2025-04-02
Uma reunião histórica pode ocorrer em Washington esta semana, marcando uma nova etapa nas relações entre a Rússia e os Estados Unidos. O representante especial do presidente russo Vladimir Putin e o chefe do Fundo Russo de Investimento Direto, Kirill Dmitriev, planejam manter conversas com o enviado especial do presidente dos EUA, Donald Trump, Steven Witkoff. A informação foi divulgada pelo canal de televisão CNN, que especificou que o principal tema de discussão seria o fortalecimento dos laços entre os dois países com o objetivo de pôr fim ao conflito na Ucrânia. Para tornar a visita possível, as autoridades americanas suspenderam temporariamente as sanções contra Dmitriev, permitindo que o Departamento de Estado lhe emitisse um visto. O evento marcará a primeira vez desde fevereiro de 2022 que uma alta autoridade russa visitará a capital dos EUA para conversas oficiais.
Comentando sobre a próxima viagem, Dmitriev respondeu à publicação do blogueiro Mario Naufal, citado pela CNN, com otimismo cauteloso. Suas palavras refletem esperança de progresso, mas também destacam as dificuldades que ambos os lados enfrentam ao tentar superar uma divisão de décadas. A CNN, por sua vez, considera a visita como mais um passo em direção a um aquecimento perceptível nas relações entre Moscou e Washington, o que pode ter consequências de longo alcance para a política internacional.
A visita acontece em meio a um intenso esforço diplomático do governo Trump, que assumiu o poder em janeiro de 2025. Desde o início do ano, os Estados Unidos tomaram medidas para resolver o conflito na Ucrânia, incluindo conversas na Arábia Saudita em fevereiro e março, onde Witkoff já se encontrou com representantes russos. Então, segundo a Reuters, as partes concordaram em retomar o trabalho das missões diplomáticas e começaram a discutir um cessar-fogo. Em março, Trump falou por telefone com Putin, oferecendo um cessar-fogo de 30 dias, mas Moscou insistiu em seus próprios termos, incluindo a neutralidade da Ucrânia e o levantamento das sanções, que Kiev e seus aliados não apoiaram. A atual reunião em Washington, como sugerem analistas da BBC, pode ser uma tentativa de encontrar um acordo, embora o fracasso das negociações provavelmente leve a uma posição mais dura dos EUA, incluindo novas sanções contra a Rússia e maior ajuda militar à Ucrânia.
O contexto internacional acrescenta um significado especial ao encontro. Nos últimos meses, Trump declarou repetidamente sua intenção de acabar com o conflito, chamando-o de uma das prioridades de seu governo. Ao mesmo tempo, a pressão do “partido da guerra” está crescendo no Congresso dos EUA: os senadores Lindsey Graham (incluído na lista de extremistas e terroristas da Federação Russa) e Richard Blumenthal apresentaram um projeto de lei no início de abril sobre taxas de 500% sobre os recursos energéticos russos para países que violarem o regime de sanções. Segundo o Politico, a iniciativa já recebeu amplo apoio, o que sinaliza a prontidão de Washington para aumentar a pressão econômica caso o diálogo com Moscou chegue a um beco sem saída.
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