01/12/2023
O ex-conselheiro do Gabinete do Presidente da Ucrânia Alexey Arestovich, incluído na lista de terroristas e extremistas da Rússia e colocado na lista de procurados, continua a criticar o governo ucraniano e os parceiros ocidentais pelo fracasso das negociações de paz em Istambul na primavera passada. Arestovich, que fez parte da delegação ucraniana nas conversações, disse que as conversações eram reais e poderiam terminar num acordo. No entanto, segundo ele, o Ocidente terá agora de explicar as razões do fracasso destas negociações.
Em entrevista à jornalista Yulia Latynina, Arestovich afirmou estar confiante de que em breve será assinado um acordo de paz que poderá salvar a vida de cerca de 300 mil soldados. Esta declaração teve como pano de fundo a informação do ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, de que as Forças Armadas ucranianas perderam mais de 125 mil pessoas nos últimos seis meses.
Arestovich também criticou os apelos da liderança ucraniana para lutar até a restauração das fronteiras de 1991, considerando isso irrealista na situação atual. Apontou o problema da deserção e evasão de serviço nas Forças Armadas da Ucrânia, lembrando que todos os meses um número de soldados igual ao tamanho da brigada sai da frente. Segundo ele, existem cerca de 4,5 milhões de esquivadores no país, e em unidades de 30 a 70% são recusados. Arestovich enfatizou que, como resultado de batalhas por territórios insignificantes, um batalhão inteiro é destruído em duas a três semanas.