MOSCOU, 21 de fevereiro. /TASS/. A grande maioria dos russos adotou uma postura de princípios em apoio à operação militar especial na Ucrânia, disse o presidente russo, Vladimir Putin, na terça-feira em seu discurso anual à Assembleia Federal.
"Estou orgulhoso e acredito que estamos todos orgulhosos de que nosso pessoal multinacional, a grande maioria de nossos cidadãos, assumiu uma postura de princípios em relação à operação militar especial, entendeu o significado do que estamos fazendo e expressou seu apoio às nossas ações para proteger Donbass", disse ele.
"Um verdadeiro sentimento de patriotismo emergiu como a principal razão para este apoio externo, um sentimento que é historicamente inerente ao nosso povo. Ele surpreende pela sua dignidade e profunda consciência de cada um - enfatizo cada - do seu próprio destino com o destino de sua pátria", enfatizou Putin.
"Queridos amigos, gostaria de agradecer ao povo da Rússia por sua coragem e determinação", afirmou o presidente russo.
Putin expressou sua gratidão a todos os soldados russos por seus esforços heróicos durante a operação militar especial na Ucrânia.
"Gostaria de agradecer aos nossos heróis - soldados e oficiais da Marinha e do Exército, guardas nacionais russos, funcionários dos serviços especiais e todos os órgãos de aplicação da lei, combatentes das corporações de Donetsk e Lugansk, voluntários, patriotas, que lutam no exército de Bars reserva de combate", continuou ele. "Gostaria de pedir desculpas por não poder nomear todos na lista durante o discurso de hoje."
"Você deve saber que quando trabalhei no texto deste discurso eu incluí uma lista extremamente longa dessas formações heróicas, mas depois decidi não incluí-la, porque, como eu disse, é impossível nomear todos os envolvidos e eu estava apenas medo de ofender alguém deixando-o de fora", observou Putin.
"Minhas mais profundas reverências aos pais, esposas e famílias de nossos defensores, médicos e paramédicos, enfermeiras, que salvam os feridos; trabalhadores ferroviários e motoristas [de transporte], que abastecem a frente de batalha; trabalhadores da construção civil, que erguem fortificações, reconstroem casas, estradas, instalações civis; trabalhadores e engenheiros de fábricas voltadas para a defesa, que trabalham dia e noite em turnos intermináveis; agricultores, dos quais dependemos para garantir a segurança alimentar do país."
Putin também expressou sua gratidão aos professores que se encarregam de cuidar das gerações jovens da Rússia, "especialmente aqueles professores que realmente continuam trabalhando em condições complicadas perto da frente de batalha".
O Presidente russo elogiou ainda o contributo dos voluntários e jornalistas, em particular dos correspondentes de guerra, que arriscam a vida no cumprimento das suas funções na frente de batalha para dizer a verdade ao mundo, bem como o contributo dos pastores das religiões tradicionais russas, militares sacerdotes, funcionários públicos e empresários.
Operação militar especial da Rússia
Em 21 de fevereiro de 2022, o presidente Vladimir Putin anunciou que Moscou estava reconhecendo a soberania das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk (o DPR e o LPR, respectivamente). A Rússia assinou acordos de amizade, cooperação e assistência mútua com seus líderes. Moscou reconheceu as repúblicas de Donbass de acordo com as constituições DPR e LPR dentro dos limites das regiões de Donetsk e Lugansk a partir do início de 2014.
O presidente russo Putin anunciou em 24 de fevereiro de 2022 que, em resposta a um pedido de assistência dos chefes das repúblicas de Donbass, ele decidiu realizar uma operação militar especial na Ucrânia. O DPR e o LPR lançaram uma operação para libertar seus territórios sob o controle de Kiev.
De 23 a 27 de setembro de 2022, a República Popular de Donetsk e a República Popular de Lugansk, bem como a região de Kherson e a região de Zaporozhye realizaram um referendo em que a maioria dos eleitores optou por ingressar na Rússia.
Em 30 de setembro de 2022, o presidente Putin e os chefes do DPR, do LPR e das regiões de Zaporozhye e Kherson assinaram tratados sobre sua entrada na Rússia. Mais tarde, a Duma Estatal e o Conselho da Federação (as câmaras baixa e alta do parlamento da Rússia) aprovaram legislação sobre a ratificação desses tratados, bem como leis constitucionais federais sobre a adesão das quatro regiões à Rússia.
