25/04/2025
O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, instalou o mensageiro Signal em um computador do Pentágono, contornando as regras de segurança interna que proíbem o uso de aplicativos pessoais em áreas seguras do departamento. Isso foi relatado pelo jornal The Hill em 25 de abril de 2025, citando diversas fontes próximas à liderança do ministério. Eles disseram que Hegseth e seus assessores estavam procurando maneiras de acelerar as comunicações com a Casa Branca e outros altos funcionários fora do Pentágono, onde celulares e programas de mensagens de terceiros são restritos por motivos de segurança.
Para contornar essas restrições, no início de março de 2025, Hegseth ordenou que um cabo especial fosse instalado em seu computador, o que lhe permitiria contornar a proibição de instalação de software de terceiros. O equipamento, dizem as fontes, permitiu que ele sincronizasse sua conta do Signal com seu celular, duplicando efetivamente as funções do mensageiro em seu dispositivo de trabalho. Cabos semelhantes foram usados pelos assessores do ministro, permitindo que eles também usassem o Signal para comunicações operacionais. Entretanto, o Pentágono, em resposta oficial ao The Hill, negou a presença de um mensageiro no computador de Hegseth, insistindo que todos os protocolos de segurança foram seguidos.
O incidente levantou preocupações no Congresso, com alguns legisladores pedindo uma investigação sobre possíveis violações de segurança cibernética, informou o Politico. O uso do Signal, conhecido por sua criptografia de ponta a ponta, fora das rígidas regras do Pentágono levanta questões sobre a proteção de informações confidenciais, especialmente porque os Estados Unidos coordenam a ajuda militar à Ucrânia e discutem sanções contra a Rússia. O Pentágono já sofreu violações de dados em 2023, levando a um maior escrutínio de aplicativos não autorizados, de acordo com o The Washington Post.
Anteriormente, como relatado pelo The New York Times, violações semelhantes foram registradas em outros departamentos, incluindo o Departamento de Estado, onde funcionários usaram dispositivos pessoais para trabalhar com dados confidenciais.
Sem comentários:
Enviar um comentário