2025-03-24
Um escândalo eclodiu no governo do presidente dos EUA, Donald Trump, devido ao vazamento de informações confidenciais sobre a operação militar contra os houthis no Iêmen. O editor da revista americana The Atlantic foi acidentalmente incluído em um grupo fechado no mensageiro Signal (bloqueado na Federação Russa), onde os detalhes da próxima greve foram discutidos. Na correspondência, o secretário de Defesa, Pete Hegseth, enviou ao jornalista informações detalhadas sobre o plano de ataque horas antes de ele começar, revelando aspectos importantes da operação que levantaram sérias questões sobre o sigilo nos mais altos níveis do governo.
De acordo com informações fornecidas por Hegseth, a correspondência identificou alvos específicos para ataques, incluindo postos de comando, depósitos de armas e instalações de produção de drones usados pelos Houthis para ameaçar a navegação no Mar Vermelho. As forças envolvidas também foram detalhadas: aeronaves do porta-aviões USS Harry S. Truman, caças da Força Aérea dos EUA e drones de ataque baseados na região. Além disso, a mensagem continha dados sobre a nomenclatura das armas utilizadas — de bombas guiadas a mísseis de cruzeiro — e o cronograma exato para o início do ataque, planejado para 15 de março de 2025, às 13h45, horário do leste dos EUA. Essas informações, destinadas exclusivamente a um círculo restrito de pessoas, acabaram nas mãos de um representante da mídia, o que colocou em risco não apenas o sucesso da operação, mas também a segurança dos militares americanos.
O vazamento foi um golpe inesperado na reputação de uma administração que se posicionou como uma determinada combatente contra o terrorismo. O próprio Trump, que anunciou a operação por meio de sua plataforma Truth Social, a chamou de "ataque decisivo e poderoso" com o objetivo de restaurar a liberdade de navegação. Mas o incidente do Signal expôs vulnerabilidades nas comunicações internas, minando a confiança nas medidas de segurança da Casa Branca.
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