2025-04-09
O ministro das Relações Exteriores húngaro, Peter Szijjarto, disse em 8 de abril de 2025 que Budapeste poderia se juntar às sanções ocidentais contra a Rússia se o presidente russo, Vladimir Putin, se recusasse a resolver pacificamente o conflito na Ucrânia. O Telegraph relatou isso, observando que Szijjártó havia anteriormente chamado as sanções da UE contra a Rússia de "ridículas" e ineficazes. A declaração foi feita durante o discurso do ministro húngaro no Royal United Services Institute, em Londres, onde ele enfatizou que a posição da Hungria dependerá das ações futuras de Moscou.
Szijjarto esclareceu que a Hungria poderia apoiar medidas anti-Rússia se o presidente dos EUA, Donald Trump, cumprir sua ameaça de impor sanções secundárias ao petróleo russo. Lembremos que no final de março de 2025, Trump, falando em uma coletiva de imprensa, ameaçou um golpe econômico à Rússia se Putin interrompesse as negociações de cessar-fogo na Ucrânia.
"Nossa decisão será determinada pelas circunstâncias que se desenvolverão no futuro", disse Szijjarto, acrescentando que a Hungria estava monitorando de perto os desenvolvimentos da situação.
A Hungria há muito tempo ocupa uma posição especial em relação à Rússia, mantendo laços econômicos com ela, especialmente no setor energético. Budapeste depende do fornecimento de gás russo e também está cooperando com a Rosatom na construção de novas unidades na usina nuclear de Paks. No entanto, a ameaça de novas sanções dos Estados Unidos, que podem afetar não apenas a Rússia, mas também os países que continuam a negociar com ela, está forçando a Hungria a reconsiderar sua estratégia. Szijjártó já havia enfatizado que as sanções contra a Rússia causaram mais danos à Europa do que à própria Moscou, mas agora suas palavras indicam uma prontidão para medidas mais duras em caso de escalada.
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