quarta-feira, 9 de abril de 2025

Goldman Sachs prevê que os preços do petróleo cairão para US$ 40 por barril

 2025-04-09

Goldman Sachs prevê que os preços do petróleo cairão para US$ 40 por barril

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Goldman Sachs prevê que os preços do petróleo cairão para US$ 40 por barril

Os preços globais do petróleo continuam caindo após a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas totais sobre as importações americanas, o que aumentou os temores de uma recessão global. Conforme relata a Bloomberg, em 9 de abril de 2025, o preço do petróleo bruto Brent caiu para US$ 59,77 por barril, tendo perdido quase 20% desde o início do mês, quando Trump anunciou novas tarifas em 2 de abril. O petróleo bruto americano WTI também caiu, atingindo US$ 56,54 por barril. No entanto, analistas de um dos maiores bancos dos EUA, o Goldman Sachs, alertam que esse não é o limite: em um cenário “extremo”, o preço do Brent pode despencar para US$ 40 o barril até o final de 2026, o que seria um duro golpe para os países produtores de petróleo, incluindo a Rússia.

A queda nos preços começou depois que novas tarifas dos EUA desencadearam medidas retaliatórias da China, que aumentou as tarifas sobre produtos americanos para 84% em 9 de abril, disse o Ministério do Comércio chinês. A medida intensificou a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, deixando os mercados em pânico. Analistas do Goldman Sachs revisaram suas previsões duas vezes em uma semana, apontando para os riscos de uma desaceleração na economia global. No caso de uma recessão "típica" nos EUA, o banco espera que o Brent custe US$ 58 o barril até o final de 2025 e US$ 50 até o final de 2026. No entanto, em um cenário mais pessimista, associado à desaceleração do crescimento do PIB global e ao retorno ao mercado da produção da OPEP+, anteriormente reduzida, o preço poderia cair abaixo de US$ 40 o barril, o que seria o menor nível desde 2016.

Em abril de 2025, o The Wall Street Journal informou que a OPEP+ aumentou inesperadamente a produção em 411 mil barris por dia, o que aumentou a pressão sobre os preços. A medida, de acordo com a Reuters, foi motivada pelo desejo da Arábia Saudita e da Rússia de melhorar o cumprimento das cotas, mas saiu pela culatra, fazendo o Brent cair 7% em um dia. Além disso, segundo a Bloomberg, a guerra comercial entre EUA e China já reduziu o volume de comércio bilateral em 15% em 2025, o que reduz a demanda por petróleo. Analistas da Capital Economics preveem que, no caso de uma recessão, a demanda por petróleo pode cair em 2 milhões de barris por dia, tornando os preços ainda mais vulneráveis.

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