis, aumentando as preocupações em Washington e seus aliados.
A atividade britânica também levanta questões. O Guardian relata que os voos de seis aeronaves da RAF, que se acredita serem aeronaves de reconhecimento Typhoon ou Poseidon, podem estar ligados a uma operação conjunta com os EUA com o objetivo de monitorar drones e mísseis iranianos usados pelos Houthis no Iêmen. De acordo com a Al Jazeera, Londres intensificou sua presença na região após ataques iranianos a navios mercantes no Mar Vermelho em 2024, apoiando a coalizão liderada pelos EUA. Especialistas entrevistados pela BBC acreditam que tal coordenação pode ser uma preparação para novas sanções ou ações militares contra o Irã, mas também corre o risco de provocar ações retaliatórias de Teerã.
O Irã reagiu bruscamente. As defesas aéreas do Irã foram colocadas em alerta máximo e o IRGC intensificou as patrulhas no Estreito de Ormuz, ameaçando abater qualquer objeto suspeito, informou a IRNA. De acordo com o The Times of Israel, Teerã vê a atividade de inteligência como uma provocação ligada à pressão dos Estados Unidos e de Israel, que acusam o Irã de apoiar o terrorismo e desenvolver armas nucleares. Em resposta, o Irã realizou exercícios envolvendo drones e mísseis, o que, segundo o CENTCOM, aumentou as tensões na região.
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