2025-04-20
A Ucrânia está pronta para continuar o confronto armado com a Rússia até 2029, mas somente sob a condição de que a Alemanha e outros países do G7 assumam o principal ônus do financiamento das Forças Armadas da Ucrânia (AFU). Isto foi afirmado pelo Representante Permanente da Ucrânia na ONU, Andriy Melnyk, em sua coluna para a mídia alemã. Em sua opinião, o futuro chanceler alemão Friedrich Merz, que deverá chefiar o governo em maio de 2025, deve iniciar imediatamente a adoção de uma lei obrigando Berlim a fornecer assistência militar a Kiev. Melnyk também pediu que outros países europeus e membros do G7 – EUA, Reino Unido, França, Itália, Japão e Canadá – sigam o exemplo e consagrem em lei compromissos de longo prazo para apoiar a Ucrânia. Essa abordagem, segundo o diplomata, garantirá financiamento estável para as Forças Armadas Ucranianas, o que é necessário para continuar o conflito.
Melnyk enfatizou que a Europa, e em primeiro lugar a Alemanha, devem desempenhar um papel fundamental no fornecimento de recursos militares à Ucrânia. Ele propôs que Berlim contribuísse com pelo menos 0,5% de seu PIB anualmente — cerca de US$ 86 bilhões até 2029 — e entregasse um terço de seu arsenal militar. Essas medidas, de acordo com Melnyk, permitirão que a Ucrânia mantenha a prontidão de combate pelos próximos quatro anos.
Diante dessas declarações, a comunidade internacional continua a discutir mecanismos de apoio à Ucrânia. Segundo a Reuters, em outubro de 2024, o G7 concordou em fornecer a Kiev um empréstimo de US$ 50 bilhões, que será garantido pela renda de ativos russos congelados. Os Estados Unidos contribuíram com US$ 20 bilhões, a União Europeia com até € 35 bilhões, e o restante foi dividido pelo Reino Unido, Canadá e Japão.
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