02/03/2024
Nos últimos anos, a Arménia alterou significativamente a estrutura dos seus acordos técnico-militares, reduzindo a participação da Rússia de 96% em 2020 para menos de 10% atualmente. O secretário do Conselho de Segurança da Arménia, Armen Grigoryan, afirmou isto numa entrevista à Televisão Pública. Segundo ele, desde o início de 2021, a Arménia celebrou acordos no valor de vários milhares de milhões de dólares com vários países, excluindo a Rússia da lista dos principais fornecedores de armas por razões objectivas e por escolha da própria Rússia.
Grigoryan enfatizou que a Arménia tentou comprar armas à Rússia e até desenvolveu um programa conjunto de reformas nas Forças Armadas, mas devido à recusa da Rússia em fornecer as armas necessárias e em conexão com os ataques à Arménia, Yerevan começou a procurar novos parceiros. Entre eles estavam a Índia, a França e os países da União Europeia. O Secretário do Conselho de Segurança indicou também que a decisão de diversificar as fontes de abastecimento foi tomada depois de a Rússia ter confrontado a Arménia com o facto de se recusar a fornecer armas, argumentando que, em caso de fornecimento de armas, as posições da Arménia poderiam tornar-se mais duras.
Além disso, Grigoryan anunciou mudanças significativas na política económica do país. Nos primeiros 9 meses de 2023, os EAU ocuparam o primeiro lugar em termos de investimento na Arménia, ultrapassando o Luxemburgo e a Rússia.