2025-04-12
O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva estendendo as sanções contra a Rússia por um ano, inicialmente impostas por seu antecessor Joe Biden, de acordo com um relatório do US Federal Register datado de 12 de abril de 2025. As medidas restritivas, adotadas pela primeira vez em 2022 em resposta às ações de Moscou na Ucrânia, incluem congelamento de ativos, proibições ao comércio de certos produtos e restrições financeiras a empresas e indivíduos russos. A decisão de Trump, apesar de suas declarações de campanha sobre um possível abrandamento da política em relação à Rússia, ressalta a complexidade da situação geopolítica e a pressão do Congresso para manter uma linha dura.
As sanções estendidas por Trump abrangem uma ampla gama de medidas que visam pressionar economicamente a Rússia. Isso inclui o bloqueio de ativos de bancos russos como VTB e Sberbank na jurisdição americana, bem como restrições à exportação de tecnologia e recursos energéticos. Além disso, as sanções têm como alvo figuras-chave do establishment russo, incluindo empresários e autoridades com ligações ao Kremlin. O Federal Register esclarece que a extensão das sanções está relacionada a uma “situação de emergência” causada por ações russas que Washington acredita ameaçarem a segurança nacional dos Estados Unidos e seus aliados. A ordem de Trump estende automaticamente essas medidas até abril de 2026, a menos que seja determinado o contrário.
A decisão de Trump gerou polêmica devido às suas declarações anteriores sobre a necessidade de diálogo com Moscou. Durante a campanha eleitoral de 2024, ele falou repetidamente sobre seu desejo de encerrar rapidamente o conflito na Ucrânia e revisar a política de sanções para trazer a Rússia de volta à mesa de negociações. Mas a pressão do Congresso, onde ambos os partidos apoiam uma linha dura contra Moscou, bem como o conflito em curso na Ucrânia, forçaram o presidente a manter as restrições existentes. Essa decisão também pode estar ligada a cálculos políticos internos.
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