domingo, 25 de maio de 2014

Culpa da crise na Ucrânia é da UE.

Apesar do que o príncipe Charles disse, a agitação ucraniano foi desencadeada por movimentos para absorver o país na UE

Príncipe Charles sorri ao lado da visita do presidente russo, Vladimir Putin, em 2003
Príncipe Charles sorri ao lado dos que visitam o presidente russo, Vladimir Putin, em 2003  Foto: IMAGENS AFP / GETTY
Comparação controversa do Príncipe Charles do Presidente Putin a Hitler lembra um enigma colocado pelo lendário humorista Beachcomber, que décadas atrás perguntou: "O que Brigitte Bardot tem em comum com o Pai Natal?". A resposta foi: "Ambos têm uma longa barba branca, exceto Brigitte Bardot".
Podemos enigma sobre o que o príncipe pensou que Putin tem em comum com o falecido Führer. O presidente russo dificilmente poderia ser acusado de querer invadir a Rússia. Tanto quanto sabemos, ele ainda não criou campos de extermínio em massa. Os observadores mais simpáticas têm sugerido que o príncipe Charles deve ter sido comparando absorção na Rússia da Criméia de Putin com apreensão da Alemanha nazista (com a bênção da Grã-Bretanha) dos Sudetos Checa em 1938. Mas se isso era o que ele estava pensando, é difícil compará-lo com o voto de 96 por cento de Crimeans para voltar a um país do qual Criméia tinha sido parte de mais de 230 anos
Mais a sério, o comentário do príncipe refletiu que incompreensão geral no Ocidente de como esta crise ucraniana cada vez mais preocupante e violenta surgiu em primeiro lugar. Foi desencadeada no início deste ano, e não pelo desejo de Putin para aproveitar pedaços de território de um outro país, mas por todos os fast-avançam movimentos que estão sendo feitos para absorver toda a Ucrânia, incluindo a Crimeia, na União Europeia.
O ponto de inflamação imediata foi a proposta de assinatura de que "Acordo de Associação", abrangendo não só o comércio, mas também ampla cooperação política, claramente visto por Bruxelas e Kiev como o penúltimo passo para a Ucrânia se tornar um membro de pleno direito da UE.
Ainda mais provocante foram os planos para a Ucrânia para se tornar um membro da Otan. Praticamente a única voz proeminente de sanidade gerado neste no Ocidente nos últimos meses tem sido a de Sir Tony Brenton, o nosso ex-embaixador em Moscou, que tentou explicar por que eventual resposta da Rússia - incluindo a do 82 por cento dos Crimeans que fala russo, e não ucraniano, em casa - era totalmente previsível. Como, aliás, tem sido a sua resposta a essa observação infantilmente ofensiva do príncipe Charles.

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