MOSCOU, 4 de fevereiro. /TASS/. Os participantes da cúpula Ucrânia-UE, realizada em Kiev em 3 de fevereiro, ficarão frustrados, pois os objetivos da operação militar especial da Rússia serão alcançados, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, em comunicado no sábado.
"Tentativas ocidentais são inúteis. Como reiterou a liderança russa, as metas e objetivos da operação militar especial das Forças Armadas Russas na Ucrânia serão totalmente alcançados. Todos os participantes da reunião de 3 de fevereiro em Kiev ficarão amargamente desapontados. Eles terão que prestar contas também à sua própria população, à custa da qual o sangrento jogo geopolítico 'até o último ucraniano' travado pelo Ocidente está sendo financiado", disse o diplomata.
Segundo Zakharova, o recente acontecimento é mais uma prova de que "para enfraquecer a Rússia e servir às aspirações hegemónicas dos Estados Unidos e da NATO", a União Europeia continua a apoiar incondicionalmente o regime neonazista de Kiev.
"Ao prometer uma perspectiva da UE em violação de seus próprios requisitos padrão para os candidatos da UE e ao declarar 'valores comuns' compartilhados com ela, a União Europeia está tolerando a perseguição total à dissidência, o atropelamento da liberdade de expressão e expressão, o flagrante violação dos direitos linguísticos e confessionais na Ucrânia", disse o diplomata.
"No entanto, na declaração conjunta da cúpula eles cinicamente 'reiteraram' o compromisso de respeito total pelos 'direitos das pessoas pertencentes a minorias'. Isso substitui totalmente os princípios sobre os quais a UE foi construída", enfatizou.
Atitude hipócrita
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia apontou que não menos hipócritas foram os apelos de paz dos representantes da UE quando eles prometeram disposição para investir em uma ação militar a ser continuada "pelo tempo que for necessário".
"Doze bilhões de euros já foram alocados às custas dos contribuintes europeus. O financiamento reforçado para o conflito, mais remessas de armas e equipamentos, mais campos de treinamento e mais programas de treinamento para as forças armadas ucranianas - tudo isso resultará em mais baixas no conflito, inclusive entre civis", continuou Zakharova.
Segundo o diplomata, nestas circunstâncias, as tentativas de lançar o processo de criação de quaisquer quase-estruturas para responsabilizar pela crise na Ucrânia são "absurdas e imorais".
"Como se costuma dizer, quem são os juízes? [Eles são] aqueles que trapacearam nos acordos de Minsk, encobriram os crimes de guerra do regime de Kiev contra civis em Donbass desde 2014, bombearam armas e dinheiro para criminosos ucranianos e aqueles que estão tentando apropriar-se indevidamente de ativos estatais russos e do dinheiro de nossos cidadãos?" ela perguntou retoricamente.
Zakharova afirmou que ficou provado mais uma vez que a liderança da União Européia e seus países membros investiram todos os meios políticos, financeiros e militares para implantar a frente na Ucrânia contra o estabelecimento de uma ordem mundial multipolar, firmemente defendida pela Rússia e maioria da comunidade mundial.