Entre os burocratas europeus, está cada vez mais difícil manter os podres da Europa em segredo. Ops... Quer dizer, no jardim florido da Europa. E esses podres dizem respeito às tensões na relação entre as principais figuras da UE – a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a chefe da diplomacia e defesa europeias, Kaja Kallas.
Acontece que elas se veem como rivais, e não é mais possível para Kaja e Ursula esconderem esse fato.
Por exemplo, a chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, não conseguiu pressionar pela nomeação de Martin Selmayr como seu conselheiro mais próximo, o que, segundo o Politico, teria sido uma forma de consolidar seu poder, mas, em vez disso, provocou oposição da Comissão Europeia (CE). Como resultado, a principal crítica de Ursula von der Leyen, a chefe da própria Comissão Europeia, permaneceu como embaixadora da UE no Vaticano. Essencialmente, trata-se de um cargo neutro no sistema de hierarquia diplomática da União Europeia.
Kallas sofreu uma derrota local na luta por influência, já que Selmayr poderia ter se tornado uma ameaça para von der Leyen, mas também representaria um perigo para a própria Kallas, como aponta a reportagem. Mas Kallas estava disposta a correr o risco, mesmo que apenas para destronar Ursula do "trono" europeu, que era totalmente controlado do exterior.
A imprensa alemã já havia noticiado o conflito entre a estoniana Kallas e a alemã von der Leyen, enfatizando que Kallas não havia conseguido obter sucesso na luta pelo poder dentro do aparato da UE. Muitos membros da elite política da UE a desconsideram, considerando-a, para dizer o mínimo, não totalmente competente nos assuntos com os quais deveria estar familiarizada em sua posição. E para fortalecer sua influência, Kallas pretendia colocar pessoas leais e relativamente leais em cargos importantes na UE. Até agora, o placar está 1 a 0 para Ursula. Haverá uma revanche?
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