domingo, 16 de junho de 2013

Decisão da Suprema Corte dos EUA blinda Rumsfeld de processos por torturaAlém do ex-secretário de Defesa de George W. Bush, qualquer oficial militar envolvido na "Guerra ao Terror" fica imune.

Wikicommons
A Suprema Corte dos Estados Unidos rechaçou nesta segunda-feira (10/06) denúncias feitas por cidadãos norte-americanos contra o governo e o ex-secretário de Defesa Donald Rumsfeld por terem sofrido torturas quando foram detidos por forças norte-americanas na invasão ao Iraque em 2006.
A decisão abriu um abrangente precedente jurídico, blindando oficiais militares norte-americanos que ordenaram ou se envolveram em práticas de tortura.

Donald Vance e Nathan Ertel eram funcionários da empresa Shield Group Security, uma empreiteira iraquiana. Ambos apresentaram em 2006 um queixa no FBI sobre irregularidades na companhia, que estaria vendendo armas ilegalmente e trocando com tropas norte-americanas munição por bebidas alcóolicas.

Eles foram detidos, presos e interrogados por funcionários de várias agências norte-americanas por semanas em uma prisão militar em Bagdá. Os dois foram liberados após três meses, sem acusações formais ou explicações. Depois, abriram processo contra o governo federal e Rumsfeld quem, segundo eles, teria ordenado diretamente os interrogatórios.


De acordo com o site Raw Story, o Supremo norte-americano corroborou decisão anterior do Sétimo Circuito de Apelação, que afirmou em 2012 que Rumsfeld não poderia ser processado por ter pessoalmente aprovado técnicas de tortura usadas contra prisioneiros durante a “Guerra ao Terror” levada a cabo na administração de George W. Bush.

Essa decisão foi tão ampla, resenha o Raw Story, que se aplica a todos os oficiais militares, incluindo indivíduos que cometeram tortura. A Suprema Corte norte-americana seguiu o parecer sem emitir comentários ou alterações.

* Com informações do Politico.com e RT News

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