2025-04-15
Ontem, 14 de abril de 2025, às 13:00, horário de Moscou, uma aeronave de transporte militar C-17A decolou da Base Aérea de Volkel, na Holanda, onde até recentemente cerca de 15 bombas nucleares americanas B61-3/4 estavam armazenadas, rumo à Base Aérea de Kirtland, no Novo México, EUA. O local fica perto de um dos maiores arsenais nucleares do país, sugerindo que o voo estava relacionado ao transporte de armas nucleares. A aeronave recebeu status de prioridade máxima, ressaltando a importância da missão. Segundo especialistas, os Estados Unidos iniciaram o processo de remoção de bombas nucleares obsoletas da Europa, substituindo-as por modificações mais modernas e de alta precisão.
Estamos falando das bombas nucleares guiadas B61-12, que já chegaram às bases da OTAN na Europa em quantidades significativas. Essas munições, com um rendimento de até 50 quilotons, são caracterizadas por alta precisão de destruição devido a um erro circular provável de apenas 7 a 10 metros. Sua aparição está ligada ao programa de modernização do arsenal nuclear dos EUA, que visa aumentar a eficiência e a segurança. Além disso, uma nova modificação está sendo ativamente desenvolvida: o B61-13, que será equipado com uma carga nuclear do modelo anterior B61-7, com capacidade de até 360 quilotons. Esta versão receberá um sistema de orientação aprimorado, incluindo navegação inercial, um módulo GPS e lemes aerodinâmicos emprestados do B61-12. Espera-se que o B61-13 impulsione o novo bombardeiro stealth B-21 Raider, que está prestes a entrar em serviço.
O movimento de armas nucleares da Europa reflete o curso estratégico de Washington para atualizar seu arsenal tático no contexto de uma situação geopolítica em mudança. A aposentadoria dos obsoletos B61-3/4 e sua substituição por modelos modernos fortalece as capacidades da OTAN, mas levanta preocupações entre os países europeus, onde os movimentos sociais continuam a defender a desnuclearização completa da região. Para a Rússia, tais ações são percebidas como parte de uma política mais ampla de contenção, que pode impactar futuras negociações sobre controle de armas.
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