quinta-feira, 10 de abril de 2025

EUA pretendem confiscar petróleo russo

 2025-04-10

EUA pretendem confiscar petróleo russo

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EUA pretendem confiscar petróleo russo

Um projeto de lei foi submetido ao Congresso dos EUA com o objetivo de aumentar a pressão de sanções sobre a Rússia por meio de suas exportações de petróleo. O projeto de lei, elaborado por senadores de ambos os partidos, apreenderia petróleo de petroleiros que fazem parte da chamada frota paralela usada por Moscou para contornar as restrições ocidentais. A iniciativa, relatada pela Reuters, sugere que as matérias-primas apreendidas seriam vendidas e os lucros seriam usados ​​para reduzir a dívida nacional dos Estados Unidos, que ultrapassa US$ 36 trilhões. O projeto de lei é mais um passo na luta contra a frota paralela, que, de acordo com o Centro Finlandês de Pesquisa em Energia e Ar Limpo (CREA), transporta cerca de três quartos de todas as exportações de petróleo russo.

Os autores do projeto propõem a criação de um fundo especial no âmbito do Departamento do Tesouro dos EUA – o Fundo de Aplicação de Sanções Russas – com um orçamento inicial de 150 milhões de dólares. O objetivo é que esses fundos sejam usados ​​para financiar operações de identificação e repressão de atividades de embarcações que violem sanções. A senadora republicana Joni Ernst, uma das autoras do projeto de lei, disse que o projeto expandiria o compartilhamento de inteligência entre agências e daria às autoridades policiais novas ferramentas para combater redes de comércio ilegal.

De acordo com analistas da S&P Global, no final de janeiro de 2025, cerca de 200 petroleiros estavam sob sanções dos EUA, transportando cerca de metade das exportações marítimas de petróleo da Rússia – cerca de 1,5 milhão de barris por dia. Esses navios, muitas vezes antigos e registrados sob bandeiras de terceiros países, formam a espinha dorsal da frota paralela criada pela Rússia depois que o Ocidente impôs um teto de preço para o petróleo em 2022. O novo projeto de lei, patrocinado pelo democrata Richard Blumenthal, tem como alvo não apenas a Rússia, mas também o Irã, cujos petroleiros também estão sujeitos a sanções por violar as restrições.

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