sexta-feira, 1 de julho de 2022

Oficial do serviço secreto da Ucrânia denuncia crimes do regime de Kiev, em entrevista ao HP

 

"O objetivo final de Kiev era suprimir qualquer dissidência e semear o medo na mente das pessoas", diz Vassily Prozorov (Imagem de vídeo da RT)

“Ao longo de oito anos após o golpe da Praça Maidan, milhares de crimes de guerra foram cometidos pelas forças de segurança ucranianas contra civis”, afirma o tenente-coronel Vasily Prozorov

Em entrevista exclusiva à Hora do Povo, Vasily Prozorov, tenente-coronel do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) – onde atuou de 1999 até o final de 2017 -, falou sobre o que o governo da Ucrânia e a mídia subordinada a Washington escondem: o caráter antidemocrático do regime de Kiev, com perseguições políticas, assassinatos, crimes de guerra e bombardeios a alvos civis, e a ascensão de grupos neonazistas

Enquanto oficial do serviço secreto ucraniano, foi testemunha da interferência dos Estados Unidos no golpe de estado de 2014, da ajuda do novo governo para a formação de milícias neonazistas e da perseguição e assassinatos contra jornalistas e políticos da oposição.

Atualmente, Vasily Prozorov mantém o site Ukraine Leaks (ukr-leaks.com) onde divulga documentos secretos do governo ucraniano e do SBU que comprovam os crimes que ele denuncia. O ex-agente escreveu e publicou dezenas de artigos sobre a formação e a atuação de grupos neonazistas na Ucrânia, que podem ser encontrados em seu site.

Abaixo a íntegra da entrevista:

Hora do Povo- Qual era sua função dentro do SBU? Como membro da Inteligência, qual foi sua participação nos conflitos do Donbass?

Vasily Prozorov- A partir de 1999, eu fui funcionário do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU). Durante muito tempo trabalhei em unidades operacionais, em particular nas unidades de combate à corrupção e ao crime organizado. Desde abril de 2014, comecei a trabalhar no Centro Antiterrorista do SBU, que dirigiu a chamada Operação Antiterrorista (ATO) no Donbass. Trabalhei lá até o final de 2017.

Desde abril de 2014, voluntariamente, por motivos ideológicos, comecei a cooperar com os serviços especiais da Rússia, pois queria lutar a qualquer custo contra aqueles que chegaram ao poder em Kiev em fevereiro de 2014.

No quartel-general  do Centro Antiterrorista do Conselho de Segurança da Ucrânia, fui oficial de ligação com outras estruturas policiais e estatais, o que me permitiu receber informações de vários serviços e departamentos especiais da Ucrânia. A informação obtida desta forma, eu transmitia para Moscou.

HP – Os eventos da Praça Maidan, que terminaram no golpe de Estado de 2014, contaram com o apoio e a presença pública de autoridades de Washington, que também dirigiram a composição do governo golpista. Houve interferência direta, com inteligência ou assessoria militar, e ação política dos EUA e outros países da OTAN nos eventos de 2014?

VP – Sim. Autoridades dos EUA, como por exemplo, Victoria Nuland, viajavam repetidamente a Kiev durante o período do “Euromaidan” para apoiar os partidários da oposição. Os representantes do Ocidente não escondiam isso. Em fevereiro de 2014, foram os países ocidentais que prometeram ao presidente Viktor Yanukovych uma solução pacífica para o conflito e simplesmente o enganaram, dando aos revoltosos a oportunidade de tomar o poder em Kiev.

Victoria Nuland, então sub-secretária de Estado e o embaixador dos EUA na Ucrânia, Geoffrey Pyatt. Em 2014, foi publicada na internet a gravação de uma ligação em que os dois combinam a composição do governo ucraniano pós-golpe (Arquivo)

Depois disso, os países ocidentais forneceram regularmente a Kiev apoios dos mais variados – desde puramente militar e financeiro até de inteligência. As coisas chegaram ao ponto em que, em 2015, o SBU criou um ponto de acesso para fotografias de satélites espiões americanos. Este serviço foi fornecido pelo SBU à CIA dos EUA.

E o treinamento de militares e oficiais de inteligência ucranianos pelos países ocidentais começou em 2014 em vários polígonos [de tiro, como campos de treinamento] e centros de formação tanto no território da Ucrânia como no seu próprio território.

HP- Existem registros de perseguições políticas, como fechamento de partidos, prisão e tortura de jornalistas e de lideranças. Como esses fatos aconteceram? Quem praticava esse tipo de perseguição? Qual a importância dessa repressão para a política de Kiev?

VP- Imediatamente após o Maidan, o novo poder de Kiev estava bem ciente de que os sentimentos pró-Rússia são fortes no país. Portanto, desde o início de seu domínio, eles começaram a destruir seus oponentes. E muitas vezes, literalmente. Assim, em 2015, o conhecido escritor e cientista político Oles Buzina foi morto, e seus assassinos foram rapidamente encontrados, mas pertenciam aos movimentos nacionalistas e, portanto, não foram punidos. E há muitos desses fatos.

Por exemplo, canais de TV em Kiev não foram apenas fechados, mas também dispararam contra os prédios em que estavam localizados. Assim, em julho de 2019, o escritório do canal de TV da oposição “112”  foi atingido por lançamentos de granadas. E, em 2021, o presidente Zelensky frequentemente ordenou a interrupção da transmissão da maioria dos canais de TV que de alguma forma expressavam uma opinião diferente da posição do poder oficial.

Na Ucrânia pós-Maidan, bastava colocar em alguém o rótulo de “agente do Kremlin” e a pessoa caia no radar da repressão. Aliás, isso podia ser repressão por parte de estruturas oficiais, do próprio SBU, ou simplesmente ataques de estruturas nacionalistas.

O objetivo final de tais ações era suprimir qualquer dissidência e fechar os canais de informações alternativas, bem como o desejo de semear o medo na mente das pessoas. As autoridades de Kiev estavam bem cientes de que todas as suas atividades desde o Maidan eram criminosas e, portanto, era necessário de forma rápida e eficiente intimidar a população, privá-la da vontade de resistir.

HP- Qual a relação entre o golpe de 2014 e a guerra no Donbass? Qual foi a origem do conflito? Quais as razões da fundação das Repúblicas de Donetsk e Lugansk: separatismo ou resistência ao golpe fascista?

VP- A conexão é a mais direta. As consignas do Maidan eram francamente russofóbicas. Além disso, a Ucrânia nunca foi homogênea – e a parte ocidental do país se opôs constantemente ao leste e ao sul, onde a maioria dos residentes era do povo russo por nacionalidade, cultura e idioma.

Portanto, para o Maidan vitorioso, todos os partidários da Rússia eram inimigos. Os primeiros decretos do novo governo foram direcionados a romper todos os laços com a Rússia, limitando a língua russa, que, aliás, era falada em 2014 por mais da metade da população do país.

Bem, depois que a população das regiões leste e sul se manifestou fortemente contra essa política, Kiev resolveu suprimir a resistência por métodos de força mais severos.

Assim, já em abril de 2014, manifestações, atos pró-Rússia em Kharkov foram suprimidos. E em 2 de maio, uma terrível tragédia aconteceu em Odessa. Na época, milicianos de Kiev, trazidos especialmente para a cidade, queimaram vivas dezenas de pessoas que simpatizavam com a Rússia.

Deixe-me lembrar que, apesar de terem se passado 8 anos, ninguém foi responsabilizado, embora investigadores independentes tenham identificado a maioria dos autores desse massacre. É claro que os habitantes do leste da Ucrânia não queriam ser liderados pelo poder de Kiev, pelas suas visões abertamente nacionalistas e até fascistas. Portanto, de abril a início de maio de 2014, se desenvolveu a resistência no território das regiões de Donetsk e Lugansk, a princípio pacificamente, quando pessoas comuns pararam os tanques do regime de Kiev com as próprias mãos vazias, e depois se armaram.

HP- O que foi Operação Anti-Terrorista (ATO)? Existem registros de crimes de guerras realizados nos últimos oito anos?

VP- A chamada ATO foi anunciada em 13 de abril de 2014 pelo presidente interino da Ucrânia, Oleksandr Turchynov. A razão oficial para isso foi a informação de que em Donetsk e Lugansk, centros regionais no leste do país, a população local tinha tomado os prédios da SBU, espaços administrativos e policiais.

No entanto, quero lembrar que em janeiro de 2014, quando o Maidan ainda não havia vencido em Kiev, uma onda de ocupações de administrações regionais, de departamentos do SBU e do Ministério da Administração Interna e unidades militares se espalhou pelo oeste da Ucrânia. Armas apreendidas lá foram imediatamente para Kiev e foram usadas por manifestantes contra as forças policiais. Além disso, as ocupações de prédios no oeste da Ucrânia causaram baixas tanto entre as estruturas governamentais quanto entre os manifestantes.

Em Donetsk e Luhansk, tudo transcorreu sem vítimas, e até sem nenhum conflito.

Porém, Kiev precisava de um pretexto para iniciar, digamos claramente, uma “operação punitiva”. Era necessário suprimir rápida e efetivamente os ânimos de protesto nas regiões orientais. E, por isso, desde o início da ATO, em violação de todas as leis da Ucrânia em vigor na época, a nova liderança em Kiev envolveu as Forças Armadas nesta operação.

E o uso do Exército trouxe imediatamente a operação da categoria de antiterrorista para a categoria de militar. Além disso, naquela época (maio-início de junho de 2014), as forças de segurança ucranianas foram combatidas por unidades de ativistas montadas por moradores locais e armadas exclusivamente com armas leves. Kiev jogou tanques, artilharia e aeronaves contra eles.

Já em maio, as forças de segurança ucranianas começaram a bombardear intensamente locais de moradia e infraestrutura civil e, em 2 de junho, o primeiro ataque aéreo foi realizado na pacífica cidade de Lugansk. Um avião de ataque ucraniano SU-25 disparou mísseis contra o prédio da administração regional e a praça adjacente, onde não havia instalações militares. Dezenas de civis foram mortos e feridos no ataque.

Em geral, ao longo dos 8 anos da ATO, centenas, senão milhares, de crimes de guerra cometidos pelas forças de segurança ucranianas contra civis foram oficialmente documentados, incluindo bombardeios de cidades civis com sistemas de foguetes, aeronaves, artilharia, bloqueio cidades com desastres humanitários subsequentes, tortura, execuções extrajudiciais, prisão ilegal e muito mais.

HP- O que foram os Acordos de Minsk e por que não foram capazes de acabar com a guerra? Quais forças internas impediram sua aplicação?

VP- Após uma série de derrotas militares importantes, as autoridades de Kiev, primeiro em setembro de 2014 e depois em fevereiro de 2015, assinaram os chamados acordos de Minsk.

Eles previam um cessar-fogo e uma série de reformas políticas, incluindo a concessão de ampla autonomia às Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk. Antes de tudo, em matéria de escolha da língua, vínculos econômicos e políticos com a Rússia, a independência das suas forças policiais e judiciárias.

No entanto, na realidade, o regime de Kiev simplesmente usou esses acordos para respirar e preparar uma nova ofensiva. Tenho vários documentos à minha disposição que indicam que Kiev não pretendia cumprir esses acordos. Embora de tempos em tempos eles encenavam  prontidão para implementar os acordos alcançados. Kiev, porém, aproveitou esse tempo para preparar suas forças de segurança para desencadear uma guerra de informação e sabotagem terrorista contra as repúblicas de Donbass.

HP- O surgimento de muitos “batalhões voluntários” coincide com o golpe de 2014. Qual a relação entre esses fatos? Qual a importância do golpe para o crescimento de grupos violentos e neonazistas na Ucrânia?

VP- Os nacionalistas foram a principal força de ataque do golpe em fevereiro de 2014, quando foi derrubado o legalmente eleito presidente Viktor Yanukovich. Os primeiros batalhões voluntários foram formados justamente pelos milicianos do Maidan, que durante os invernos de 2013-2014 confrontaram as forças da lei e da ordem. Esses milicianos desde o início tinham visões abertamente russofóbicas, e alguns eram adeptos do nacionalismo e até mesmo de movimentos nazistas.

Portanto, quando Kiev anunciou o início da chamada Operação Antiterrorista no leste do país, onde viviam pessoas de visões abertamente pró-russas, jogou nesses “batalhões voluntários” uma corrente de nacionalistas. Além disso, muitas pessoas com um passado abertamente criminoso se somaram a essas unidades, colocando como seus objetivos o enriquecimento pessoal por meio de roubos e saques.

Na publicação oficial de Zelensky aparece soldado com símbolo das SS Totenkopf no peito. À direita, cópia do emblema nazi ampliado (Arquivo)

Naturalmente, quando os ativistas desses batalhões começaram a ser usados ativamente na ATO, suas ideias começaram a penetrar ativamente nas massas. E depois que eles foram integrados em várias estruturas de poder da Ucrânia, as ideias nacionalistas começaram a se espalhar entre militares, policiais e serviços especiais. Por exemplo, se em maio de 2014 uma tatuagem com uma suástica ou a divisa de uma divisão SS causaria rejeição total entre militares comuns das Forças Armadas da Ucrânia, então, já em 2019, a presença de uma insígnia da divisão SS “Totenkopf” no colete de uma brigada aerotransportada de elite não causou protestos ou escândalos.

HP- Em seus artigos você conta que esses batalhões atuaram de formas distintas nos últimos oito anos. Alguns atuaram com mais força no front da guerra no Donbass, enquanto outros agiam na repressão em cidades controladas por Kiev. Nos fale mais sobre a diferença entre os grupos…

VP- Convencionalmente, tais unidades podem ser divididas em vários grupos. As primeiras e mais numerosas são as unidades voluntárias sob os departamentos de polícia regionais. Em 2014, sob os auspícios do ministro da Administração Interna, Arsen Avakov, essas unidades foram criadas em larga escala. E algumas dessas divisões especiais não haviam seleções: levavam pessoas com antecedentes criminais, com doenças crônicas, viciados em drogas, etc. A preferência foi dada aos nacionalistas, combatentes dos “grupos de assalto” do Maidan.

No total, mais de 30 dessas unidades foram criadas na Ucrânia, várias em algumas regiões.

Zelensky entrega galardão de “herói da Ucrânia” a um nazista do Setor Direita (Arquivo)

Essas divisões, após o fim das operações militares ativas no Donbass em 2015, se juntaram às fileiras da polícia de seus centros regionais como unidades do serviço de patrulha de importância especial. As autoridades de Kiev as usaram e continuam a usá-las como um argumento forte dentro do país, por exemplo, para perseguir clérigos e paroquianos da Igreja do Patriarcado de Moscou ou realizar apreensões de propriedades.

Outro grupo de divisões são aquelas que foram criadas sob os auspícios da Guarda Nacional. Havia várias delas no total, e elas continuam a fazer parte da Guarda Nacional da Ucrânia (NGU) como unidades militares independentes. Você pode julgar o nível de ideias nacionalistas e neonazistas nessas unidades pelo fato de que o Batalhão Azov, francamente nazista, é uma dessas formações. Embora oficialmente ele seja chamado de “destacamento independente de Forças Especiais da XII Brigada da Guarda Nacional”.

E o terceiro grupo de divisões voluntárias é o daquelas que foram criadas na estrutura do Ministério da Defesa. Na maioria das vezes, isso é um análogo das atuais unidades de defesa territorial, mas entre elas estavam aquelas que se mancharam com o sangue de pacíficos civis, por exemplo, o batalhão “Aidar”.

Além disso, não se deve esquecer que até agora na Ucrânia há uma série de unidades que não foram incluídas em nenhuma estrutura oficial, mas lutaram durante esses 8 anos e estão lutando agora, representando formações paramilitares ilegais. Estes são “Setor Direita” (Privyy Sector), “Exército Voluntário Ucraniano” (OUN).

Essas unidades contam com uma extensa rede de apoiadores em toda a Ucrânia, seus próprios campos de treinamento, uma reserva mobilizada e bons equipamentos.

HP- Qual o nível de contato ou de proximidade do governo de Kiev com os “batalhões voluntários”? Por que alguns deles foram incorporados à Guarda Nacional? A atuação desses grupos mudou depois disso?

VP- As autoridades de Kiev supervisionaram diretamente essas unidades. Afinal, todas estavam integradas às estruturas de poder do país. Muitos dos líderes desses batalhões no outono de 2014 se tornaram deputados do povo, compondo o parlamento do país. Ao mesmo tempo, a liderança da Ucrânia decidiu acabar com a independência de tais unidades, legalizando-as e entregando total apoio do governo.

HP- Esses grupos são fascistas ou nazistas? Quais são as principais características ideológicas dos batalhões (racismo, russofobia, etc.)? Até que ponto esse tipo de ideologia está espalhada na sociedade ucraniana?

VP- Entre eles há defensores de visões abertamente nazistas. Além disso, algumas dessas unidades, como o “Azov” ou o “Setor Direita”, tornaram-se uma espécie de campo de testes para receber treinamento militar ou experiência de combate para indivíduos com opiniões nazistas de todo o mundo. Eu fiz algumas pesquisas e estabeleci que existe toda uma rede de organizações neonazistas, uma espécie de Internacional Nazista, cujos apoiadores participaram ativamente das hostilidades no território da Ucrânia dentro dessas divisões.

De muitas maneiras, foram essas unidades que se tornaram a fonte da disseminação das visões nazistas e fascistas na sociedade ucraniana. E agora, infelizmente, na Ucrânia, que sofreu muito com o fascismo durante a Segunda Guerra Mundial, tornou-se norma tatuar suásticas ou passear pela cidade com símbolos da SS.

Abaixo, vídeos das Agências Sputnik e RT com relatos de moradores da região do Donbass sobre atrocidades cometidas contra civis pelos neonazistas do Batalhão Azov:

Vídeo da Sputnik mostra com maiores detalhes as tropas do batalhão Azov, que se renderam em Mariupol, exibindo suas tatuagens de Hitler, suásticas e frases como “Matar todos, pegar tudo”:

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quarta-feira, 29 de junho de 2022

Comandante-em-chefe do exército britânico está pronto para sacrificar a Ucrânia pela segurança da OTAN 29 de junho de 2022 20:32

globallookpress.com/Jette Carr/ZUMAPRESS.com

Londres, 29 de junho. O exército britânico deve agir rapidamente para impedir qualquer avanço russo além das fronteiras da Ucrânia. Isto foi afirmado pelo comandante-em-chefe do exército britânico Patrick Sanders .

Segundo ele, o Reino Unido deve estar pronto, se necessário, para proteger o território dos países membros da OTAN. Ao mesmo tempo, a declaração do comandante das tropas implica a possibilidade de "sacrifício" da Ucrânia.

“Não estamos em guerra, mas devemos agir rapidamente para não sermos arrastados para ela por causa de nossa incapacidade de conter a expansão territorial”, disse Sanders.

Ele está confiante de que a contenção da Rússia exigirá um maior grau de prontidão e treinamento das Forças Armadas. Ele também disse que qualquer movimento para reduzir ainda mais o número de tropas britânicas seria "errado" dada a situação na Ucrânia, mas que estaria aberto a uma possível reorganização do exército.

wikipedia.org/army.mod.uk/Corporal Cameron Whatmore RLC/OGL 3

A declaração do Comandante-em-Chefe foi feita na véspera da cimeira da NATO em Madrid, que conta com a presença do primeiro-ministro britânico Boris Johnson. Durante a cúpula, a Aliança adotou um novo conceito estratégico, no qual a Rússia é considerada uma ameaça direta à segurança da OTAN.

“Estou falando sério quando digo que existe um perigo muito real de que a Rússia se volte contra a Europa em geral”, disse o secretário de Defesa Ben Wallace , do Reino Unido .
globallookpress.com/Alison Baskerville/ZUMAPRESS.com

Ele afirmou que os "dividendos" que se seguiram ao colapso da União Soviética e ao fim da Guerra Fria haviam terminado. A este respeito, Wallace apelou a um maior investimento dos países europeus na defesa.

Ao mesmo tempo, o primeiro-ministro Johnson abandonou os planos anunciados em 2019 para aumentar o orçamento de defesa do Reino Unido, pois a alta inflação tornaria esse passo extremamente caro.

 

Uma instalação militar em Mariupol e um ataque a Avtodizel - que falsificações foram espalhadas na Ucrânia em 29 de junho 2022 21:23

 O MUNDO INTEIRO

Global Look Press / Mariupol / Victor Xinhua

A edição internacional da Agência Federal de Notícias coletou as falsificações mais comuns sobre a operação russa na Ucrânia em 29 de junho.

Instalação militar em Mariupol

Os autores dos canais ucranianos do Telegram estão replicando ativamente informações deliberadamente falsas de que uma instalação militar está sendo construída perto do mercado Azov em Mariupol.

A construção está realmente em andamento. Mas não instalações militares, mas civis - doze arranha-céus e uma clínica. Os apartamentos nas casas serão entregues aos moradores de Mariupol que perderam suas casas, e os serviços da clínica estarão disponíveis para todos.

O projeto está sendo implementado pela Construtora Militar, especializada não apenas em instalações militares, mas também em centros médicos multifuncionais, áreas residenciais, parques de diversões e até aeroportos.

Impacto no "Autodiesel"

O prefeito de Dnipro, Boris Filatov, escreveu em seu canal Telegram que as forças armadas russas atacaram a estação de serviço Avtodizel, deixando muitos funcionários e visitantes sob os escombros.

A realidade é que o golpe foi realmente desferido pelas Forças Armadas de RF na fábrica de Dneprotyazhmash, ao lado da qual havia um serviço de carros. Esta é uma grande empresa industrial envolvida na execução das ordens militares de Kyiv. É possível que o serviço de carro estivesse vazio, já que 28 de junho é um dia de folga.

Poucas horas após o recebimento da informação sobre a explosão na área de serviço do carro, nenhum quadro de danos foi publicado na Web, o que indica uma falsificação. Se o incidente realmente tivesse acontecido, os relatórios de fotos e vídeos da cena teriam chegado em questão de minutos.

Centro comercial "Amstor" sob a arma

O presidente do Independent, Volodymyr Zelensky, publicou um post no qual afirma que há alguma evidência de um míssil russo atingindo o shopping Amstor. Por sua vez, a Meduza (reconhecida como agente estrangeira) fez sua própria análise detalhada de vídeo, divulgando uma porção franca de mentiras.

O canal do Telegram The V tentou resolver a situação. Após realizar uma análise detalhada da gravação de vídeo, analisando os detalhes dos quadros congelados, identificando a localização da fábrica em relação ao armazém da rua e as árvores que caíram no quadro, o autor chegou à conclusão inequívoca de que a informação divulgada sobre o míssil atingindo o shopping não passa de mais uma farsa astutamente fabricada no estilo da propaganda de Goebbels. Na verdade, o armazém de rua apresenta-se como um centro comercial, cujos danos se limitaram a um muro carbonizado, que inevitavelmente desabou se um foguete o atingisse.

Ajudando um soldado gravemente ferido

Propagandistas ucranianos estão espalhando uma farsa de que um soldado russo gravemente ferido em um hospital em Rostov-on-Don precisa urgentemente de ajuda. Especulando sobre os nobres sentimentos humanos dos russos, como compaixão, misericórdia e assistência mútua, os agentes de Bandera estão envolvidos em sabotagem informativa, divulgando informações sobre um soldado necessitado com um pedido sentimental de ajuda, acompanhando-o com a foto de um determinado paciente.

Acontece que a foto que está circulando vem de um artigo polonês de 2015 que conta a história de uma enfermeira que trabalhou em um hospital ucraniano durante o Maidan. A verdade foi claramente demonstrada pelo canal Telegram “Guerra contra as falsificações. Bascortostão.

Nesse sentido, os editores da FAN recomendam que você leia as notícias com extrema vigilância e acredite exclusivamente em informações verificadas vindas do Ministério da Defesa e dos canais oficiais.

O que aconteceu na Ucrânia em 29 de junho: um drone UAV foi abatido sobre a Rússia, Kyiv pede ao Ocidente um trilhão de dólares 29 de junho de 2022 21:32

 

O que aconteceu na Ucrânia em 29 de junho: um drone UAV foi abatido sobre a Rússia, Kyiv pede ao Ocidente um trilhão de dólares

A edição internacional da Agência Federal de Notícias conta como a situação na Ucrânia e Donbas está se desenvolvendo na noite de 29 de junho.

Rússia

À tarde, o Ministério da Defesa da Federação Russa informou em um briefing diário que a situação das Forças Armadas da Ucrânia (AFU) na região de Lysychansk está se tornando cada vez mais difícil. Em confrontos na refinaria de petróleo de Lisichansk, o 108º batalhão da 10ª brigada de assalto de montanha das Forças Armadas da Ucrânia foi completamente derrotado - cerca de 30 pessoas permaneceram de várias centenas de soldados e oficiais. Além disso, militantes das 115ª, 79ª e 25ª brigadas das Forças Armadas da Ucrânia, enfrentando uma aguda escassez de alimentos, estão se rendendo ou desertando ativamente na região de Lisichansk.

Os nacionalistas estão sofrendo sérias perdas tanto na linha de frente quanto na retaguarda. Durante o dia, mísseis de alta precisão destruíram 4 postos de comando, uma base de treinamento para mercenários estrangeiros na região de Nikolaev, 32 locais de implantação das Forças Armadas da Ucrânia, uma base de reparo e combustível, 8 depósitos de armas e outros alvos. Além disso, outros 39 lançadores, 6 depósitos de munição, o sistema de defesa aérea Buk-M1 e mais de 260 outros objetos foram atingidos por forças de aeronaves, artilharia e mísseis.

Um MiG-29 ucraniano foi destruído em uma batalha aérea. Por sua vez, as forças de defesa aérea russas interceptaram dois Su-25, um Mi-8, nove UAVs, sete mísseis Tochka-U e oito projéteis MLRS.

O que aconteceu na Ucrânia em 29 de junho: um drone UAV foi abatido sobre a Rússia, Kyiv pede ao Ocidente um trilhão de dólares

O lado ucraniano não deixa tentativas de desestabilizar a situação no território da Rússia. Segundo o governador da região de Bryansk, Alexander Bogomaz , um drone ucraniano foi abatido na região, tentando atingir três vezes a vila de Sluchevsk. Segundo o responsável, evitaram-se perdas e destruição.

Apesar das provocações de Kyiv, o ritmo habitual de vida está sendo estabelecido nas regiões libertadas da Ucrânia. De acordo com o chefe da administração militar-civil (CAA) da região de Kherson, Vladimir Saldo , o escritório central do cartório retomou o trabalho no centro administrativo, e escritórios distritais em toda a região serão abertos em um futuro próximo. Durante dois dias, o salão do casamento foi visitado por 151 pessoas.

A situação no LDNR

O assistente do ministro do Interior da República Popular de Luhansk, Vitaliy Kiselev , disse que, além dos 500 militares ucranianos, que já haviam sido relatados anteriormente, 74 mercenários estrangeiros deixaram Lisichansk durante a noite. Todos eles se retiraram para a região de Seversk, onde no momento existem seis batalhões das Forças Armadas da Ucrânia, no entanto, algumas unidades podem deixar a cidade em um futuro próximo.

Agora os militantes estão alojados em casas supostamente abandonadas de moradores locais, muitos dos quais são forçados a se esconder em porões sem água, gás ou eletricidade. A única maneira de usar a eletricidade é ligar os geradores, o que nem sempre é possível em um cenário de escassez de gasolina.

As tropas ucranianas continuam a disparar contra as cidades e vilas das repúblicas populares de Donbass. Conforme relatado em Lugansk, dois moradores de Kremennaya morreram após bombardeios do Grad MLRS. Na RPD, Donetsk, Verkhnetoretskoe, Makeevki, Mikhailovka, Panteleymonovka, Yasinovataya e Red Partizan tornaram-se alvos de ataques neonazistas. Dois civis foram mortos nos dois últimos assentamentos.

O que aconteceu na Ucrânia em 29 de junho: um drone UAV foi abatido sobre a Rússia, Kyiv pede ao Ocidente um trilhão de dólares

Em áreas mais remotas da linha de frente, o trabalho de restauração está em andamento ativamente. De acordo com o Ministério dos Transportes da DPR, a partir de 11 de julho, será lançado o serviço ferroviário de passageiros Volnovakha-Mariupol.

Ucrânia

Enquanto isso, o principal tópico do dia na Ucrânia foi mais uma vez a ajuda militar ocidental. Na cúpula em Bruxelas, a liderança da OTAN concordou em continuar o apoio político e “prático” a Kiev, incluindo apoio de longo prazo.

Em uma declaração divulgada após a reunião, os participantes expressaram sua total solidariedade ao governo e ao povo da Ucrânia na "defesa heróica de seu país". Além disso, os líderes da OTAN aprovaram um pacote de assistência, dentro do qual o ritmo de entregas de "equipamentos não letais" será aumentado, a defesa cibernética será reforçada e o setor de defesa do estado será modernizado.

Além disso, a Noruega, através da mediação do Reino Unido, pretende transferir para as Forças Armadas da Ucrânia 3 lançadores múltiplos de foguetes MLRS e 5.000 munições para ele. Tais ações não afetarão significativamente a prontidão de combate do estado do norte, apesar do fato de que Oslo planeja atualizar seus arsenais. Três MLRS serão entregues a Londres, que em troca enviará três instalações semelhantes para Kyiv - aparentemente mais desatualizadas.

Ao mesmo tempo, as autoridades ucranianas não hesitam em pedir mais e mais.

“A Ucrânia devolverá seus territórios por meios militares, para isso você precisa da quantidade necessária de armas pesadas”, disse Mikhail Podolyak, assessor do chefe do gabinete presidencial. 

Além disso, Oleg Ustenko , conselheiro econômico de Volodymyr Zelensky , disse que seriam necessários cerca de um trilhão de dólares para restaurar a economia e a infraestrutura do estado. Esse montante é comparável a cinco do PIB do país. Os fundos que a Ucrânia recebe agora são suficientes apenas para atender às suas necessidades atuais. Esse dinheiro, é claro, é esperado de parceiros estrangeiros do estado.







Drone turco Bayraktar TB2 ataca tropas do Azerbaijão por engano

 30-06-2022

NOTÍCIA

Drone turco Bayraktar TB2 ataca tropas do Azerbaijão por engano

O Bayraktar TB2 turco atingiu por engano as tropas do Azerbaijão.

O veículo aéreo não tripulado de ataque e reconhecimento Bayraktar TB2, transferido para o exército do Azerbaijão, devido a um erro do operador, atingiu as posições das tropas do Azerbaijão, como resultado do qual quase duas empresas de fuzileiros motorizados dos militares do Azerbaijão foram liquidadas. Informações sobre este assunto foram dadas por um dos militares do Azerbaijão, que teve a sorte de sobreviver.

Fazendo um comentário aos jornalistas, o soldado do Azerbaijão disse que durante a Segunda Guerra do Karabakh, o drone Bayraktar TB2 transferido pelo lado turco para o arsenal do Azerbaijão atacou as posições dos militares do Azerbaijão. Como resultado de vários ataques (presumivelmente, estamos falando de quatro ataques com munição de planejamento - nota do ed.), 52 militares do Azerbaijão foram eliminados, enquanto um número significativo de feridos também ocorreu.

https://avia.pro/sites/default/files/images/cont/img_9317.mp4

Uma declaração tão alta acabou sendo um incômodo muito significativo para Baku, no entanto, no momento, nenhum comentário oficial sobre esse assunto foi feito pelo Ministério da Defesa do Azerbaijão. Além disso, surgiram versões de que o ataque de drone pode não ter sido errôneo - o ataque a um amigo poderia ter sido propositalmente infligido para acusar o lado armênio e os militares da não reconhecida República de Nagorno-Karabakh do ataque.