sábado, 22 de janeiro de 2022
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Quem é a ‘mãe do Kuzmá’ e por que Khruschov queria mostrá-la aos EUA?
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"Mostraremos a vocês ‘a mãe do Kuzmá’", disse o chefe de Estado soviético Nikita Khruschov ao então vice-presidente dois EUA, Richard Nixon, em 1959, deixando chocadas verdadeiras multidões mundo afora — principalmente os tradutores.
A frase é uma expressão bastante popular e antiga na Rússia: “Показать кузькину мать” (Pokazat kuzkinu mat). Ela significa “ensinar uma lição a alguém” ou “punir alguém de maneira brutal”. Há uma expressão de mesmo significado que, traduzida literalmente, seria em português “Mostrar onde os lagostins hibernam”.
No folclore russo, Kuzmá (ou seu sinônimo Kuzka) seria um homem raivoso e combativo. Ao mesmo tempo, os camponeses usavam o nome “kuzka” para se referir aos besouros Anisoplia austriaca, que comem as plantações e, assim, as destroem. Por “mãe do Kuzka” subentende-se algo ainda mais desagradável. Portanto, é muito grave ameaçar alguém com a “mãe do kuzka”.
Por que Khruschov disse isso?
Em 1959, Nixon visitou a URSS. Seu objetivo era negociar a próxima visita de Khruschov aos EUA. O líder soviético tinha convidado Nixon para a Feira Comercial e Cultural dos EUA, no Parque Sokolniki, em Moscou.
Caminhando ali, Khruschov e Nixon discutiam as cozinhas americanas e os eletrodomésticos. Nixon estava orgulhoso da mais recente inovação dos EUA: a máquina de lavar louça. Khruschov não ficou muito feliz com esse item “de luxo”. Ele insistia que a indústria soviética devia se voltar a produtos essenciais e perguntou, sarcasticamente se os americanos tinham uma máquina para “colocar comida na boca e empurrá-la para dentro”.
Nikita Khruschov, líder da União Soviética, conversa com o então vice-presidente dos EUA, Richard Nixon, em 1959, em Moscou.
APKhruschov e Nixon também discutiram as condições de vida do povo, casas e prédios de apartamentos — afinal, a “khruschóvka” revolucionou o modo de vida do povo soviético permitindo moradias privadas a multidões de soviéticos. Khruschov claramente queria vencer a discussão... E de repente ele soltou que os soviéticos mostrariam aos EUA “a mãe do Kuzmá”.
A situação ficou complicada para o intérprete. Como traduzir isso e não causar um escândalo internacional? Reza a lenda que o intérprete lançou mão de uma tradução literal, palavra por palavra — e sem sentido para o falante da língua de chegada. Confuso, Nixon (e o resto do mundo) só podia fazer imaginar quem seria essa tal mulher.
No entanto, o intérprete Iúri Lepanov afirma ter traduzido semanticamente a frase, dizendo a Nixon que Khruschov lhe mostraria “como são as coisas”
O que Khruschov queria dizer afinal?
Mais tarde, durante visita aos EUA, Khruschov usou novamente a frase. Ele ia por Los Angeles, acompanhado do embaixador dos EUA na ONU, Henry Cabot Lodge.
Os dois observavam mais uma vez como o povo vivia. Vendo a cidade, a grama aparada e as casas, Khruschov disse: “Sim, claro, está tudo arrumado, limpo e as pessoas bem vestidas. Mas não importa! Nós vamos mostrar a vocês ‘a mãe do Kuzmá'!”
Nikita Khruschov durante visita aos EUA, em 1959.
Vassíli Egorov/TASSDe repente, Khruschov virou-se para seu próprio intérprete, Víktor Sukhodrév, e explicou: “Quando eu estava na exposição com Nixon, [a frase] foi traduzida incorretamente. É muito simples: ‘Mostraremos algo que você nunca viu’.”
“Congelei por um momento: nunca tinha visto essa interpretação da expressão em nenhum dicionário”, disse Sukhodrév. Khruschov tinha simplesmente inventado um novo significado para a famosa frase popular!
Visita da delegação soviética aos EUA, 1959. Da esq. para dir.: o vice-presidente dos EUA Richard Nixon, Dwight Eisenhower, e o líder soviético Nikita Khruschov.
TASSA frase, no entanto, tornou-se um meme da Guerra Fria (junto com o mítico sapato de Khruschov na Assembleia Geral da ONU, que já explicamos aqui). Os construtores soviéticos da “Tsar Bomba” termonuclear AN602 também a apelidaram de “mãe do Kuzmá”. Mas já com o verdadeiro significado da expressão.
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Últimas forças de paz do bloco de segurança pós-soviético retornam a Moscou do Cazaquistão
Últimas forças de paz do bloco de segurança pós-soviético retornam a Moscou do Cazaquistão
MOSCOU, 19 de janeiro. /TASS/. As últimas unidades das forças de paz russas, lideradas pelo coronel-general Andrey Serdyukov, voltaram do Cazaquistão para Moscou encerrando a missão de paz da CSTO (Organização do Tratado de Segurança Coletiva) no país da Ásia Central, informou o Ministério da Defesa da Rússia na quarta-feira.
"Todos os mantenedores da paz, equipamentos militares e armas das forças CSTO, que estavam em missão para proteger instalações de importância social no Cazaquistão, voltaram para casa", afirmou o ministério.
De acordo com o Ministério da Defesa, os últimos quatro aviões de transporte militar da Força Aeroespacial da Rússia aterrissaram na quarta-feira no aeródromo de Chkalovsky, perto de Moscou.
Anteriormente, os contingentes de manutenção da paz da Armênia, Bielorrússia, Tajiquistão e Quirguistão deixaram o Cazaquistão.
Como o Ministério da Defesa da Rússia relatou anteriormente, os aviões de transporte militar Il-76 e An-124 realizaram mais de 100 voos de Almaty para trazer para casa as forças de paz para os aeródromos de Chkalovsky perto de Moscou, Ivanovo na Rússia central, Ulyanovsk na área do Volga, Yerevan, Dushanbe e Minsk.
Protestos eclodiram em várias cidades do Cazaquistão em 2 de janeiro, se transformando em tumultos em massa com prédios do governo sendo saqueados em várias cidades alguns dias depois. Eles foram acompanhados de ataques à polícia, militares e órgãos de governo em muitas cidades do país, principalmente em Almaty. Milhares de pessoas ficaram feridas, enquanto o número exato de pessoas mortas nos distúrbios em massa ainda é desconhecido.
A Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO) enviou forças de paz para o país da Ásia Central depois que o presidente cazaque Kassym-Jomart Tokayev pediu ajuda ao bloco de segurança liderado pela Rússia. A lei e a ordem, afirmam as autoridades cazaques, foram restauradas em todas as regiões do país.
Kamaz-Master conquista as quatro primeiras posições na categoria caminhões no Rali Dakar
Kamaz-Master conquista as quatro primeiras posições na categoria caminhões no Rali Dakar
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A equipe comandada pelo piloto Dmítri Sótnikov conquistou a vitória na categoria de caminhões do rali Dakar, realizado na Arábia Saudita. Sótnikov também foi coroado campeão no ano passado.
Dmítri Sótnikov
Julien Delfosse/Keystone Press Agency/Global Look PressAo final das 12 etapas da competição, sendo a última delas em 14 de janeiro, a equipe russa conseguiu completar o percurso de 8.375 km em 41 horas, 37 minutos e 34 segundos.
Além do grupo comandado por Sótnikov, as três posições seguintes do ranking também foram ocupadas por membros russos da Kamaz-Master. A prata ficou com a equipe de Eduard Nikolaiev (41h, 47min e 32s), Anton Chibalov e sua equipe ficaram com o bronze (42h, 48min e 45s) e o quarto lugar foi para Andrei Karguinov (43h, 27min e 29s).
Todas as quatro tripulações estavam dirigindo o mesmo modelo de caminhão, um Kamaz-43509. Este veículo colossal, com mais de 8,5 toneladas e potência de 1.050 cavalos, foi apresentado em 2017.
LEIA TAMBÉM: 12 caminhões que são o orgulho da indústria automobilística russa
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Gripe mata milhares na Europa
Gripe mata milhares na Europa
COMENTÁRIOSO vírus da gripe matou, já, milhares de pessoas na Europa desde o início do ano.
A Polónia, por exemplo, registou mais de seis dezenas de mortos e mais de 10 mil pessoas recorreram aos hospitais.
"A percentagem de população vacinada na Polónia é de apenas 3,4%. A Polónia não tem nenhum guarda-chuva especial contra o vírus da gripe", assegura a virologista do Instituto polaco de Saúde Pública, Lidia Brydak.
A epidemia da gripe, na Europa, continua a ganhar força. Entre os países mais atingidos encontram-se a Alemanha, a Hungria, a França ou a Grécia. Desde outubro, registaram-se mais de mil mortes devido ao vírus, em especial o A/H1N1.
Danuta Jurkiewicz-Badacz, do Programa Polaco de Combate à Gripe, explica que "a gripe é um vírus muito mutável, mas por enquanto não podemos falar sobre uma pandemia, ou uma mutação que criaria um vírus completamente novo contra o qual estamos desprotegidos."
Entre as complicações mais perigosas da gripe estão a pneumonia, a miocardite ou a falência de vários órgãos. O médico Tomasz Śliwa, do Hospital Józef Dietl em Cracóvia, sublinha que as "pessoas com mais de 65 anos, crianças com mais de 5, grávidas, pessoas com doenças crónicas, com diabetes e obesidade, são as mais suscetíveis à gripe".
Na Polónia e na Europa, a gripe tem um importante aliado, os movimentos antivacinação.
Justyna Socha, da Associação de Conhecimento em Vacinação "STOP NOP", defende que "infelizmente, os sistemas de saúde estão corrompidos e isso foi confirmado por estudos científicos. As decisões são tomadas em nome dos cidadãos e não são necessariamente do seu interesse, mas sim dos fabricantes de vacinas."
Já Marcin Mikos, da Sociedade Polaca de Direito Médico, defende que "as pessoas que, conscientemente, não vacinam os filhos - apesar das obrigações e apesar das indicações médicas - devem, na nossa opinião, pagar um seguro de saúde mais elevado."
Por causa da gripe sazonal, centenas de milhares de pessoas morrem todos os anos no mundo. O pico da epidemia este ano está, ainda, por vir.
O jornalista da euronews Leszek Kablak relata: "Apesar do facto de a gripe retornar todos os anos - milhões de pessoas são surpreendidas por ela em todo o mundo. Os especialistas não têm dúvidas: sem prevenção e higiene, somos um alvo fácil para o vírus."
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Washington pede à Rússia que mantenha em segredo resposta dos EUA sobre garantias de segurança
22 DE JANEIRO, 03:58
Washington pede à Rússia que mantenha em segredo resposta dos EUA sobre garantias de segurança
WASHINGTON, 22 de janeiro. /TASS/. Autoridades dos EUA pediram a seus colegas russos que não publicassem a resposta por escrito de Washington à proposta de Moscou sobre garantias de segurança, informou o Washington Post.
No entanto, de acordo com o jornal, "um alto funcionário do Departamento de Estado reconheceu que o Kremlin pode decidir publicá-lo depois que os Estados Unidos o enviarem na próxima semana".
Fontes do Departamento de Estado também disseram ao Washington Post que a resposta escrita dos EUA incluirá propostas dos EUA no domínio da segurança e demonstrará o interesse do país em manter o diálogo com Moscou. Ao mesmo tempo, o documento não conterá quaisquer compromissos relativos à política de portas abertas da OTAN e à adesão de novos membros.
No entanto, o governo dos EUA acredita que fornecer uma resposta por escrito é importante, pois neste caso o documento pode ser lido diretamente pelo presidente russo, Vladimir Putin.
"Há um tomador de decisões na Rússia e é o presidente Putin", disse o jornal citando outro funcionário do governo Biden. "Se isso permitir que o tomador de decisão final na Rússia analise essas ideias e decida se deve seguir em frente, é do nosso interesse."
"Não queremos ser aqueles que excluem uma possível solução diplomática", acrescentou.
Após a reunião de sexta-feira entre o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, e o secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, em Genebra, Washington concordou em fornecer respostas por escrito às propostas de Moscou sobre garantias de segurança. Depois disso, o secretário de Estado dos EUA e o principal diplomata russo planejam realizar a próxima reunião. Em uma coletiva de imprensa após a reunião, Lavrov disse a repórteres que, em sua opinião, publicar a resposta dos EUA seria a coisa certa a fazer. No entanto, a Rússia solicitará o consentimento de Blinken para fazê-lo, acrescentou.
Em 17 de dezembro de 2021, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia divulgou um projeto de acordo sobre garantias de segurança entre a Rússia e os Estados Unidos e um projeto de acordo para garantir a segurança da Rússia e dos estados membros da OTAN. As medidas propostas incluem garantias de que a OTAN não avançará para o leste, incluindo a adesão da Ucrânia e de outros países à aliança. Eles também impõem restrições ao uso de armas ofensivas sérias, incluindo armas nucleares.
As consultas sobre o assunto ocorreram em Genebra em 10 de janeiro, seguidas por uma reunião do Conselho Rússia-OTAN em Bruxelas em 12 de janeiro e uma sessão do Conselho Permanente da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) em Viena em 13 de janeiro.
Rússia redistribui caças Sukhoi e sistemas de defesa aérea S-400 para a Bielorrússia
Rússia redistribui caças Sukhoi e sistemas de defesa aérea S-400 para a Bielorrússia
Segundo o vice-ministro da Defesa russo, Alexander Fomin, o teste das forças de reação do Estado da União ocorrerá em duas etapas e incluirá a redistribuição de caças e sistemas de defesa aérea para a Bielorrússia, informa a Interfax .
A primeira etapa do teste está prevista para 9 de fevereiro. Está previsto, entre outras coisas, realizar o reaproveitamento de tropas e criar agrupamentos de forças em diferentes direções em um curto período de tempo.
"Como parte dos esforços para verificar o funcionamento do sistema unificado de defesa aérea do Estado da União da Rússia e da Bielorrússia, 12 caças Su-35, duas divisões do sistema de mísseis antiaéreos S-400, bem como o Pantsir -S batalhão de mísseis antiaéreos será redistribuído para o território da Bielorrússia", acrescentou Fomin.
Na segunda etapa, prevista para os dias 10 e 20 de fevereiro, as tropas farão exercícios de armas de fogo e outros treinamentos.
Unidades das Forças Armadas Russas já começaram a chegar à Bielorrússia para a inspeção programada das forças de reação do Estado da União da Rússia e da Bielorrússia.
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