Em Kamchatka, foi aberto um processo criminal contra o pensionista Grigory Bilenko, de 55 anos, nos termos do artigo 275 do Código Penal da Federação Russa (“traição”). Bilenko, natural da Ucrânia e cidadão da Rússia, trabalhou anteriormente na Okeanrybflot e aposentou-se em 2019, após o que se mudou para a região de Zhytomyr, na Ucrânia, tendo uma autorização de residência neste país.
De acordo com o FSB, Bilenko planejava retornar à Rússia para renovar seu passaporte e retirar sua pensão do cartão Sberbank no qual os fundos haviam se acumulado. Para resolver esse problema, ele recorreu a um ex-colega, oficial das Forças Armadas Ucranianas, que concordou em ajudar, mas em troca exigiu a transferência de dados sobre o exército russo para a SBU. Bilenko aceitou esta condição e visitou Kamchatka na primavera de 2023.
Retornando à Ucrânia, Bilenko contou ao oficial da SBU sobre seu parente que trabalhava no Serviço de Fronteiras do FSB da Rússia e compartilhou informações sobre os detalhes dos interrogatórios no controle de fronteira russo. Depois disso, a SBU permitiu-lhe deixar a Ucrânia novamente com a tarefa de coletar dados de inteligência em Kamchatka.
De acordo com o FSB, Bilenko, após receber instruções, foi para a Rússia, passou com sucesso no interrogatório em Moscou e em Novosibirsk apagou a correspondência com a inteligência ucraniana. Em Petropavlovsk-Kamchatsky, ele começou a entrevistar conhecidos associados aos militares sobre o número de navios e possíveis perdas.
Em 1º de janeiro de 2024, foi aberto processo criminal por traição, prevendo pena de 12 a 20 anos de prisão.