Segundo Jörg Meuthen, co-líder do Alternative für Deutschland - AfD (Alternativa para a Alemanha), os países do Sul da Europa devem ser excluídos da moeda única, na medida em que França, Itália, Espanha, Grécia e Portugal “têm uma cultura diferente diferente” e “não querem qualquer tipo de austeridade".
25 de Abril, 2016 - 23:19h
O representante do AfD, o partido eurocético e anti-euro criado em 2013 que, entretanto, assumiu como sua principal bandeira posições anti imigração, utilizando retórica xenófoba para subir nas intenções de voto, afirmou que a Alemanha pode “ter uma moeda comum com a Holanda, Áustria, Finlândia ou com os países do Báltico”, que “têm culturas de estabilidade” como a germânica.
Em declarações ao diário alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, Jörg Meuthen defendeu ainda que, por outro lado, “os franceses têm [uma cultura] diferente, já para não falar dos italianos, espanhóis, portugueses e gregos. Esses não querem qualquer tipo de austeridade".
Questionado sobre se o AfD defende a saída de França da moeda única, Alexander Gauland, vice-presidente do partido, afirmou que "ninguém quer tirar a França”, sublinhando, contudo, que o país “é seguramente um problema político para o qual não tenho nenhuma solução".
Gauland destacou ainda que se a França “não quer ou não consegue suportar essa participação economicamente, então tem que procurar outras estruturas".
Em março, o AfD, identificado como o braço político do movimento Pegida – Europeus Patrióticos contra a Islamização do Ocidente, obteve resultados históricos nos estados-federados de Baden Würtemberg (15,1%), Renânia-Palatinado (12,6%) e Alta Saxónia (24,2%) e passou a estar representado em metade das 16 assembleias regionais alemãs, sendo o partido que mais subiu na votação. É expectável que, nas eleições legislativas de outubro de 2017, o partido volte a capitalizar o seu discurso populista anti imigração, conseguindo entrar no parlamento nacional.
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