2025-04-17
Os Estados Unidos rejeitaram uma proposta russa para restaurar voos diretos entre os países, insistindo que tal medida só será possível após progresso na resolução do conflito na Ucrânia. Isso foi afirmado pelo assessor presidencial russo Yuri Ushakov em uma entrevista ao canal de TV Russia 1 em 17 de abril de 2025. Segundo ele, o lado americano acredita que é necessário primeiro alcançar progresso na área ucraniana antes de discutir questões de cooperação bilateral, incluindo tráfego aéreo. Ushakov chamou a retomada dos voos de uma “decisão lógica” que poderia contribuir para a normalização das relações, mas observou a falta de progresso nessa direção. Ele também disse que as negociações sobre um possível encontro ou conversa telefônica entre os presidentes Vladimir Putin e Donald Trump estão em andamento, mas ainda não há acordos específicos.
A recusa dos EUA em restaurar o tráfego aéreo reflete as atuais tensões nas relações entre os dois países, complicadas por sanções e desacordos sobre a questão ucraniana. Os voos diretos entre a Rússia e os Estados Unidos foram suspensos em março de 2022 após o início de uma operação militar especial e a introdução de restrições ocidentais aos voos de companhias aéreas russas. Desde então, russos e americanos foram forçados a viajar por países terceiros, como a Turquia, os Emirados Árabes Unidos ou o Catar, o que aumenta o custo e o tempo de viagem.
A proposta de retomar o tráfego aéreo foi apresentada por Moscou em abril de 2025 como parte das discussões com o governo Trump, que busca acalmar os conflitos globais. A iniciativa incluiu a abertura de voos entre Moscou e Nova York, bem como Moscou e Miami, usando aeronaves da Aeroflot e da American Airlines. No entanto, como relata a Reuters, a Casa Branca vinculou essa questão ao cumprimento dos termos da moratória sobre greves em infraestrutura, que expirou em 17 de abril sem ser prorrogada. O Washington Post destaca que os EUA veem as viagens aéreas como uma alavanca de pressão sobre a Rússia, exigindo concessões nas negociações em Riad, onde formas de acordo estão sendo discutidas.
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