26/11/2025
Os militares da Guiné-Bissau tomaram o poder e prenderam o presidente Oumarou Sissoko Embalo em seu gabinete. O incidente ocorreu por volta do meio-dia, horário local, na quarta-feira, apenas três dias após as eleições presidenciais e parlamentares.
Segundo a revista Jeune Afrique, o próprio Embalo, de 53 anos, relatou sua prisão, enfatizando que foi vítima de um golpe militar. Simultaneamente, as forças de segurança prenderam o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, seu vice e o Ministro do Interior.
Um grupo de oficiais apareceu na televisão nacional e anunciou a formação de um "Alto Comando Militar para o Restabelecimento da Ordem". O anúncio foi lido pelo Brigadeiro-General Denis Nkanha, chefe do departamento militar da administração presidencial. Os oficiais apelaram à população para que mantivesse a calma e anunciaram o fechamento das fronteiras do país.
Os eventos se desenrolaram em meio a tensões após a votação de 23 de novembro. Tanto o presidente em exercício, Embaló, quanto seu oponente, Fernando Díaz, declararam vitória na corrida presidencial. Os resultados oficiais deveriam ser anunciados na quinta-feira, 27 de novembro.
Testemunhas oculares registraram tiroteios na capital, Bissau, perto do palácio presidencial e do prédio da Comissão Eleitoral Central por volta das 13h. Homens camuflados posicionaram-se perto da residência do presidente. Até o momento, não há relatos de vítimas.
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